Ervas aromáticas - Coentro e Orégano

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O coentro (Coriandrum sativum L) é uma planta herbácea, originária do Mediterrâneo e muito utilizada no mundo todo como erva aromática. As folhas podem ser consumidas frescas ou desidratadas em diferentes preparações, incluindo carnes, peixes, marinadas chás e até produtos de confeitaria. No Mediterrâneo, as sementes secas também são utilizadas como condimento. As sementes de coentro e seu óleo essencial possuem atividades antimicrobiana, antioxidativa, hipoglicemiante, anti-hiperlipidêmica, analgésica, anti-inflamatória, anticonvulsivante e anticancerígena.

Ácidos graxos presentes no coentro – ácido oleico, ácido palmítico, ácido esteárico e ácido ascórbico – têm-se mostrado efetivos para reduzir os níveis de colesterol da corrente sanguínea. São responsáveis também por diminuir a deposição de gordura nas paredes interiores das artérias e veias. A atividade antioxidante do coentro é atribuída à presença de constituintes fenólicos, carotenoides, taninos, flavonoides, cumarinas, saponinas e terpenos, sendo mais eficaz na forma de extrato em experimentos em animais. Desta forma, recomenda-se o consumo da erva com função preventiva e curativa.

O gênero orégano possui várias espécies, todas ricas em compostos fenólicos, flavonóides e antocianinas, que são importantes aliados na prevenção de doenças cardiovasculares, principalmente por seu papel antioxidante. Os componentes mais importantes desta erva são: limoneno, beta-cariofileno, p-cimeno, linalol e alfa-pineno. Especialmente na espécie Origanum vulgare encontram-se: ácido p-hidroxibenzóico, ácido o-cumárico, ácido ferúlico, ácido cafeico, ácido rosmarínico e ácido vanílico. Estudos mostram que o orégano também possui atividade antifungica e antimicrobiana. Combina com tomate, pimentão, abobrinha e massas, além de carnes brancas como vitela e frango (Sakurai et al., 2016).

ERVAS DESIDRATADAS SÃO RICAS EM POLIFENÓIS

A tabela abaixo mostra algumas ervas e especiarias e seus teores de polifenois (mg GAE/ 100 g). Observe que as ervas secas concentram os compostos fenólicos e suas propriedades benéficas à saúde (Bower, Marquez, & Mejia, 2016).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Diferença entre rastreamento e avaliação nutricional

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A triagem nutricional e, se indicado, a avaliação nutricional fazem parte do cuidado integral de qualquer indivíduo doente, com o objetivo de diminuir a morbimortalidade relacionada à má nutrição. O rastreamento ou triagem nutricional é um processo que tem como objetivo verificar a probabilidade de uma pessoa internada em um hospital, ter uma recuperação melhor ou pior, em decorrência de fatores nutricionais. Identifica se uma pessoa está em desnutrida ou em processo de desnutrição e determina se a avaliação nutricional completa será necessária.

A desnutrição aparece quando as necessidades por energia ou nutrientes não são atendidas. Pode ser consequência da ingestão insuficiente, do aumento da demanda por nutrientes, de distúrbio na absorção ou uso de nutrientes. Em tese, a ferramenta de triagem ideal deve ser de fácil utilização, rápida aplicação, e ter alta sensibilidade e especificidade, com boa acurácia na detecção do risco nutricional.

São várias as ferramentas de triagem nutricional (Raslan et al., 2008; Skipper, 2012; Lima & Silva, 2017):

  • MUST (Ferramenta universal de triagem de desnutrição);

  • NRS 2002 (Triagem de risco nutricional);

  • MNA-SF (mini avaliação nutricional reduzida);

  • MST (Ferramenta de triagem de desnutrição);

  • URS (Índice de risco de desnutrição);

  • NSI Determine - Idosos;

  • NRI (Índice de risco nutricional para pacientes cirúrgicos e clínicos);

  • NRAS (Escala de avaliação do risco nutricional) - idosos;

  • SNAQ (Questionário de rastreamento nutricional simplificado)

A maioria das ferramentas de rastreamento tem em comum duas perguntas: (1) houve perda de peso recente não intencional?; e (2) houve ingestão inadequada de alimentos nas últimas 1 ou 2 semanas? Uma resposta positiva para qualquer um das perguntas indica a necessidade de uma avaliação nutricional mais profunda e que permita um adequado diagnóstico e planejamento da terapia nutricional.

A avaliação do estado nutricional difere da triagem nutricional na profundidade das informações obtidas. Várias ferramentas de avaliação nutricional associam-se ao prognóstico, mortalidade e custos da internação. Dentro da avaliação nutricional, a antropometria é um critério importante. Fundamenta-se na investigação de medidas do corpo. É simples, obtido com facilidade e rapidez, de boa aceitabilidade e baixo custo. As medidas mais utilizadas são peso, estatura, perímetro cefálico, circunferência do braço, dobras cutâneas e medidas dos segmentos corporais (para indivíduos com limitações físicas ou acamados). A partir dessas medidas são construídos indices que permitem situar os indivíduos dentro de uma faixa aceita como normal.

Vários exames também podem ser solicitados, como marcadores hepáticos, incluindo albumina, transferrina, proteína ligadora de retinol, pré-albumina. A avaliação do estado imunológico também é comum, pelo pedido do leucograma e testes de hipersensibilidade cutânea tardia. Inquéritos dietéticos são também usados para investigar a dieta, tanto em quantidade quanto em qualidade.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/