Como prevenir pedras nos rins

A litíase renal não é um problema moderno. Pedras nos rins foram identificadas em múmias egípcias. O que Donald Trump não vai acreditar é que o aquecimento global pode estar aumentando o risco de litíase. Quanto mais o clima esquenta, maior o número de pessoas desidratadas e o risco de pedras nos rins. São quatro os tipos principais de pedras nos rins: (1) oxalato/fosfato de cálcio, (2) ácido úrico, (3) estruvita (fosfato de magnésio e amônio) e (4) cistina.

Um fator de risco para todos os tipos citados é a desidratação. O consumo de 2 litros de água ao dia reduz a probabilidade de recorrência da pedra em cerca de metade. As pedras de cálcio são o tipo mais comum de pedras nos rins e podem ser oxalato de cálcio ou fosfato de cálcio. Mas, por mais incrível que pareça, pessoas com cálculos de cálcio não precisam reduzir o consumo do mineral. O mais importante é reduzir o consumo de oxalatos, presentes em alimentos como nozes, espinafre, batata, chá e chocolate.

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Os cálculos de fosfato de cálcio são menos comuns que os cálculos de oxalato de cálcio. As causas são diferentes e incluem hiperparatireoidismo e problemas renais. Neste caso, o mais importante é aumentar o consumo de água. Diuréticos também poderão ser prescritos por um urologista.

Outra curiosidade é que pedras de ácido úrico não tem um alto conteúdo de ácido úrico. O que acontece é que a acidez da urina faz o ácido úrico dissolver-se e cristalizar. Para ajustar o pH da urina, além da água, o consumo de carnes deve ser reduzidos. Além disso, podem ser utilizados medicamentos como citrato de potássio e bicarbonato de sódio.

Pedras de estruvita são compostas por fosfato de magnésio e amônia, que alcalinizam a urina. A principal causa é uma infecção bacteriana. O tipo menos comum é a cistinúria, uma condição genética, em que acumulam-se altos níveis do aminoácido cistina na urina. A maioria das pedras de cistina pode ser eliminada aumentando-se o consumo de água.

Ou seja, a diluição é o melhor remédio na prevenção e tratamento da litíase renal. E, lembrando, nossas aulas de química, a água é o diluente universal. Então, capriche no consuma e converse com seu urologista em caso de dúvidas.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/