A lavanda é uma erva aromática muito apreciada em perfumes e também para aromatizar o ambiente. É relaxante, ajuda a combater a insônia, reduzir dores de cabeça e distúrbios respiratórios.
Existem várias espécies de lavanda. Apesar das mesmas possuírem propriedades botânicas similares e compartilharem a maior parte dos compostos químicos, seus efeitos variam dependendo da espécie.
A lavanda angustifolia é mais doce e tem uma fragância floral. A lavanda intermedia possui mais óleos essenciais mas na França a variedade Mailette costuma ser a mais utilizada para a extração de óleos calmantes. A variedade provença pode ser usada para aromatizar carnes e a Velvet em sobremesas. Já a variedade melissa é bastante utilizada em chás.
Os principais compostos ativos da lavanda são o linalool e o acetato de linalyl. Os mesmos são rapidamente absorvidos pela pele quando usados na forma de óleo. O linalool atua como um sedativo com efeito parecido ao fenobarbital. O óleo é considerado um tratamento adequado e seguro para o tratamento de transtornos leves do sono.
Os óleos também podem ser usados em difusores. O aroma que espalha-se pelo ambiente será absorvido pela respiração e chegará à corrente sanguínea e depois ao cérebro. Estudos mostram que esta forma de uso também pode ajudar a combater a insônia (McNelis, 2018).
Os chás tem um efeito sedativo mais brando, sendo considerados uma forma segura de combater a fadiga e melhorar a qualidade do sono. Contudo, uma xícara basta. O chá de lavanda não deve ser usado em grande quantidade pois pode ter impedir a ligação síndrome anticolinérgica em indivíduos predispostos (Acikalin et al., 2012; Negi et al., 2017).
A síndrome anticolinérgica acontece quando a ação do neurotransmissor acetilcolina é bloqueada. Neste caso surgem sintomas como alteração da consciência, desorientação, agitação, secura ou vermelhidão na pele e taquicardia. Compostos de várias outras plantas também podem bloquear receptores de acetilcolina causando a síndrome anticolinérgica. Plantas tanto podem curar quanto matar. Tudo depende da dose. Chás sem procedência e também misturas de chás são os mais perigosos (Hsu et al., 1995).
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