O magnésio é o quarto mineral mais comum no corpo humano, participando de uma série de reações bioquímicos fundamentais para a geração de energia, contração muscular e aprendizagem. O magnésio aumenta a plasticidade sináptica e a densidade das sinapses no hipocampo - a zona do cérebro que aloja a memória - gerando uma melhora nas habilidades de aprendizado e das memórias de curto e longo prazo.
A perda de sinapses é uma das principais características associadas à doença de Alzheimer. Pesquisas mostram que o adequado consumo e chegada de magnésio no cérebro protegem sinapses e diminuem a velocidade de perda de habilidades em pessoas com Alzheimer. A suplementação de magnésio também vem sendo investigada com sucesso no tratamento da ansiedade e da depressão.
Infelizmente, estudos mostram que crianças com Síndrome de Down possuem níveis mais baixos de magnésio circulantes do que crianças típicas. Baixos níveis de magnésio também pioram a função cardiovascular e da tireóide. Crianças frequentemente doentes também perdem mais magnésio pela urina.
Efeito epigenético do magnésio
A epigenética é a ciência que estuda as marcas químicas deixadas em partes específicas do DNA e que ajustam a expressão de nossos genes sem afetar a sequência genética subjacente - a sequência de bases nitrogenadas A, C, T, G (Remely et al, 2015).
Um campo em desenvolvimento chamado nutriepigenômica examina a conexão entre a dieta e essas marcas químicas que podem ser anexadas ou removidas de nosso DNA, ativando ou desativando genes. Muitos novos estudos sugerem que certos nutrientes podem ajustar a expressão de nossos genes, potencialmente influenciando nossa saúde, para melhor ou para pior. Queremos desligar genes que aumentam o risco de doenças como diabetes, Alzheimer e obesidade.
Estudos mostram que na gestação a carência de magnésio altera a metilação do DNA, aumentando o risco de certas doenças. O magnésio também interage com microRNAs, importantes reguladores da expressão gênica (Beckett et al., 2014; Liang, 2017).
O magnésio poderia ser suplementado, tanto na gravidez, quanto nas outras fases da vida de várias formas: magnésio citrato, magnésio treonato, magnésio dimalato, magnésio quelado, cloreto de magnésio, magnésio glicinato, óxido de magnésio, sulfato de magnésio. No grupo de estudos discutiremos os prós e contras de cada formulação para a Síndrome de Down.
Dietas baseadas em comidas processadas e congeladas possuem pouco magnésio. Boas fontes dietéticas incluem semente de abóbora, semente de melão, semente de girassol, amêndoas, castanha de caju, cacau, espinafre, salmão e feijão preto.
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