Metabolismo do triptofano na gestação

Na gestação há um grande consumo de oxigênio pela mulher, criando um ambiente pró-oxidativo (mais rico em radicais livres). Se há um baixo consumo de antioxidantes, vindos particularmente de frutas e verduras, os riscos para o bebê e para a mãe aumentam.

Triptofano é essencial mas pode aumentar estresse oxidativo

O triptofano é um aminoácido essencial importante para o metabolismo de proteínas, para a produção de serotonina (neurotransmissor relaxante, que reduz a agressividade) e de melatonina (que regula o ciclo do sono). Contudo, 95% do triptofano entra na verdade na via das quinureninas.

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Na presença de processo inflamatório a enzima indolamina dioxigenase (IDO) fica muito ativa, desviando o triptofano justamente para o caminho das quinureninas. Neste caminho muitas substâncias são produzidas (como mostrado na figura acima), inclusive neurotoxinas como o ácido quinolínico. Com isso, a neurotransmissão por glutamato aumenta. Em excesso, o glutamato gera neurodegeneração.

Por isso, a suplementação de triptofano não deve ser feita em pessoas já inflamadas. Suplementos devem ser utilizados sempre com recomendação e acompanhamento nutricional. Se houver necessidade de uso de triptofano na forma de 5-HTP ou a partir da planta griffonia simplicifolia, a vitamina B3 (niacina) também deve ser suplementada. Isto porque a B3 será essencial para a conversão do ácido quinolínioc em NAD+ e depois em NADH, reduzindo o estresse oxidativo.

Triptofano na gestação

Na gestação, o cuidado deve ser redobrado já que o estresse oxidativo aumenta o risco de degeneração da placenta, restrição no crescimento fetal, pré-eclâmpsia, aborto e maior risco de morte ao nascimento (Xu et al., 2017).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Amamentação é um direito da mulher e de seu bebê

Uma mãe de 34 anos estava em um restaurante com a família. Seu bebê ficou com fome e ao iniciar o aleitamento um homem protestou dizendo que ela tinha que se cobrir. E foi exatamente o que fez. Ela explicou que é sempre discreta e que estava nos fundos do restaurante. Mas ficou irritada. Estava na praia e não havia ninguém pedindo para as pessoas usarem biquínis ou sungas maiores. A foto mostra sua reação muito bem humorada. Achei muito apropriada, e você?

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Infelizmente este não é um caso isolado. O constrangimento pelos quais passam as mulheres é tão grande que um projeto de lei está tramitando no senado para que a amamentação em público vire um direito constitucional. Precisava? Não, mas em um mundo em que falta bom senso, talvez sim.

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O pior é quando as mulheres amamentam em Tandem, ou seja duas crianças de idades diferentes. Aí o horror da sociedade triplica! A recomendação atual da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde é de manter o Aleitamento Materno exclusivo até os 6 meses de vida e continuado até pelo menos os 2 anos ou mais. Essa recomendação se deve aos inúmeros benefícios que o leite materno promove para o bebê/criança.

Refletindo sobre essa recomendação, uma mãe que está amamentando seu filho e que deseja engravidar ou acidentalmente se descobre grávida, como fica o aleitamento materno? Bom, se é o desejo da mãe, na maioria dos casos é possível amamentar durante toda a nova gestação e depois amamentar as duas crianças simultaneamente. Além do valor nutricional inegável do leite materno, a amamentação aumenta o vínculo entre mãe-filho e também entre os irmãos. Quem dita o melhor caminho é a própria mulher e não um estranho do restaurante.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Enchentes na Índia matam quase 400 pessoas

O aquecimento global corresponde ao aumento da temperatura média terrestre, causado pelo acúmulo de gases poluentes na atmosfera. O século XX foi considerado o período mais quente desde a última glaciação. Houve um aumento médio de 0,7°C nos últimos 100 anos. Neste século as coisas se repetem. Infelizmente, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão responsável por estudos sobre o aquecimento global, acredita que o cenário para as próximas décadas é de temperaturas ainda mais altas.

Consumimos bens demais, as fábricas estão a todo o vapor, as geleiras continuam derretendo e as enchentes continuam matando. Desta vez foi a vez da Índia enfrentar chuvas que deixaram quase 1,5 milhão de pessoas desabrigadas.

Equipes de resgate continuam trabalhando em Kerala, região mais afetada. As perdas de infraestrutura contabilizam mais de 3 bilhões de dólares. Na saúde pública a preocupação é evitar que doenças se espalhem pela água.

Estamos longe mas contribuímos para o aquecimento global, que pode gerar catástrofes e atingir pessoas do outro lado do mundo. Para reduzir sua pegada ecológica pense em seu consumo:

  • Compre apenas o que precisa. E use tudo o que tem!
  • Opte por sacos reutilizáveis e reutilize sacos plásticos e de papel. Tenha uma embalagem sempre com você em sua bolsa, em seu carro, na sua mochila. 
  • Recicle - inclusive roupas, brinquedos, ou objetos que já não usa.
  • Não jogue comida fora. Compre apenas o que for comer. Vai estragar? Antes disso, leve para o trabalho ou escola e divida o lanche com os colegas.
  • Mude sua alimentação. Consuma mais alimentos naturais e menos alimentos processados, empacotados ou que vem de longe. Quanto mais alimentos importados consumimos mais contribuímos para a poluição, visto que os mesmos precisarão ser transportados. Observe também seu consumo de alimentos de origem animal e industrializados. Saiba mais no vídeo:
  • Reduza seu consumo de água. 
  • Use mais os transportes públicos. Um ônibus polui menos do que 50 carros. Se preferir, vá a pé ou de bicicleta.
  • Aniversários e outras comemorações? Presenteie com experiências. Que tal ao invés de comprar mais bugingangas presentear com um ticket para o teatro, um show, uma entrada para o futebol...
  • Lembre de apagar as luzes se não estiver precisando das mesmas.
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/