Existem diferentes apresentações de suplementos de magnésio no mercado. Várias moléculas diferentes podem ligar-se ao átomo de magnésio, sendo que várias melhoram a absorção, biodisponibilidade, acumulo do mineral nos tecidos ou podem ter como função a diminuição do risco de diarreia ou desconfortos abdominais (Ates et al., 2019; Uysal et al., 2018)
Em estudos com animais observa-se que o magnésio taurato tende a acumular-se melhor no sistema nervoso central, sendo interessante para o combate da excitotoxicidade glutamatérgica. O citrato acumula-se bem nos músculos esqueléticos e o magnésio glicina ou bisglicinato tende a distribuir-se de maneira homogênea por diferentes tecidos (especialmente nas maiores doses). Existem também produtos que combinam estes três tipos de magnésio:
PAPEL DO MAGNÉSIO NO CÉREBRO
Uma das funções importantes do magnésio é atenuar as consequências do excesso de glutamato. A inflamação cerebral crônica aumenta a sensibilidade dos receptores de glutamato e interfere na remoção de glutamato do espaço extraneuronal. Isto aumenta o risco de excitotoxicidade por um período prolongado.
Excitotoxicidade é o processo patológico pelo qual células do cérebro são danificadas ou mortas por estimulação excessiva por neurotransmissores, especialmente glutamato. Os receptores para o neurotransmissor excitatório glutamato tais como o receptor NMDA e o AMPA são excessivamente ativados pela tempestade glutamatérgica. Elevados níveis de cálcio (Ca2+) entram nas células, ativando enzimas que danificam o citoesqueleto, membrana ou DNA celular. O magnésio reduz a entrada de cálcio no neurônio, reduzindo o risco de morte celular.
O magnésio participa de potenciais excitatórios, sono de onda lenta, sinaptogênese, aumentando a captura de glutamato pelo astrócito, para produção de glutamina e ATP, do bom funcionamento da bomba de sódio e potássio.
A falta de magnésio está associada à enxaqueca, depressão, epilepsia, dor crônica, ansiedade, doença de Alzheimer e Parkinson. Ou seja, é um nutriente que não pode faltar para quem quer um cérebro saudável.
Aumente na dieta fontes de magnésio, incluindo sementes de abóbora, gergelim, amêndoas, avelãs, castanha de caju e castanha do Pará (castanha do Brasil).