Antioxidantes no tratamento de pessoas com síndrome de Down

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Antioxidantes são substâncias capazes de atrasar ou inibir a oxidação (a perda de elétrons) de um substrato. O papel dos antioxidantes dos alimentos é proteger as células sadias do organismo contra a ação oxidante dos radicais livres. Existem alimentos com propriedades antioxidantes, ervas e condimentos com propriedades antioxidantes. Suplementos contendo nutrientes e fitoquímicos com propriedades antioxidantes.

Dizemos na nutrição que viver oxida. A perda de elétrons é uma consequência inevitável do metabolismo. Produzimos radicais livres ao eliminarmos toxinas, produzimos radicais livres ao metabolizarmos os nutrientes, ao fazermos exercício, a nos espormos ao sol, à poluição, ao estresse. 

O corpo produz então radicais livres naturais para lidar com o estresse oxidativo, com a alta produção de radicais livres. Como você poderia esperar, o corpo possui antioxidantes naturais que reagem com ROS para formar moléculas benignas. Na síndrome de Down há uma superexpressão da enzima superóxido dismutase (SOD) e uma redução da glutationa. Como resultado pode haver maior quantidade de radicais livres circulantes, o que leva a maior prejuízo cognitivo e motor, envelhecimento precoce, aumento do risco de Alzheimer e redução da longevidade.

Estudos tentam então identificar se a suplementação de nutrientes (vitaminas A, C, E) e fitoquímicos com propriedades antioxidantes podem retardar este processo. Esta suplementação deve ser feita de forma orientada já que radicais livres também possuem papeis positivos e importantes no corpo. Por exemplo, o sistema imune depende dos radicais livres para atacar e destruir bactérias e células cancerígenas. Os radicais livres também são importantes sinalizadores, dizendo às células quando devem aumentar sua proteção contra agentes invasores.

Ou seja, o equilíbrio entre substâncias oxidantes e antioxidantes é fundamental para a manutenção da saúde em qualquer pessoa e mais ainda na síndrome de Down. Discuto muitas questões relacionadas à suplementação de compostos específicos no curso online. Saiba mais aqui.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Mulheres: como ganhar massa muscular após os 40 anos

Os músculos nos permitem a movimentação ágil, força para carregar as compras dos supermercados, nos estabilizam em diversas posições (em pé, sentado, agachado, deitado), melhoram o funcionamento intestinal, mantém nosso metabolismo acelerado e a densidade do nosso esqueleto. Com mais músculos podemos fazer as atividades que amamos (brincar com os filhos, passear com os entes queridos, trabalhar, viajar, andar de bicicleta) sem medo de dor ou de lesão. 

Homens adultos possuem naturalmente mais músculos do que mulheres (32 kg x 20 kg). Os músculos dos homens também são mais longos em 5 a 10% em relação à musculatura das mulheres (Miller et al., 1993Janssen et al., 2000; Schuler, 2008).  

O corpo de homens e mulheres perde naturalmente massa muscular com a idade. A menos que nos exercitemos, perderemos 1-2% de nossa massa muscular anualmente entre as idades de 40 e 50 anos. Aos 50 anos a taxa de perda aumenta para até 3% ao ano. Isso significa que, no momento em que chegarmos aos 60, poderemos ter apenas metade da massa muscular que tivemos aos 30.

Aos 40 anos os níveis de testosterona na mulher já caíram para a metade em relação aos seus 20 anos e continuará caindo à medida que a mulher envelhece. Os níveis de estrogênio (outro hormônio anabólico) também caem. E e aí que mora o problema. Muitas mulheres, preocupadas com o ganho de peso passam a fazer mais atividade aeróbica (andar, correr, pedalar, nadar) sem comer ou reduzindo as calorias. Com isso, a perda de massa muscular aumenta ainda mais. 

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A boa notícia é que as mulheres podem evitar a perda de massa muscular relacionada à idade com apenas dois dias de treinamento de força intenso por semana. Isso é muito importante conforme as mulheres aproximam-se da perimenopausa. A flutuação hormonal contribui para ondas de calor, suores noturnos, perda da libido, ganho de gordura abdominal e perda da massa magra e óssea. Para saber como cuidar da alimentação para amenizar tais problemas clique neste link.

Além da musculação práticas de yoga podem ajudar a reduzir os sintomas da menopausa e melhorar a qualidade de vida (Jorge et al., 2016), aumentar a força muscular, melhorar a movimentação das articulações (Kalra et al., 2012), trabalhar a flexibilidade e reduzir a ansiedade (Mishra et al., 2011). Para aprender a praticar yoga em casa clique aqui.

Yoga e musculação ajudam mas para produzir músculos nosso corpo precisa de energia e dos nutrientes adequados (aminoácidos, zinco, magnésio, vitaminas B6, B9, C, D, K). Para saber mais sobre como melhorar a alimentação para ganhar massa magra clique aqui.

Para individualização da sua dieta marque uma consulta nutricional aqui. Para conversar sobre seu treino agende um horário com um educador físico!

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Síndrome de Down e direito à alimentação saudável

Pessoas com deficiência intelectual encontram-se frequentemente sob maior risco nutricional, podendo desenvolver obesidade e carências nutricionais. Para além das questões genéticas, isso ocorre porque nem sempre este grupo consegue escolher, adquirir ou preparar alimentos nutritivos ou por não compreender as consequências da alimentação para a saúde presente e futura (Hope et al., 2018).

Estas dificuldades fazem com que a educação nutricional torne-se ainda mais importante, garantindo uma dieta adequada por toda vida. A alimentação saudável é um direito humano básico, reconhecido pelo Pacto Internacional de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais.

No Brasil, o artigo 6o da constituição garante que é direito do cidadão o acesso à alimentação adequada, tanto do ponto de vista de quantidade como de qualidade. Para as pessoas com qualquer tipo de restrição ou deficiência, seja física ou intelectual deveria ser garantido apoio para compra, armazenamento, preparo e consumo de alimentos saudáveis. 

Infelizmente, o aumento dos problemas de saúde neste grupo mostra o quanto os serviços e profissionais de saúde estão despreparados para lidar com questões relativas à alimentação e especificidades da Síndrome de Down. Ao longo do tempo, a falta de alimentos ou suplementos adequados podem reduzir significativamente a qualidade de vida.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/