Combate ao câncer

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Seu nutricionista te recomendou uma dieta variada, colorida, preferencialmente orgânica? O principal motivo é que não existem alimentos que fornecem todos os nutrientes necessários à saúde. Outro motivo para esta dieta variada, principalmente à base de vegetais, é que estes alimentos contém substâncias químicas (fitoquímicos) que, apesar de não serem essenciais, possuem propriedades protetoras, beneficiando o organismo, diminuindo a velocidade do envelhecimento celular e o risco de doenças como o câncer.

Apesar dos mecanismos exatos de atuação destas substâncias serem desconhecidos, sabe-se que a nutrição pode modificar o processo de carcinogênese em qualquer estágio. Como já relatado, os vegetais (frutas, verduras, legumes e cereais integrais) são os alimentos que mais contribuem para a prevenção da doença pois contém vitaminas, fibras e uma variedade de fitoquímicos (ver figura abaixo) responsáveis também pela destoxificação do organismo e reversão de estágios iniciais do processo carcinogênico.

Em nossa vida a balança deve sempre pesar para o lado direito da figura, no qual estão as substâncias protetoras. Alimentos bastante estudados nesta área e fonte de fitoquímicos incluem:

Uva (polifenóis como reverastrol), beterraba (polifenóis como betacianina), semente de Uva (procianidinas), soja (flavonas), vegetais (quercetina), especiarias como açafrão (curcumina), vegetais crucíferos, como couve, repolho, brócolis, rabanete, agrião (glicosinolatos), alho e cebola (aliina e alicina), chá verde (catequinas).

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Manual de tratamento para sobreviventes do câncer

A dieta vegetariana

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Consumo de peixes de água salgada é mais eficiente no combate de derrames do que consumo de suplementos de ômega-3

Revisão sistemática e metanálise publicada no dia 24/09/12, em sua íntegra no site da Associação Médica Britânica, mostrou que o consumo de peixes de água salgada é mais eficiente no combate às doenças cerebrovasculares do que o consumo de suplementos de ômega-3 isoladamente. Os 38 estudos que fizeram parte da metanálise envolveram 800.000 indivíduos com ou sem doença cardiovascular prévia, em 15 países.

As evidências apontam  para o benefício do aumento no consumo de peixes para pelo menos 2 porções por semana. Atum, sardinha e salmão podem ser aliados na sua saúde uma vez que fornecem uma combinação de nutrientes (vitaminas, minerais, ômega-3 e aminoácidos essenciais) que não são encontrados nas cápsulas de suplementos. Este consumo reduz o risco de doenças cerebrovasculares em 6% naqueles que consomem peixe uma vez ou menos por semana e em 12% naqueles que consomem 5 ou mais porções de peixes por semana. Já o consumo de suplementos de ômega-3 não foram associados à redução do risco.

Outro benefício do consumo aumentado de peixes é a automática redução no consumo de outras carnes, mais ricas em gordura saturada e purinas, os quais aumentam o risco de doenças cardiovasculares.

Os suplementos de ômega-3, apesar de menor benefício demonstrado neste estudo pode ser útil para outros pacientes, com condições inflamatórias associadas e também em pacientes diabéticos, como já comprovado em diversos outros estudos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Envelhecimento e qualidade de vida

No Brasil 13% da população é considerada idosa. Em Portugal este percentual sobe para 18%. O aumento no número de idosos gera desafios para a sociedade que precisa desenvolver meios para enfrentar as demandas específicas decorrentes dessa nova fase etária.

O aumento do número de pessoas idosas em todo o mundo é consequência do prolongamento da vida que se apresenta como fato inquestionável há mais de uma década. Esse fenômeno resultou em diversas mudanças sociais, estruturais e, principalmente, culturais, gerando demandas específicas para este segmento da população. Para atendê-las, são necessárias ações e projetos inovadores, a fim de aprimorar o atendimento dispensado a essas pessoas. Todavia, a sociedade civil e os órgãos públicos não encontram-se totalmente preparados para atender a esta população.

Um dos desafios é que a realidade do envelhecimento é muito complexa e heterogênea. O envelhecimento não é igual para todos, e as diferenças existentes se referem a fatores como condições de vida, acesso aos bens e serviços, cobertura da rede de proteção e as condições de atendimento social, boa alimentação e adoção de hábitos saudáveis durante toda a vida.

A partir dos 60 anos, a nutrição é vista como fator determinante para que idosos possam manter uma relação harmoniosa entre os fatores que garantem uma melhor qualidade de vida, como saúde física e mental, satisfação no trabalho e nas relações familiares, disposição, dignidade e longevidade.

Algumas situações podem afetar diretamente o estado nutricional dos idosos, como aspectos econômicos desfavoráveis, isolamento familiar e social, alto consumo de alimentos industrializados ou de fácil preparo, depressão, menor sensibilidade gustativa ou  olfatória, hábitos e preferências alimentares anteriores, demência, sequelas de doenças.

Dois distúrbios nutricionais podem coexistir nesta faixa etária: desnutrição para alguns e obesidade para outros. Ambos estão relacionados com diminuição da qualidade de vida. A desnutrição eleva os índices de mortalidade e aumenta a susceptibilidade às infecções, assim como de osteoporose, fraturas, problemas respiratórios e cardíacos.

Já a obesidade explica o aumento de muitas doenças crônicas como diabetes, hipertensão, câncer de mama, ovário e próstata. Para amenizar muitos destes problemas deve haver um incentivo para o convívio social; para a adoção de hábitos alimentares saudáveis e para o acompanhamento nutricional periódico, visando a melhoria do estado de saúde, como um todo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/