O câncer de próstata é um tipo de tumor que acomete principalmente homens maduros (6 a cada 10 casos acima dos 65 anos).
Homens mais jovens podem ter câncer de próstata, especialmente quando há mutação dos genes BRCA1 ou BRCA2, que também estão ligados a um risco aumentado de câncer de mama e de ovário nas mulheres.
Homens com síndrome de Lynch (também conhecido como câncer colorretal hereditário não polipose, ou HNPCC), uma condição causada por alterações genéticas hereditárias, também têm um risco aumentado de vários tipos de câncer, incluindo câncer de próstata.
Além da genética parecem aumentar o risco para o câncer de próstata: (1) alimentação rica em gorduras, laticínios e carnes, (2) dieta pobre em legumes, verduras e frutas, (3) sedentarismo, (4) tabagismo ou exposição a compostos químicos tóxicos, incluindo pesticidas, (5) doenças sexualmente transmissíveis (como clamídia e gonorréia), (6) uso de anabolizantes, e (7) obesidade.
Tratamento do câncer de próstata
Há tratamento para o câncer de próstata, que pode ser curado quando ainda está pequeno e restrito à próstata. O diagnóstico é feito pelo exame de toque retal, pela dosagem sanguínea do antígeno prostático específico (PSA) e exames de imagem. Confira os estágios da doença:
Os sintomas aparecem em estágios mais avançados da doença e incluem aumento ou endurecimento da próstata e dificuldade de urinar. Pacientes com metástases ósseas podem apresentar dores em diversas partes do corpo. As opções de tratamento para os estágios I, II e III são observação, cirurgia para remoção da próstata, radioterapia externa ou interna (braquiterapia). A escolha do melhor procedimento é feito pelo oncologista com base na localização, estágio, tamanho do tumor, além de características individuais do paciente.
Quando o tumor infiltra os tecidos ao redor da próstata, como vesícula seminal (Estádio IIIA), reto (Estádio IIIB) e bexiga (Estádio IIIC), ou atinge os linfonodos pélvicos (Estádio IVA), o tratamento indicado é a radioterapia combinada com hormonioterapia. Em alguns casos, opta-se pela cirurgia muitas vezes seguida pela radioterapia pós-operatória e, ocasionalmente, tratamento hormonal.
Quando o câncer atinge os ossos ou outros órgãos, o tratamento indicado é a hormonioterapia e, quando ele se torna resistente ao tratamento hormonal, recomenda-se a quimioterapia. Nos pacientes com envolvimento ósseo ou de outros órgãos, o tratamento de escolha é a hormonioterapia. A probabilidade de resposta a essa forma de tratamento é maior que 85%, mas, ao contrário da radioterapia e da cirurgia, na doença localizada, o tratamento hormonal tem a capacidade de controlar, mas não de curar o câncer. A taxa de sobrevivência na maioria das pessoas com câncer de próstata avançado (estágio IV) é de 30 por cento no quinto ano de diagnóstico.
Após o tratamento os pacientes devem continuar monitorando os níveis de PSA. A recorrência (volta) do câncer pode ocorrer com novo aumento do PSA. Pacientes devem reduzir o consumo de carnes, laticínios e cereais refinados e aumentar o consumo de vegetais, frutas e legumes (Saxe et al., 2006; Saxe et al., 2009).
O consumo de ômega-6 também deve ser reduzido, já que a partir destes é produzido ácido araquidônico, o qual aumenta a inflamação local e estimula o crescimento das células cancerígenas. O ômega-6 é encontrado nos óleos de soja, milho e girassol, no frango, ovos, carne vermelha e embutidos (salsicha, linguiça etc). Já o ômega-3 precisa ser aumentado. Está presente na linhaça e óleo de linhaça, chia, óleo de peixe e óleo de krill. Vitaminas antioxidantes podem precisar ser aumentadas, mas o ideal é ter em mãos os exames nutrigenéticos, que fornecerão ainda informações sobre tendências à dificuldades de metilação, estresse oxidativo, inflamação, problemas de destoxificação etc.