Resistência ao hormônio da tireóide

A síndrome de sensibilidade prejudicada ao hormônio tireoidiano, também conhecida como síndrome de resistência ao hormônio da tireóide, é uma condição hereditária que ocorre em 1 a cada 40.000 nascidos vivos. Caracteriza-se por uma capacidade de resposta reduzida dos tecidos-alvo ao hormônio tireoidiano devido a mutações no receptor do hormônio tireoidiano.

Genes para o receptor do hormônio da tireóide (RHT)

Depois de produzidos, os hormônios precisam se ligar à receptores nas membranas das células. Se estes receptores não funcionam, o paciente desenvolve resistência ao hormônio da tireóide (RTHβ, RTHα). O diagnóstico de RHT é desafiador para o clínico, mas deve ser considerado quando um paciente apresenta níveis elevados inexplicáveis de T4 livre sérico (fT4) e níveis de TSH não suprimidos, bem como uma relação T4 / T3 livre sérica reduzida.

Devido à apresentação sintomática inespecífica, esses pacientes podem ser diagnosticados incorretamente se o médico da atenção primária não estiver familiarizado com a condição. Isso pode resultar em frustração para o paciente e, às vezes, em tratamentos invasivos desnecessários, como a ablação com iodo radioativo.

Ao tratar esses pacientes, deve-se concentrar-se nos sintomas e no quadro clínico do paciente, em vez de buscar normalizar os níveis dos hormônios tireoidianos. A maioria dos pacientes, se deixados sozinhos, superam adequadamente a resistência por meio do aumento da secreção do hormônio tireoidiano e, portanto, não precisam de tratamento. Claro, alguns pacientes precisarão utilizar hormônios tireoidianos, mas devem ser monitorados de perto pelo endocrinologista. Pacientes que apresentam sintomas de hipertireoidismo podem precisar ser tratados sintomaticamente com betabloqueadores ou ansiolíticos, entre outros, dependendo dos sintomas predominantes (Rivas, & Lado-Abeal, 2016).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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