Medicamentos podem afetar o equilíbrio e aumentar o número de quedas

Medicações como antidepressivos, antiansiolíticos (para ansiedade), antihistamínicos prescritos para o alívio de alergias, antihipertensivos (para o controle da pressão), e outras drogas usadas para o tratamento da insônia, dor ou problemas cardíacos podem afetar o cérebro. Algumas pessoas sentem alterações na visão, outras tontura, sonolências, problemas de memória. Outras drogas afetam os ouvidos, o que acaba gerando vertigens e afetando o equilíbrio.

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Dentro do ouvido, existem estruturas que contribuem para o equilíbrio. A cóclea (que "transforma" as ondas sonoras em impulsos nervosos que serão lidos pelo cérebro) e o vestíbulo ( responsável pelo equilíbrio) formam o labirinto. Quando estas estruturas são afetadas surge o desequilíbrio.

Nem sempre uma droga afeta o ouvido, mas a combinação de medicamentos pode tornar a pessoa mais vulnerável, especialmente com o envelhecimento.

Se estiver preocupado com seu equilíbrio converse sobre seus medicamentos com seu médico. Ele poderá revisar os tipos e dosagens. Nunca pare de tomar remédios importantes por conta própria. Além disso, faça exercícios para melhorar a atenção, memória e equilíbrio.

Vários estudos mostram que a prática regular de yoga ajuda a melhorar o equilíbrio (Boslego et al., 2017), melhorar a estabilidade postural (Jeter et al., 2015) e a mobilidade de idosos (Youkhana et al., 2016).  

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Consumo de chás afetam beneficamente nossos genes

Folhas, caules e raízes utilizados para o preparo de chás contém substâncias (fitoquímicos) com capacidade de influenciar a atividade das células no corpo humano. É o que chamamos de epigenética ou mudanças que ocorrem na expressão dos genes a partir do contato com diferentes substâncias. 

Para entender a epigenética pense no caso dos gêmeos idênticos. Apesar de possuírem o mesmo DNA podem ter a aparência diferente ou mesmo doenças diferentes. Isto acontece pois, apesar de terem o mesmo material genético este é influenciado por diferentes compostos do ambiente. É o que fazem os chás. Os mesmos possuem fitoquímicos (compostos químicos de plantas), que ao interagirem com o núcleo da célula podem silenciar ou desligar genes ligados a determinados problemas de saúde, reduzindo o risco de doenças. 

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Como exemplo, estudos sugerem que as catequinas presentes na Camellia sinensis (planta que dá origem ao chá verde), estão envolvidas na metilação de DNA, bem como na modificação de histonas e de microRNAs.

De forma clínica, um estudo conduzido com 16 indivíduos, submetidos ao consumo de uma dose de infusão de Camellia sinensis, identificou que esta intervenção reduziu danos em DNA de linfócitos (células do sistema imune) e modulou genes que aumentam o reparo do DNA, reduzem a geração de radicais livres e diminuem a inflamação. Desta forma, os autores concluem que o consumo de infusão de Camellia sinensis pode proteger nosso material genético, reduzindo o risco de doenças desencadeadas por um possível dano em DNA (Ho et al., 2014).

Outro estudo correlacionou o consumo de chás e café com metilação de DNA, em regiões que contêm genes que interagem com o metabolismo do estradiol, podendo reduzir o risco de câncer - especialmente os que envolvem este hormônio para o seu desenvolvimento (Ek et al., 2017). 

Embora o consumo de chás seja uma estratégia interessante para a redução do risco de doenças, é importante levar em consideração as necessidades e características individuais, para que a conduta seja segura e eficiente.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Hipoglicemia como efeito colateral do uso de insulina - um teste genético pode ajudar

Pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 1 geralmente possuem como tratamento de base a aplicação diária de várias doses de insulina. Porém, para alguns pacientes existe uma grande dificuldade de regular as quantidades de hormônio e, como consequência, sofrem com sintomas da hipoglicemia.

Esta dificuldade pode ser decorrente de mutações genéticas como a do gene HNF1A MODY.  Esta mutação é resultado da substituição de uma base T pela base C na posição 447 fazendo com que ao invés de prolina, o aminoácido leucina seja produzido.

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Pessoas com esta mutação são bastante sensíveis à baixas doses de sulfonilureias, o melhor tratamento neste caso, que deve ser feito em substituição à insulina. Este tipo de diabetes é denominado diabetes monogênico, mas a maioria dos pacientes é erroneamente diagnosticado como tendo diabetes tipo 1 ou 2 (que são poligênicos, ou seja, vários genes estão envolvidos no desenvolvimento destes tipos de diabetes).

Suplementos usados no tratamento do diabetes na Europa

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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