Para alguns idosos, o apetite diminui com o passar do tempo (leia sobre o assunto aqui). Por outro lado, cientistas da Universidade Monash descobriram que células responsáveis pelo controle do apetite degeneram com o tempo. Isso pode causar, em alguns idosos, o aumento do apetite e um potencial ganho de peso.
De acordo com o Dr. Zane B. Andrews, um neuroendocrinologista do departamento de psicologia, estas células são atacadas por radicais livres após as refeições e quanto maior é o consumo de açúcares durante a vida, mais as mesmas são danificadas. Segundo o pesquisador as pessoas na faixa etária entre 25 e 50 anos são as de maior risco.
Quando o estômago está vazio o mesmo estimula a secreção do hormônio grelina, que notifica o cérebro de que estamos com fome. Quando estamos satisfeitos, um conjunto de neurônios conhecidos como POMC entram em ação. Contudo, os radicais livres produzidos naturalmente em nosso organismo danificam os POMCs o que causa uma degeneração a longo prazo, afetando nosso julgamento em reconhecer sensações de saciedade. Os próximos projetos do Dr. Andrews irão focar na relação entre o consumo de carboidratos e açúcares e outros impactos no cérebro, como a doença de Parkinson.
Controlar o apetite e o consumo excessivo de alimentos é importante. As pesquisas do Dr. Eric Ravussin buscam marcadores biológicos que possam representar os efeitos de aumento da longevidade com a restrição calórica. Ele iniciou um estudo, em fevereiro de 2007, analisando 240 pessoas. Até o momento, a conclusão é de que as células da pessoa que está sob restrição calórica têm maior qualidade, apresentando mais mitocôndrias e menos estresse oxidativo.
Em relação ao período de início desta restrição, o Dr. Eric informou ser melhor iniciá-la o mais cedo possível, mas nunca antes da puberdade. “Não temos dados sobre seres humanos, mas sabemos que em países como o Japão, onde a população chega facilmente aos 100 anos de idade, a alimentação é de baixa caloria”, informou o Dr. Eric.
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Para saber mais: Monash University