Alterações cerebrais que levam à doença de Alzheimer podem começar até 20 anos antes de os sintomas aparecerem. Isto significa que a maneira como estamos comendo, nos movendo e vivendo hoje está literalmente moldando nosso futuro.
Embora o risco de Alzheimer aumente em aproximadamente 30% se você carrega uma cópia de uma mutação ApoE 4 e em 50% ou mais se você carrega duas cópias, as alterações genéticas não são o que há de mais importante. A chance de desenvolvimento de Alzheimer é uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
De acordo com o Dr. Dale Bredesen, a doença de Alzheimer se desenvolve a partir de causas principais:
Inflamação: desencadeada por infecção, dieta ruim, intestino permeável, resistência crônica à insulina, contato com toxinas, fungos, metais tóxicos, xenobióticos).
Atrofia - desencadeada pela diminuição de nutrientes, hormônios e fatores tróficos.
Dieta, prevenção e tratamento da doença de Alzheimer
O controle da inflamação, melhoria da função intestinal, tratamento da resistência insulínica e correção de carências nutricionais depende de uma dieta e suplementação adequadas às suas necessidades.
Muitos pacientes beneficiam-se do jejum intermitente, pelo menos 2 a 3 vezes por semana, em que a primeira refeição será o almoço. A redução do consumo de alimentos melhora a flexibilidade metabólica mitocondrial, reduzindo a inflamação e o estresse oxidativo, inclusive em neurônios.
Durante o período de jejum, utilizamos a nossa gordura armazenada para fornecimento de energia para as células. Neste processo são produzidos corpos cetônicos, que possuem um efeito de melhoria da função cerebral.
Outra estratégia é uma dieta cetogênica, em que o consumo de carboidratos será baixíssimo e incluirá no cardápio ovos, peixes oleosos (como sardinha, salmão, atum), frutos do mar (como camarão), laticínios fermentados (como iogurte gordo e sem açúcar, kefir de leite), juntamente com uma boa porção de alimentos vegetais gordurosos como abacates, azeitonas, azeite, óleo de coco (quando adequado), nozes e muita folha (principalmente verde escura).
Esta dieta será suplementada com uma série de fatores tróficos (de crescimento) incluindo B9, B12, magnésio, ômega-3. Os primeiros estudos em animais mostraram que o padrão cetogênica melhorou marcadores associados à doença de Alzheimer, reduzindo placas amilóides.
Pequenos estudos em humanos mostraram o mesmo, incluindo melhorias na memória. A dieta cetogênica não é fácil de seguir mas pode ser adaptada com o uso de triglicerídeos de cadeia média (TCM, especialmente C8) e ésteres de cetonas. Discuto estas questões neste curso online.
Tipos de TCM
Existem quatro tipos diferentes de TCMs:
Ácido capróico (C6): é o mais eficiente na absorção e absorção, mas tem um cheiro e sabor bastante ruins, quando isolado. Presente naturalmente no óleo de palma e laticínios integrais.
Ácido caprílico (C8) ou ácido octanóico: ajuda a manter o intestino saudável. Rapidamente absorvido. Aumenta corpos cetônicos na corrente sanguínea 3 vezes mais rápido que C10 e 6 vezes mais rápido que C12. Cheiro e sabor melhores do que C6. Presente naturalmente em marcas de TCM e no óleo de coco.
Ácido cáprico (C10): ajuda a manter o intestino saudável. Rapidamente absorvido, contudo 3 vezes mais lentamente que C8. Mas, a mistura nos produtos é interessante para manter os níveis de corpos cetônicos mais constantes no plasma. Presente naturalmente em marcas de TCM e no óleo de coco.
Ácido láurico (C12): ajuda a manter a microbiota saudável. Tem ação antifúngica. Leva mais tempo para ser absorvido e pode elevar mais os níveis de colesterol plasmáticos do que C8 e C10. Disponível naturalmente no óleo de coco e nos laticínios integrais.
Destes, C8 e C10 são os mais associados à perda de peso e encontrados em marcas como:
Brain TCM Puravida - Brasil
MCT Vitafor (C8+C10) - Brasil
Upgrade energy equaliv (C8 puro) - Brasil
Brain Octane Oil BulletProof (C8 puro) - EUA
Go Keto (C8 puro) - Europa
Go Keto (C8 + C10 + DHA + luteína) - Europa