O envelhecimento é uma experiência heterogênea. Ainda não está claro como nosso corpo envelhece, apesar de existirem algumas teorias a respeito (assista o vídeo).
A principal característica do envelhecimento é o declínio, geralmente físico, que leva a alterações sociais e psicológicas. Esses declínios podem ser classificados de duas maneiras:
Senescência - fenômeno fisiológico, arbitrariamente identificado pela idade cronológica, que pode ser considerado como um envelhecimento sadio, em que o declínio físico e mental é lento, sendo compensado, de certa forma, pelo organismo.
Senilidade - caracteriza-se pelo declínio físico associado à desorganização mental. Não é exclusiva da idade avançada e pode ocorrer prematuramente, pois se identifica com uma perda considerável do funcionamento físico e cognitivo, observável pelas alterações na coordenação motora, a alta irritabilidade, além de considerável perda de memória.
A alimentação é um dos fatores centrais para a saúde e qualidade de vida do indivíduo do nascimento à idade avançada. Com o passar do tempo, digestão e absorção sofrem prejuízos que são atribuídos ao processo natural de envelhecimento. Pode ocorrer alteração do paladar por redução do número e função das papilas gustativas e redução na percepção do olfato e da visão; diminuição da secreção salivar e gástrica; falha na mastigação pela ausência de dentes ou uso de próteses dentárias mal ajustadas; diminuição da absorção intestinal, ocasionando gases, diarreia ou constipação.
Outros fatores podem piorar o estado nutricional da pessoa idosa:
Fatores ambientais (problemas de moradia, falta de meios para comprar, acondicionar ou preparar refeições, falta de apoio de familiares ou serviços comunitários);
Fatores fisiológicos (saúde oral, acuidade sensorial, inatividade, perda de massa magra, aumento da massa gorda, redução da densidade óssea, diminuição da função imune, diminuição do pH gástrico);
Fatores neuropsicológicos (doenças como Alzheimer, Parkinson, demência senil ou diminuição da capacidade cognitiva, depressão ou alterações do estado emocional);
Fatores socioeconômicos e culturais (baixo nível educacional, marginalização, baixos rendimentos, pobreza, acesso limitado a cuidados médicos, falta de conhecimentos sobre alimentação/nutrição, crenças e mitos, institucionalização, elevados gastos com saúde).
Com o menor consumo de alimentos nutrientes importantes deixam de ser consumidos aumentando o risco de desnutrição. No Brasil, o Ministério da Saúde publicou a cartilha Alimentação Saudável para a pessoa idosa (baixe clicando no link).