Crianças podem tomar suplementos?

A venda de suplementos para crianças e adolescentes vem aumentando. Além disso, muitos jovens fazem uso dos mesmos suplementos dos pais, incluindo fitoterápicos. Contudo, a prática não é necessariamente saudável. As necessidades das crianças e adolescentes são diferentes das dos adultos. A capacidade de destoxificação também. Muitos compostos não foram testados com jovens e muitos estudos apresentam falhas metodológicas.

O fato de um produto estar na prateleira de uma loja de suplementos não garante sua segurança para o público infantil. Produtos importados também são um problema. Pesquisa recente mostrou que 51% dos suplementos analisados nos Estados Unidos continham substâncias não listadas no rótulo.

Isto não significa que os suplementos são sempre ruins. Atendo crianças com alergias graves, que precisam fazer dietas de rotação restritivas. Nestes casos, suplementos, calculados individualmente e manipulados em farmácias idôneas, em fórmulas sem corantes e conservantes audam a manter o estado nutricional. O mesmo acontece com crianças com disfunções sensoriais e alta recusa alimentar e com crianças com síndromes que geram má absorção ou grande perda de nutrientes.

O importante é que, antes de aderir à suplementação, as alternativas sejam conversadas com o médico e o nutricionista que acompanham o caso.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Não adicione leite ao chá

Neste vídeo aparece a imagem de uma mulher misturando leite com chá. Porém, esta não é uma boa ideia. Os chás protegem o endotélio (a parede dos vasos).

As células que compõem o endotélio são fundamentais para a saúde cardiovascular. Quando saudáveis nos protegem contra doença vascular periférica, acidente vascular cerebral (derrame), doenças cardíacas variadas, diabetes, resistência à insulina, Insuficiência renal crônica, coágulos sanguíneos.

Contudo, entre os 40 e 50 anos de vida há um declínio progressivo na função destas células, que não renovam-se mais como antes. Mas chineses de 60 anos possuem a função endotelial de jovens de 20 anos. Por que? Uma das hipóteses é o alto consumo de chá verde, bebida rica em flavonóides que melhoram a função endotelial após 30 minutos do consumo, efeito que permanece por cerca de 2 horas. O chá preto também funciona muito bem. O problema é que este efeito é perdido se qualquer um dos chás é misturado com leite.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Terapias integrativas no tratamento da tireóide

A tireoide é uma glândula pequena que fica perto da base da garganta. Produz hormônios que são responsáveis ​​pelo crescimento, produção de energia e controle do metabolismo (inclusive quantas calorias somos capazes de queimar).

Quando a disfunção tireoidiana é grave acaba sendo rapidamente detectada no hospital. O problema é que muitas pessoas apresentam disfunções leves que, apesar de causarem mal estar, passam despercebidas nas consultas.

A produção do hormônio tireoidiano pela glândula tireóide é governada no cérebro, por uma glândula chamada hipófise anterior. Esta glândula envia mensagens à tiróide, informando-a se deve ou não produzir T3 e T4 e em qual quantidade. A mensagem é levada pelo hormônio estimulador da tireóide (TSH). Este hormônio pode ser avaliado por um teste de sangue, e é o principal teste para avaliação da função tireoidiana.

Em resposta à quantidade de TSH, a tireóide produzo o T4 (tiroxina) que será depois convertido em sua forma ativa (T3) no fígado, nos rins e também no cérebro. O T3 ativo entrará depois em todos os tipos de células para controlar o metabolismo de carboidratos, proteínas, lipídios, a queima de gordura e a produção de energia.

Quando pouco T4 e T3 são produzidos aparecem sintomas do hipotireoidismo, como cansaço, ganho de peso, fraqueza, pele ressecada, perda de cabelo, prisão de ventre e intolerância ao frio. Por outro lado, se a tireóide trabalha demais surgem os sintomas do hipertireoidismo, como suor excessivo, perda de peso e músculo, intolerância ao calor, fraqueza muscular, diarreia, ansiedade, nervosismo, irritabilidade, dificuldade para dormir, palpitações e aumento da pressão arterial.

O problema mais comum é o hipotireoidismo, que tem diversas causas:

  • disfunções imunológicas

  • contato com vírus e bactérias

  • estresse físico e mental

  • contato com metais pesados

  • deficiência de nutrientes (iodo, ferro, zinco, selênio, aminoácidos, vitamina A)

  • consumo excessivo de alimentos bociogênicos

Muitos profissionais, quando identificam a tireoidite de Hashimoto (condição autoimune) ou o hipotireoidismo subclínico (TSH elevado mas T3 e T4 normais ou limítrofes), sugerem apenas acompanhamento. Isto significa esperar até que os exames estejam ruins o suficiente para que medicamentos possam ser indicados. Não é uma boa ideia.

Valores ideais dos exames no tratamento da tireóide

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Não espere os sintomas piorarem, avalie as causas, assuma a responsabilidade pela sua saúde. Consulte um nutricionista para a correção de carências nutricionais. Avalie também intolerância ao glúten, ao leite e a outros alimentos, trate a disbiose intestinal e adote uma dieta mais natural. A dieta antiinflamatória é muito importante! O jejum intermitente também pode ajudar demais no controle da inflamação.

Em relação à suplementação indica-se também silício (200 a 300 mg/dia), vitamina D, magnésio, além de outros nutrientes que estejam baixos na dieta ou nos exames solicitados. Sugiro que mulheres avaliem também outros desequilíbrios hormonais. Altos níveis de estrogênio aumentam a proteína que se liga aos hormônios da tireóide no sangue. Quando o hormônio da tireóide está ligado a essa proteína, ela permanece inativa. Podemos conversar sobre o tema durante a consultoria.

Práticas integrativas como yoga e meditação parecem afetar positivamente a secreção de hormônios, quando a causa da disfunção é o estresse emocional. A escolha da melhor prática depende da personalidade e dos gostos de cada pessoa e podem também incluir atividade física, musicoterapia, reiki ou massagens, reconhecidas por reduzirem o estresse, a ansiedade, a irritabilidade e os distúrbios do sono. A aromaterapia também é uma estratégia interessante. Neste sentido, os óleos essenciais de mirra, gerânio e laranja (4 gotas de cada) podem ser indicados por contribuírem relaxando e desinflamando o corpo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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