O papel da microbiota intestinal e seu microbioma* em doenças inflamatórias e autoimunes é bem descrito na literatura científica. Existem evidências de que a dietoterapia adequada, inclusive com suplementação de pré e probióticos, prebióticos** melhora a qualidade de vida, reduz a inflamação e possivelmente a incidência de doenças autoimunes (Clemente, Manasson, & Uscher, 2018).
Alterações da microbiota influenciam a tolerância imunológica, tanto em animais quanto em humanos. Quando os microorganismos presentes no intestino são muito ruins, produzindo muitas toxinas e inflamação, o risco de várias doenças autoimunes aumentam (Vatanen et al., 2016), incluindo diabetes Tipo 1, tireoidite de Hashimoto, esclerose múltipla, artrite reumatóide e lúpus.
Como principal local de moradia dos micróbios do corpo, o intestino tem um papel fundamental na saúde. Para prevenir e tratar doenças autoimunes precisamos então cuidar deste órgão. Como? Eliminando alimentos que causem inflamação, alergias ou reações de hipersensibilidade. Consuma alimentos fermentados, boas fontes de bactérias probióticas e/ou fibras prebióticas como chucrute, kimchi, kefir, kombucha. Capriche no consumo de frutas e verduras e converse com seu nutricionista sobre a suplementação.
* O termo microbiota refere-se ao conjunto de microrganismos que coloniza um determinado local. O termo microbioma indica a totalidade do patrimônio genético possuído pela microbiota, ou seja, os genes que este último é capaz de expressar.
** Probióticos são os microorganismos benéficos. Prebióticos são as fibras que alimentam estes bons microorganismos.