O mundo já enfrentou muitas pandemias ao longo de sua história. Hoje vivemos uma época ímpar em termos de conhecimentos e tecnologia. Mesmo assim, as ferramentas disponíveis não estão distribuídas de forma igualitária ao redor do mundo. A capacidade de um país responder a uma pandemia depende de 6 fatores principais:
Prevenção da situação de emergência
Detecção e comunicação do caso
Resposta rápida para atenuação da propagação do agente patogênico
Sistema de saúde robusto para tratar os doentes e proteger os profissionais de saúde
Conformidade e adesão às normas e orientações globais
Ambiente de risco geral e vulnerabilidade do país a ameaças biológicas
Estes 6 fatores compõem o índice global de segurança em saúde:
A maior parte dos sistemas de saúde são fracos e não estão preparados para novos surtos de doenças. No geral, os rankings dos países mostram uma visão angustiante, com pontuação média de 40,2 em uma escala de 100. Os países com classificação mais alta são Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Austrália, Canadá, Tailândia, Suécia, Dinamarca, Coreia do Sul e Finlândia. Portugal está na posição 20 entre 195 países, com 60,3 pontos e o Brasil está na posição 22, com 59,7 pontos em 100.
Um mundo despreparado faz com que novos surtos continuem aparecendo. Contribuem para estes surtos as mudanças climáticas, a urbanização, os deslocamentos entre países, a superpopulação, as guerras e migrações. E fomos relembrados com o COVID-19: o que é problema de um é problema de todos. O investimento em pesquisa é mais importante do que nunca, assim como o estímulo a parcerias mundiais na área de saúde.