Campanha: vegetarianismo contra o câncer

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A Sociedade Vegetariana Brasileira lançou a campanha "vegetarianismo contra o câncer. Eu apoio totalmente! Afinal, estudos mostram que os hábitos alimentares inadequados são responsáveis por cerca de 30 a 40% de todos os tipos de câncer.

Pessoas que consomem alimentos de origem animal apresentam incidência 88% maior de câncer de cólone 54% maior de câncer de próstata em relação à população vegetariana. Isto não quer dizer que vegetarianos não possam ter câncer. Sim, podem! Afinal, as doenças são o resultado de nossa genética associada a questões ambientais (dieta, tabagismo, consumo de álcool, estresse, poluição do ar, exposição a metais pesados, cuidados gerais de saúde etc).

Para a Organização Mundial de Saúde um grupo de alimentos muito prejudicial à saúde é o das carnes processadas. Por cuidados com a saúde pública o órgão tem estimulado os governos e agências regulatórias internacionais a estabelecerem recomendações para alertar a população acerca dos riscos do consumo destes alimentos. Isto se deve aos resultados da análise de mais de 800 estudos que mostram evidências de que as nitrosaminas das carnes processadas são carcinogênicas para os seres humanos.

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Já as carnes vermelhas foram classificadas como parte do Grupo 2A (provavelmente, carcinogênicas para seres humanos). Isto se deve ao fato das carnes vermelhas serem muito ricas em ferro, mineral que, em grande quantidade, aumenta a formação de compostos N-nitrosos (NOC), o estresse oxidativo e a formação de radicais livres.

Pacientes com câncer: a troca de leite por whey é benéfica

Pacientes que adoram um leite precisam ter mais cuidado. O leite e o queijo estimulam muito a secreção de IGF-1 e a proliferação celular. O whey tem um efeito muito mais brando neste sentido (Melnik et al., 2012). Estudos também mostram que o whey ajuda a evitar a caquexia do câncer. Por isso, se está fazendo tratamento contra o câncer, indico que troque seu leite por uma proteína vegana neutra sem corantes ou um whey isolado sem corantes.

Opções de whey isolado sem corantes e sabor neutro:

Proteína vegana sem corantes e sabor neutro:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Cuide da sua alimentação hoje para ter um cérebro ativo e saudável por toda a vida

Conforme a longevidade da população aumenta mais pessoas acabam manifestando doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e Alzheimer na velhice. Pesquisas mostram que pelo menos 50% do risco destas doenças pode ser atribuído a fatores de risco modificáveis, incluindo dieta inadequada e sedentarismo. Além da dieta balanceada e da prática de atividade física, estímulos cognitivos (aprendizado constante), controle da glicemia e monitoramento da saúde vascular são fundamentais para a prevenção destas doenças. 

A dieta deve focar na qualidade geral e não em nutrientes específicos. De acordo com estudos recentes, deve-se privilegiar o consumo de frutas, verduras, castanhas e a redução no consumo de carne vermelha, carnes processadas, doces e alimentos ultra processados (Abate et al., 2017Greenwood & Parrott, 2016; Moore et al., 2017).

Desde a semana passada estou colocando novos vídeos sobre o envelhecimento e a proteção do cérebro no YouTube.com/dicasdanutricionista.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Brócolis e hipotireoidismo

Brássicas são um grupo de vegetais ricos em substâncias antiinflamatórias e anticancerígenas. Brócolis, couve, couve-flor, rabanate e repolho fazem parte deste grupo que, por outro lado, contém substâncias goitrogênicas, as quais teoricamente interferem com o funcionamento da enzima tireoperoxidase responsável pela produção do hormônio da tireóide. Por isto, pessoas com hipotireoidismo frequentemente questionam-se se devem ou não consumir tais alimentos.

Estudos recentes mostram que precisaríamos consumir uma quantidade muito grande de brássicas para que esta interferência na tireóide ocorresse. O consumo de 100 gramas ao dia, por exemplo, representa um risco mínimo de problemas (Felker, Bunch &  Leung, 2016).  

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Um único alimento também não pode ser responsabilizado pelo hipotireoidismo que também possui causas genéticas e autoimunes. Precisamos olhar a dieta como um todo. Uma pessoa com carência de iodo, selênio ou zinco também produzirá menos T3. O selênio funciona também como antioxidante melhorando a função da tireoide. No caso da tireoidite de Hashimoto, a deficiência de vitamina D e o excesso de glúten na dieta parecem ser fatores muito mais prejudiciais (Liontiris & Mazokopakis, 2017).

Estudos mostram ainda que as substâncias goitrogênicas são em grande parte destruídas pelo calor. Então se a tireóide é sua preocupação não abuse do grupo e consuma as brássicas cozidas, assadas, grelhadas... Excluir totalmente? A escolha é sua, mas lembre que o sulforafano das brássicas também parece reduz o risco de câncer de tireóide (Wang et al., 2015), equilíbra hormônios em mulheres e reduz orisco de câncer de mama (Liu, 2013).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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