Ômega-3 - o efeito depende da genética e também da presença ou não de determinadas doenças

Chia e linhaça são sementes com propriedades antiinflamatórias. Um motivo é a presença de lignanas. Outro motivo é a presença de ômega-3. Contudo, nem todo mundo consegue ser eficiente na transformação do ácido linolênico (ômega-3 das sementes) em ácido eicosapentaenóico (ômega-3 com atividade antiinflamatória).

Resultado de exame nutrigenético de paciente - para fazer o seu agende uma consulta

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Explico mais sobre os diferentes tipos de ômega-3 neste vídeo e sobre o exame nutrigenético neste vídeo. Um ponto a considerar então é se a pessoa geneticamente teria uma maior dificuldade de uso do ômega-3 dos alimentos, o que indicaria a suplementação.

Outro ponto é discutirmos a quantidade de ômega-3 a suplementar.

Estudos clínicos demonstraram que a administração de óleo de peixe é terapêutica mas não para todo mundo. Em pacientes com colite ulcerativa desencadeia respostas antiinflamatórias benéficas. Contudo, na doença de Crohn o mesmo efeito não é necessariamente observado. Por isso, é muito importante trabalhar com um nutricionista experiente na área clínica. Há uma epidemia que está agravando o coronavírus, que é a comida de má qualidade que ingerimos.

Nos últimos anos, comemos alimentos com tanto açúcar e tantos óleos vegetais que não são realmente alimentos. Isso nos deixou doentes. Para indivíduos altamente inflamados, cardíacos ou com doenças autoimunes a quantidade de ômega-3 na maioria das cápsulas (200 a 500 mg) seria muito pequena. Doses eficazes podem chegar a 2g/dia. Raramente ultrapassa-se 4g na soma de EPA + DHA para não prejudicar a coagulação. O excesso de ômega-3 também pode aumentar LDL-c e risco cardiovascular.

Tudo tem dose certa. e isto também varia de acordo com o tipo de doença.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Avaliação e suplementação da vitamina D

A vitamina D ou colecalciferol (D3) é sintetizada na pele pela ação dos raios ultravioletas (UVB) que incide no colesterol ali localizado. A maior parte das pessoas apresenta deficiência de vitamina D, o que compromete a imunidade e a mineralização óssea.

Como avaliar a vitamina D?

Muitos profissionais de saúde ficam confusos ao solicitar a dosagem de vitamina D. Como a 1,25-di-hidroxivitamina D é a forma ativa da vitamina D, muitos médicos e nutricionistas pensam que sua avaliação seria o meio preciso de estimar os estoques de calciferol e analisar a deficiência deste nutriente. Mas isto é incorreto.

As diretrizes atuais da Endocrine Society recomendam a dosagem dos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D, que tem vida média de 3 semanas. A 1,25-di-hidroxivitamina D (1,25OHD) têm pouca ou nenhuma relação com os estoques de vitamina D.

Os níveis de 1,25OHD são regulados principalmente pelo hormônio da paratireóide, que por sua vez tem interferência da concentração de cálcio no plasma. Na deficiência de vitamina D, os níveis de 1,25OHD tendem a aumentar ao invés de diminuir. A produção de 1,25OHD também é desregulada em doenças como sarcoidose e patologias granulomatosas.

Assim, o nível sérico de 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) é o melhor indicador do conteúdo corporal de vitamina D ao refletir a vitamina obtida a partir da ingestão alimentar e da exposição à luz solar, bem como a conversão de vitamina D a partir dos depósitos adiposos no fígado. Apesar de controverso, parece existir um «consenso» de que os valores plasmáticos de 25(OH)D inferiores a 30-32 ng/ml indicam um défice relativo de vitamina D. A vitamina. Porém, para pessoas com doenças autoimunes ou risco genético para as mesmas, recomenda-se dosagem acima de 40 ng/ml (Alves et al., 2013). No vídeo abaixo falo também do exame genético para polimorfismos associados à vitamina D:

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O livro de Michael F. Holick, "Vitamina D", é considerado uma referência essencial sobre o tema. Ele oferece informações detalhadas sobre a importância da vitamina D, como obtê-la e como ela pode melhorar a saúde.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Psiconutrição - os nutrientes e a mente

A carência de nutrientes essenciais impacta diretamente o funcionamento do cérebro. Pessoas que consomem muito álcool frequentemente desenvolver deficiência de vitamina B1 e sintomas como insônia, nervosismo, irritação, fadiga, depressão, perda do tato e da memória e problemas de concentração.

Níveis subótimos de nutrientes como vitamina D, ácido fólico, colina, ômega-3, magnésio, aminoácidos e até antioxidantes impactan negativamente o funcionamento cerebral. Aprenda mais sobre o tema:

A psiconutrição aborda o impacto da alimentação nos transtornos psiquiátricos. Estudos mostram que:

  • Uma dieta pobre em micro e macronutrientes está relacionada com a exacerbação dos sintomas psiquiátricos.

  • Uma dieta anti-inflamatória e com alta qualidade nutricional é benéfica para pacientes psiquiátricos.

  • A deficiência de vitamina D é importante na modulação imunológica, resposta inflamatória, processos antioxidantes, no desenvolvimento neurológico, neurotransmissão e neuroproteção.

  • A deficiência de vitamina B12 pode causar letargia, deficit de memória, cansaço, depressão, mania e psicose.

  • O ômega-3 demonstrou efeitos benéficos na neuroinflamação, performance cognitiva, humor e resposta ao estresse.

  • A microbiota intestinal tem papel importante na regulação do eixo HPA (hipotálamo-Pituitária-Adrenais).

  • Diversas doenças de origem metabólica / dietética estão relacionadas com a patogênese da psicose. Os mecanismos incluem resistência insulínica, disfunção mitocondrial e distúrbios do metabolismo energético.

  • A dieta de rotação e inclusão controlada é utilizada como protocolo diagnóstico em várias doenças neurológicas e do neurodesenvolvimento.

Na psiconutriçãoiatorres.com/cursos-online/2020/1/19/psiconutricao observamos biomarcadores relacionados com a inflamação, distúrbios imunológicos, aumento do estresse oxidativo, disfunção mitocondrial, funcionamento gastrointestinal. Estudos incentivam a integração da nutrição no manejo de transtornos psiquiátricos (Offor et al., 2021).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/