Especiarias: Noz-moscada, cravo e canela

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Especiarias deixam as comidas e bebidas mais cheirosas e saborosas. Também possuem muitos efeitos benéficos para a saúde humana. Três especiarias muito populares na culinária são a noz-moscada, o cravo e a canela.

Noz-moscada

A noz-moscada (Myristica fragrans) é a semente do fruto da moscadeira, uma árvore que pode chegar a 20 metros de altura. O fruto é amarelado ou avermelhado e quando maduro se abre e expõe uma semente coberta por fibras avermelhadas. Estudos mostram que os componentes presentes na noz moscada, como óleos essenciais (miristicina, safrol, eugenol, elemicina), celulose e minerais (especialmente manganês e cobre), dão a esta especiarias muitas propriedades interessantes para:

• alívio de dores em geral (cabeça, reumáticas, musculares);
• diminuição de inflamação;
• controle dos gases e cólicas;
• regulação do sono e prevenção da insônia;
• limpeza de fígado;
• melhoria da concentração;
• diminuição da fadiga;
• redução do risco de infecção por fungos e bactérias;
• melhora da circulação sanguínea.

A noz-moscada pode ser utilizada no recheio de doces, em molhos tipo bechamel, no tempero de legumes, em pratos à base de ovos ou no preparo de pães, biscoitos, bebidas e coquetéis. Aconselha-se o consumo limite de até 2 colheres de chá para um indivíduo adulto. O ideal é fazer a moagem na hora do uso.

Cravo

O cravo (Syzygium aromaticum L.) é um botão de flor aromático comumente usado na África, na Ásia e em outras partes do mundo, na preparação de diversos pratos que vão desde carnes e molhos pra saladas, até sobremesas. Apresenta efeitos terapêuticos no controle do diabetes, pois desinflama, reduz a glicemia, ajuda a controlar a oxidação de triglicerídeos e colesterol.

O cravo tem um sabor quente, doce e aromático, que evoca os climas tropicais onde é cultivado. Seus óleos essenciais conferem ainda, outros benefícios à saúde, pela ação antimicrobiana, antifúngica e antiviral. Estudos mostram que o uso pode inibir a infecção por H. Pylori, bactéria frequentemente associada à gastrite. Em chás, o cravo contribui também para o aumento da saciedade e redução da compulsão por doces.

Canela

Extraída da árvore Caneleira (Cinnamomum zeylanicum), a Canela é uma especiaria utilizada tanto em preparações doces quanto salgadas. O consumo melhora a sensibilidade à insulina, além de também posuir atividade antimicrobiana, antioxidante e anti-inflamatória.

A canela contém derivados do ácido cinâmico, cinamato e numerosos outros componentes, tais como polifenóis com efeitos anticancerígenos. Estudos mostram que pacientes com Síndrome Metabólica, que consumiram extrato de canela, apresentaram melhora na glicemia de jejum e na pressão arterial sistólica, em 12 semanas.

Outro estudo mostrou que a adição de 1,3 a 6g de canela na alimentação diariamente, contribui para a redução dos triglicerídeos, colesterol LDL e colesterol total em pessoas com Diabetes Melitus tipo 2. Opções são adicionar a canela em chás, sucos, leites ou em cima de frutas, molhos, pães, biscoitos ou mingaus.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Ervas aromáticas - Tomilho

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O tomilho (Thymus vulgaris L.) é uma planta medicinal, aromática e condimentar, pertencente à família Lamiaceae, originária da Europa e cultivada no sul e sudeste do Brasil. Sua atividade biológica, benéfica à saúde, relaciona-se à presença dos óleos essenciais, timol e carvacrol.

O timol possui efeitos antifúngicos, antibacterianos e anti-helmínticos, já o carvacrol tem sido estudado por seus efeitos bactericidas. Os óleos essenciais do tomilho também possuem flavonóides variedade de flavonóides, incluindo apigenina, naringenina, luteolina e timonina, responsáveis pela capacidade antioxidante, antitumoral e antiinflamatória da planta.

A erva é parente do orégano, sendo a variedade mais conhecida o tomilho francês. combina muito bem com sopas, molhos de tomate, legumes em geral e carnes vermelhas (Sakurai et al., 2016). .

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Para comer menos imagine que comeu mais

Quando você está com vontade de comer sorvete o que faz? Finge que não é com você e come uma maçã mas a vontade não passa e acaba comprando um sorvete gigante com 5 bolas e comendo tudo? Compra uma bola apenas e pensa que deveria ter comprado 3?

Um estudo da Universidade Carnegie Mellon, liderado pelo psicólogo Carey Morewedge descobriu que se você imaginar que já comeu muito terá menos vontade de se empanturrar. Você não precisa fugir dos desejos, m as antes de ceder a ele faça um exercício de habituação. Está com vontade de comer sorvete? Imagine-se comendo todo o sorvete que quiser, tanto sorvete que até enjoa com a alta quantidade de açúcar. De acordo com o pesquisador, fazendo isso o apetite é reduzido, pois o cérebro é enganado.

Os pesquisadores fizeram o seguinte. Ofereceram chocolates do tipo M&Ms e cubos de queijo para 51 estudantes de graduação. Em um experimento, os participantes primeiramente imaginaram estar consumindo 30 M&Ms. O segundo grupo imaginou-se consumindo 3 M&Ms. Depois, todos puderam escolher o que de fato comeriam. Os que imaginaram-se comendo mais balas comeram, em média, 3 M&Ms. Os que imaginaram-se comendo menos, ingeriram, em média, 5 M&Ms. Depois repetiram o mesmo com queijo. Quem imaginou-se comendo muito queijo, ao final comeram menos do que quem imaginou-se comendo pouco. De acordo com os participantes, imaginar não reduziu o quanto gostam de um alimento particular, mas diminuiu a vontade de ir atrás do alimento (Morewedge, Huh, & Vosgerau, 2010).

Será que isso funcionaria para você? Tente ao invés de fingir que não tem vontade de comer algo, primeiro imaginar-se comendo bastante e diga-me o que aconteceu. E pare de pensar que tudo lhe fará mal. Muito açúcar lhe fará mal a longo prazo mas comer um pouquinho, provavelmente não (a não ser que seja diabético). O mesmo vale para as frutas. Coma-as em paz! De novo, o problema é a quantidade. Se está comendo uma caixa inteira de uvas de uma vez, antes de atacar imagine que já comeu bastante e reduza a quantidade.

Mais importante do que reduzir frutas é reduzir os sucos e a quantidade de alimentos ultraprocessados 🍰🍪🍩. Para quem quer emagrecer comer fruta é super importante. Em um estudo, um grupo de pacientes foi submetido a uma dieta de restrição energética que continha frutas e outro grupo submetido ao mesmo valor energético, mas sem frutas. Qual o grupo que mais emagreceu? O que comeu frutas (Madero et al., 2011). As mesmas possuem fibras, vitaminas e fitoquímicos antiinflamatórios, que regulam o metabolismo e reduzem a compulsão alimentar. A Organização Mundial de Saúde preconiza o consumo de 3 a 5 porções de frutas ao dia. Então, se além de emagrecer, você quer ser uma pessoa saudável, não exclua as frutas da sua alimentação.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/