Chia e linhaça são sementes com propriedades antiinflamatórias. Um motivo é a presença de lignanas. Outro motivo é a presença de ômega-3. Contudo, nem todo mundo consegue ser eficiente na transformação do ácido linolênico (ômega-3 das sementes) em ácido eicosapentaenóico (ômega-3 com atividade antiinflamatória).
Explico mais sobre os diferentes tipos de ômega-3 neste vídeo e sobre o exame nutrigenético neste vídeo. Um ponto a considerar então é se a pessoa geneticamente teria uma maior dificuldade de uso do ômega-3 dos alimentos, o que indicaria a suplementação.
Outro ponto é discutirmos a quantidade de ômega-3 a suplementar.
Estudos clínicos demonstraram que a administração de óleo de peixe é terapêutica mas não para todo mundo. Em pacientes com colite ulcerativa desencadeia respostas antiinflamatórias benéficas. Contudo, na doença de Crohn o mesmo efeito não é necessariamente observado. Por isso, é muito importante trabalhar com um nutricionista experiente na área clínica. Há uma epidemia que está agravando o coronavírus, que é a comida de má qualidade que ingerimos.
Nos últimos anos, comemos alimentos com tanto açúcar e tantos óleos vegetais que não são realmente alimentos. Isso nos deixou doentes. Para indivíduos altamente inflamados, cardíacos ou com doenças autoimunes a quantidade de ômega-3 na maioria das cápsulas (200 a 500 mg) seria muito pequena. Doses eficazes podem chegar a 2g/dia. Raramente ultrapassa-se 4g na soma de EPA + DHA para não prejudicar a coagulação. O excesso de ômega-3 também pode aumentar LDL-c e risco cardiovascular.
Tudo tem dose certa. e isto também varia de acordo com o tipo de doença.