2 motivos para avaliar a vitamina B12 anualmente em crianças com síndrome de Down

A vitamina B12 é muito comentada na síndrome de Down por estar envolvida no metabolismo de um carbono, participando das vias de remetilação e transulfuração da homocisteína para formação da S-adenosilmetionina (SAM), que está relacionada às reações de metilação (DNA, RNA, proteínas, neurotransmissores, fosfolipídios e histonas). A vitamina B12 baixa prejudica as reações de metilação e o desenvolvimento. Este é o primeiro motivo para a avaliação.

Por outro lado, o excesso de B12 não é aconselhável. Além de gerar hipermetilação, interfere na ação de medicamentos anticonvulsivantes. Além disso, níveis muito altos estão associados a vários tipos de câncer inclusive as leucemias. Falo do tema neste vídeo:

Outras condições associadas à elevação de vitamina B12

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Avaliação e suplementação da vitamina A

A vitamina A pode ser encontrada no organismo em três formas químicas: retinol (álcool), retinal (aldeído) e ácido retinóico (ácido). O retinol é a forma biologicamente ativa e é absorvida a partir de alimentos de origem animal. Também é a forma armazenada no fígado. No fígado pode ser originado o retinal que, na retina, uma das membranas dos olhos, participará na formação da rodopsina, um pigmento visual que detecta a luz. A carência de vitamina A impede a formação de rodopsina e gera perda de capacidade de adaptação ao escuro, condição conhecida como cegueira noturna.

A vitamina A também controla a proliferação celular e a expressão de uma grande variedades de genes. Como ácido retinóico participa na formação de queratina, colágeno e colagenases. O ácido retinóico também é essencial para a condução de impulsos nervosos, além de ter ação antioxidante.

Abaixo falo da avaliação e suplementação da vitamina A:

Mas atenção ao consumo excessivo de suplemento contendo vitamina A ou carotenos!!

O excesso de vitamina A associa-se a sintomas como queda de cabelo, lábios rachados, ressecamento ou descamação da pele, dores de cabeça, elevação do cálcio no sangue, hipertensão craniana, sonolência, irritabilidade, násueas, vômitos. Além disso, em fumantes e ex-fumantes deve-se evitar grandes doses de suplementos pois há risco aumentado de câncer de pulmão por efeito pró-oxidativo. Gestantes também não devem suplementar mais que 10.000 UI/dia (3.000 mcg/dia) pois a vitamina A em excesso aumenta o risco de defeitos congênitos no bebê.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Avaliação e suplementação de vitamina C

A vitamina C é conhecida como o nutriente fundamental para a prevenção do escorbuto. Atua como cofator de enzimas fundamentais para a síntese de colágeno e para a síntese de neurotransmissores (como dopamina, serotonina e nodradrenalina). Confere ainda estabilidade aos hormônios adrenocorticotrófico (ACTH), vasopressina (ADH), ocitocina e colecistocinina.

É essencial ainda par a produção de carnitina, substância essencial para o transporte de gorduras para dentro das mitocôndrias, onde serão queimadas. Ou seja, a vitamina C também é importante para o emagrecimento.

Fora isso, a vitamina C possui um importante papel antioxidante, ajudando na prevenção de doenças crônicas como as cardiovasculares e certos tipos de câncer. Outro benefício da vitamina C é sua ação anti-histamínica, reduzindo o risco de alergias. Por fim, a vitamina C contribui para a absorção do ferro presente em alimentos de origem vegetal. A vitamina C também reduz o cortisol, hormônio do estresse e contribui para a neuroplasticidade.

Para a Organização Mundial de Saúde deveríamos consumir 200 mg de vitamina C ao dia. É fácil conseguir vitamina C por meio de uma dieta variada. Frutas e verduras como laranja, limão, tangerina, camu-camu, caçari, araçá d´água (fruta típica da Amazônia), acerola, goiaba, tomate, pimentão, brócolis, couve e salsa são ótimas fontes de vitamina C.

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Avaliação da vitamina C no corpo

Mesmo existindo muitos alimentos ricos em vitamina C muitas pessoas possuem deficiência deste nutriente. Tal deficiência pode ser avaliada por meio de inquéritos alimentares ou mesmo exames:

Cuidado com a suplementação excessiva de vitamina C

É comum encontrarmos suplementos de vitamina C contendo 1.000, 2.000 ou mais mg em uma cápsula. Acontece que para pessoas com risco ou propensão a cálculos renais a suplementação acima de 250 mg pode ser bastante prejudicial.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/