Após a perda de peso, após entrar na calça que queria, após comemorar o sucesso da dieta algumas pessoas passam por um momento estranho. Ok, atingi meu objetivo, as pessoas dizem que estou ótimo(a) mas... cadê aquela felicidade toda, prometida nos anúncios da TV?
Sim, o emagrecimento melhora a pressão arterial, reduz o risco cardiovascular e de diabetes e tira da cabeça a pressão da dieta. Mas a autoestima, se não existia, não aprece de brinde. As inseguranças não somem automaticamente. E o desconforto com o corpo pode continuar, mesmo que o peso esteja dentro da faixa considerada ideal. Por isso, outras questões precisam ser trabalhadas. Se dizem que a outra pessoa é linda, você ainda sente-se inseguro, feio, desajeitado? E se come um chocolate, sente culpa mesmo já tendo dado tudo de si e emagrecido?
Infelizmente, não há pílula mágica. Mas você pode aprender a se cuidar e a se amar. Mime-se com as coisas que você ama e recompense-se por ser saudável. Dance pela casa. Encontre hobbies que fazem você se sentir bem consigo mesmo. Faça terapia. Pare de se criticar por coisas bobas.
Preste atenção no presente. Yoga e meditação ajudam muito neste sentido. Se você gasta suas horas preciosas criticando-se ("minhas coxas são gordas", "sou muito preguiçoso", "nunca vou conseguir isso ou aquilo"). Mas se o problema não for você e sim a forma como relaciona-se consigo mesmo?
Como uma máquina, nossas mentes estão constantemente bombeando pensamentos. Durante todo o dia avaliamos nosso ambiente, outras pessoas e nós mesmos. Mas muitos dos nossos pensamentos, incluindo pensamentos sobre nós mesmos, são incompletos ou até mesmo falsos. É como olhar o céu através de um canudo, só vemos uma parte muito pequena.
Reconheça seus pensamentos negativos sobre si mesmo apenas como pensamentos, ao invés de verdades absolutas. Você pode pensar que ser duro consigo mesmo é bom, mas pesquisas mostram que a autocompaixão é uma maneira melhor de se relacionar consigo mesmo. Trate-se bem, como trataria a pessoa que mais ama quando esta passa por dificuldades. Pessoas altamente autocríticas são mais propensas a ficarem deprimidas e ansiosas e a ter menos autoconfiança. Todos enfrentamos desafios e para superá-los precisamos de energia. Mas esta se esgota com a autocrítica.
A meditação e o yoga ensinam a vivermos alinhados ao presente, com foco. Se estamos fazendo um exercício respiratório que tal colocar o foco apenas nele? Um pensamento ansioso passou? Perceba-o: "hum, ali está a ansiedade” e solte-a. Não crie um enredo, não justifique, não crie mais e mais histórias. Estas técnicas exigem prática, mas com o tempo tornam-se naturais e nem precisamos mais de tanto esforço. Que tal começar?