Boa alimentação alivia as crises de enxaqueca

Sabia que existem tratamentos para enxaqueca, além do seu conhecido uso de remédios para dor + antiinflamatórios + quarto escuro? Se você tem tido muitas crises e ainda experimenta efeitos colaterais devido ao uso de medicamentos (como gastrite, tontura, náuseas ou gastrite) comece a pensar na alimentação como uma alternativa. Alguns nutrientes benéficos incluem:

- Coenzima Q10 – Pesquisadores suíços demonstraram que a suplementação de cápsulas gelatinosas ou tabletes de CoQ10 diariamente, junto à refeições protéicas, diminui a frequência de enxaquecas pela metade. Na tabela ao lado algumas fontes de Q10 nos alimentos.

- Riboflavina (vitamina B2) – Estudos sugerem que disfunções mitocondriais podem causar alguns tipos de enxaqueca, porque o cérebro acaba não gerando energia suficiente. O zinco também é capaz de aumentar a atividade dos complexos mitocondriais 2 e 4, o que evita a disfunção mitocondrial nos neurônios do hipocampo, aumentando a geração de energia e a sobrevida das células nervosas. Fontes de vitamina B2 incluem  castanhas, laticínios, ovos, frutos do mar e vegetais verde escuros. Durante as crises a suplementação é recomendada. Fontes de zinco incluem carnes bovinas, peixes, aves, ostras, mariscos, nozes e feijão.

- Magnésio - Alguns tipos de enxaqueca tem ligação com aumento da pressão dentro das veias. O magnésio reduz a pressão por isto aumente o consumo de vegetais verde escuros, castanhas, abacate, bananas e uva passa. Caso a suplementação seja necessária é importante a união com a vitamina B6 (piridoxina)  pois a mesma melhora o acúmulo de magnésio nas células. Sempre converse com seu nutricionista sobre as dosagens necessárias ao seu caso.

Óleos essenciais também podem ser utilizados para o combate à enxaqueca. Os mais indicados são erva-príncipe (cymbopogon citratus), também conhecida como lemongrass, manjericão, hortelã-pimenta, lavanda, camomila, gerânio e rosa. Aprenda a utilizar os óleos essenciais em meu curso online.

Hipometabolismo glicolítico cerebral e enxaqueca

Evidências crescentes também sugerem que a enxaqueca pode ser o resultado de um comprometimento do metabolismo cerebral da glicose. Vários estudos relataram disfunção mitocondrial cerebral, comprometimento do metabolismo cerebral da glicose e redução do volume da substância cinzenta em áreas cerebrais específicas de pacientes com enxaqueca. Além disso, a resistência periférica à insulina, uma condição demonstrada em vários estudos, pode estender-se ao cérebro, levando à resistência cerebral à insulina.

Pessoas com enxaqueca podem ter desregulação dos receptores de insulina, tanto nos astrócitos quanto nos neurônios, desencadeando uma redução na captação de glicose e na síntese de glicogênio, principalmente durante alta demanda metabólica (Moro et al., 2022)

A resistência cerebral à insulina pode ser definida como a incapacidade das células cerebrais (neurónios e células gliais) em responder à insulina. A gravidade e o impacto das crises de enxaqueca são maiores em pacientes com resistência à insulina do que naqueles sem resistência à insulina (Ali et al., 2022).

Na resistência cerebral à insulina, a isoforma IR-B do receptor de insulina pode ser regulada negativamente, desencadeando uma alteração do metabolismo da glicose nos neurônios e astrócitos. O lactato é um combustível alternativo para o cérebro e é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica. O lactato também pode ser gerado pelo piruvato nos astrócitos. Contudo, pouquíssima energia é produzida a partir de lactato.

Portanto, quando a demanda de energia cerebral não é satisfeita, seja pela resistência insulínica, seja por hipoglicemia pós-prandial, o cérebro passa a tentar usar mais corpos cetônicos. Por exemplo, pacientes com deficiência de GLUT1 são tratados de enxaquecas com dietas (Klepper et al., 2020). Aprenda mais sobre esta temática em https://t21.video.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

A importância do magnésio para os ossos

Todo mundo sabe que o cálcio é um nutriente essencial para a saúde dos ossos. O que pouca gente lembra é que o mesmo precisa estar em equilíbrio com o magnésio para que o primeiro seja bem absorvido, metabolizado e estocado. Isto ocorre por alguns motivos:

- o magnésio estimula o hormônio calcitonina, o qual levará o cálcio do sangue para os ossos, prevenindo por exemplo a formação de pedras de cálcio nos rins;

- magnésio suprime o paratormônio, evitando que o mesmo retire muito cálcio dos ossos.

- o magnésio é essencial para a conversão da vitamina D inativa produzida na pele em sua forma ativa. A vitamina D atuará no intestino aumentando a absorção do cálcio.

Por isto, deficiência de magnésio pode ser um fator de risco para osteoporose. É este o motivo pelo qual os nutricionistas suplementam cálcio e magnésio juntos. Além disso, a suplementação sozinha de cálcio provoca um desequilíbrio que leva a redução da absorção de magnésio.

Boas fontes de magnésio nos alimentos:  abacate, banana, grão-de-bico,  feijão, ervilha, lentilhas, quiabo, batata com casca,  uva passa, algas marinhas, soja, espinafre, couve,  aveia (grãos inteiros), farelo de aveia, arroz integral, gérmen de trigo, amêndoas, castanhas, amendoim, pistache, soja, nozes.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Castanhas previnem complicações em diabéticos

Pesquisa publicada na revista Diabetes Care, mostrou que o consumo de 56 gramas de castanhas diariamente, em substituição a carboidratos simples da dieta, melhoram o controle glicêmico e lipídico no diabetes 2, o tipo mais comum da doença. Castanhas variadas, sem sal, diminui o colesterol "ruim" LDL, e a hemoglobina glicada, um marcador de controle glicêmico, em até 2/3.

Apesar de muitas pessoas terem medo de consumir castanhas por serem calóricas, a substituição de lanches com carboidratos (no caso do estudo, foram utilizados muffins) por castanhas, não contribui para o ganho de peso. Outros estudos já demonstraram o mesmo anteriormente.

Maionese de castanha de caju

Ingredientes:

🍵1 xícara de castanha de caju de molho por 8 horas

🥛1/2 copo de água quente

🌴100g tofu orgânico firme (ou polpa de coco verde molinha ou inhame cozido)

🫒1/2 xícara de azeite

🧂1 colher de chá sal

🌶️pimenta a gosto

🍋1 limão espremido

🌿1 colher de chá de mostarda ou outro tempero que goste como manjericão ou salsinha ou curry ou o tempero que vc gostar.

Bata até atingir a cremosidade desejada.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/