GENÔMICA NUTRICIONAL NA SÍNDROME DE DOWN

O quadro a seguir mostra apenas alguns dos genes do cromossomo 21. Eu, você e qualquer pessoa com síndrome de Down temos estes genes. E, neles, podemos ter variações que aumentam o risco de doenças, como diabetes tipo 1, Alzheimer ou leucemia. A forma mais frequente de síndrome de Down é a trissomia livre em que observamos  no genoma três cromossomos 21 completos, ao invés de dois (95% dos casos). Existem também aqueles com síndrome de Down com um par de cromossomo 21 e outro pedaço mais ou menos grande de um terceiro cromossomo 21, que pode vir colado ao cromossomo 14 ou 22 ou outro (3,5% dos casos). Por fim, existe o mosaicismo, no qual algumas células possuem 47 cromossomos e outras 46, em diferentes proporções (1,5% dos casos). Esta variabilidade, associada aos diversos polimorfismos genéticos faz com que nenhuma pessoa com síndrome de Down seja igual à outra. E, por isso, a suplementação que faz bem à uma pessoa pode não gerar efeitos ou ser prejudicial para outra.

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Pensando nesta complexidade toda desenvolvi com a FULLDNA um painel genético específico para pessoas com síndrome de Down. Este painel é o único do mundo a considerar a trissomia do cromossomo 21. Criamos um modelo estatístico capaz de prever com maior exatidão possíveis riscos e melhores formas de modulação epigenética visando a redução dos mesmos. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Em que medida o contato com toxinas ambientais aumenta o risco de doenças?

Existem dezenas de milhares de produtos químicos em nosso ambiente. Chegam a nós pelos alimentos, pelo ar que inspiramos, pela água, pelos produtos de limpeza ou higiene que utilizamos. Alguns destes produtos químicos são produzidos pela indústria farmacêutica, podendo fornecer alívio para doenças. Outros ajudam a reduzir o risco de propagação de doenças. Porém, muitas substâncias que chegam a nós na verdade podem estar afetando nossa saúde de forma negativa.

Como o seu corpo está reagindo ao contato com todas estas substâncias químicas? Em que medida condições como autismo, diabetes, obesidade, doenças cardíacas e Alzheimer são influenciados por esta exposição tóxica? O exposoma é também definido como a totalidade das exposições ambientais a qual fomos expostos desde a concepção (Wild, 2005).  Semelhante ao projeto genoma humano, que mapeou o material genético há agora um projeto também denominado exposoma, que estuda a relevância do ambiente em nossas vidas.

Não podemos controlar várias das exposições tóxicas mas podemos pensar nos alimentos que consumimos. Estão cheios de pesticidas? São naturais ou foram manipulados pela indústria?

Os alimentos interagem com nosso DNA e geram oportunidades para prevenção pou abrem as portas para novas doenças. O alimento pode ser fonte de substâncias protetoras ou estressoras.

Um exemplo de refeição estressora é o alimento fast food, rico em açúcar, sódio e gorduras inflamatórias. O corpo, para lidar, com o estímulo excessivo gera respostas compensatórias, ativando o sistema imune, cardiovascular e neuroendócrino. A exposição repetitiva a toxinas ambientais e alimentares desregula o metabolismo e pode gerar maiores danos celulares.

Para Di Renzo e colaboradores (2017) quando uma única refeição no estilo McDonald's® entra no trato gastrointestinal de indivíduos saudáveis, pode promover estresse oxidativo e aumentar a expressão de genes inflamatórios. Produtos de glicação avançada (AGEs), compostos altamente oxidantes formados através da reação não enzimática entre açúcares redutores e aminoácidos livres, são encontrados em altos níveis em fast-foods (Uribarri et al., 2010). Em uma revisão sistemática sobre os efeitos do consumo de fast-food, foi relatado que os níveis sanguíneos da citocina inflamatória IL-6 aumentaram, podem aumentar em até 100% apósuma única refeição (Emerson et al. al., 2017).

Ao contrário, refeições saudáveis reduzem marcadores inflamatórias e o risco de danos celulares (Cano et al., 2017, Inoue et al., 2014). A dieta mediterrânea, por exemplo, reduz marcadores sanguíneos da inflamação e eleva os antioxidantes (Blum et al., 2006, Peluso et al. , 2014).

A genética sozinha não pode explicar o rápido aumento nas taxas globais de doenças não transmissíveis. Com o tempo, as respostas cumulativas agudas a cada refeição em seu contexto ambiental total são importantes. Estudos tentam hoje avaliar, por exemplo, em que medida a exposição dos pais a alimentos do tipo fast-food influenciam depois a vida de seus bebês. As crianças já nasceriam com uma sobrecarga e aumento do risco de desenvolvimento de doenças? Estudos sobre mecanismos epigenéticos de desenvolvimento de doenças acreditam que sim.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Medicamentos podem afetar o equilíbrio e aumentar o número de quedas

Medicações como antidepressivos, antiansiolíticos (para ansiedade), antihistamínicos prescritos para o alívio de alergias, antihipertensivos (para o controle da pressão), e outras drogas usadas para o tratamento da insônia, dor ou problemas cardíacos podem afetar o cérebro. Algumas pessoas sentem alterações na visão, outras tontura, sonolências, problemas de memória. Outras drogas afetam os ouvidos, o que acaba gerando vertigens e afetando o equilíbrio.

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Dentro do ouvido, existem estruturas que contribuem para o equilíbrio. A cóclea (que "transforma" as ondas sonoras em impulsos nervosos que serão lidos pelo cérebro) e o vestíbulo ( responsável pelo equilíbrio) formam o labirinto. Quando estas estruturas são afetadas surge o desequilíbrio.

Nem sempre uma droga afeta o ouvido, mas a combinação de medicamentos pode tornar a pessoa mais vulnerável, especialmente com o envelhecimento.

Se estiver preocupado com seu equilíbrio converse sobre seus medicamentos com seu médico. Ele poderá revisar os tipos e dosagens. Nunca pare de tomar remédios importantes por conta própria. Além disso, faça exercícios para melhorar a atenção, memória e equilíbrio.

Vários estudos mostram que a prática regular de yoga ajuda a melhorar o equilíbrio (Boslego et al., 2017), melhorar a estabilidade postural (Jeter et al., 2015) e a mobilidade de idosos (Youkhana et al., 2016).  

A turma de formação de instrutores de yoga está com inscrições abertas. Saiba mais e junte-se a nós!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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