Alterações endócrinas em crianças obesas

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São muitas as causas da obesidade. Estão envolvidos no ganho de peso a genética, o perfil hormonal, a prática de atividade física, o consumo calórico e outros fatores ambientais. Na infância, um dos fatores atualmente estudados refere-se ao vínculo dos pais com seus filhos.

A qualidade da relação pais-filhos influencia o desenvolvimento físico, social e emocional das crianças. Parece também influenciar sistemas de regulação comportamentais e metabólicos, principalmente durante fases de estresse. 

Existem evidências de que pessoas magras e pessoas obesas possuem variações na atividade do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). O mesmo é observado em crianças e adolescentes.

Quanto ao vínculo uma possível classificação sugere a separação das crianças em três grupos  (Pinto et al., 2016):

Grupo A - crianças sem bom vínculo com as mães. Mães insensíveis às necessidades dos filhos pouco disponíveis em situação de estresse. Crianças podem secretar mais TSH (hormônio estimulador da tireoide).

Grupo B - crianças com bom vínculo materno. Procuram as mães em momentos de necessidade. Tem confiança de que estarão disponíveis em momentos de estresse. Nestas crianças há menor ativação do eixo HPA, mesmo que separados das mães.

Grupo C - crianças com mães ora disponíveis, ora indisponíveis. Crianças são ambivalentes e ansiosas. Também possuem secretar mais TSH e ter maior nível de cortisol, em relação ao grupo B.

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O cortisol é produto do eixo HPA. Em pequenas doses tem efeito positivo. Porém, em altas doses gera mais ansiedade, irritabilidade, problemas gastrointestinais, menor absorção de vitaminas e minerais, problemas no sono, aumento da compulsão alimentar e ganho de peso, especialmente na região abdominal.

O TSH alto é sinal de que a tireóide está funcionando de forma mais lenta, o que pode ocasionar ganho de peso e acúmulo de líquidos. Estudos como o de PInto e colaboradores (2016) tentam compreender de que forma diferentes perfis de vinculação entre pais e filhos expressam-se em crianças obesas.

Outro estudo, do mesmo grupo de pesquisa, explorou a relação entre o cortisol em crianças e o estado mental dos pais, o funcionamento familiar e os sintomas de ansiedade e depressão das crianças. Os achados sugerem uma associação entre o cortisol sérico de crianças obesas e a ansiedade parental, especialmente nas meninas (Pinto et al., 2017).

Contudo, o significado destas pesquisas ainda precisa ser melhor explorado para que diferentes tratamentos possam ser testados e propostos.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Banhos de sol ajudam a restaurar danos no sistema cardiovascular

Estudo publicado por cientistas da Universidade de Ohio mostrou que a vitamina D3, naturalmente fabricada pelo corpo quando a pele é exposta ao sol, é muito importante para a saúde cardíaca.

Muitos pacientes que sofrem ataque cardíaco tem uma deficiência de D3. Isso não significa que a deficiência tenha causado o ataque cardíaco. Por outro lado, nanosensores usados na pesquisa verificaram que a vitamina D3 pode ser benéfica, especialmente para a função e restauração do sistema cardiovascular.

Os nanosensores são cerca de 1000 vezes menores em diâmetro do que um fio de cabelo humano e foram inseridos em células endoteliais para rastrear os impactos da vitamina D3 nos vasos sanguíneos. Uma descoberta importante desses estudos é que a vitamina D3 é um poderoso estimulador de óxido nítrico (NO), uma molécula de sinalização importante na regulação do fluxo sanguíneo e na prevenção da formação de coágulos.

A vitamina D3 também reduziu significativamente o nível de estresse oxidativo no sistema cardiovascular, restaurando significativamente os danos causados por doenças como hipertensão, aterosclerose e diabetes.

Tomar sol é uma solução barata para o reparo do sistema cardiovascular e também para a imunidade. Contudo, muitas pessoas não podem tomar sol ou possuem polimorfismos genéticos que comprometem o metabolismo de vitamina D, necessitando suplementar.

Valor laboratorial de vitamina D é aquele para manter sua absorção de cálcio. Mas pode não sobrar vitamina D para suas outras funções hormonais e imunológicas.

Estudo publicado agora em 2022 mostrou que pessoas com vitamina D menor que 20 tiveram 14 vezes mais chance de morrer do que os pacientes com vitamina D maior que 40 ng/ml (Dror et al., 2022). Para pacientes depressivos indica-se valores entre 60 e 90 ng/ml.

Não sabe seu valor no exame de sangue? O ideal é fazer. Não dá? Então tome pelo menos uma suplementação mínima de 2.000 UI. Algumas boas marcas:

- Now

- Vitafor

- Puravida (com vitamina A e K2)

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Lidando com a dor no câncer

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Pacientes com câncer podem sentir dor, seja pela existência do tumor, seja como efeito colateral dos tratamentos (quimioterapia, radioterapia, cirurgias, terapia imunológica). Com o tratamento prolongado algumas pessoas desenvolvem tolerância aos analgésicos. Por isto, tecnologias alternativas são indicadas afim de minimizara dor, incluindo: yoga, meditação, massagem, terapia musical, auto-hipnose e acupuntura (Kwekkeboom et al., 2011).

Essas abordagens também ensinam o paciente a acalmar a mente, lidar com a ansiedade, o estresse e o medo. Algumas ervas e suplementos utilizados topicamente também poem ajudar a reduzir as sensações dolorosas como a capsaicina da pimenta. Este fitoquímico pode ser aplicado em áreas dolorosas da pele e acredita-se que diminua a dor por desensibilização das terminações nervosas. Primeiro gera calor ou sensação de queimação quando aplicado, mas, em última instância, traz alívio (Ellison et al., 1997). É bom lembrar que a capsaicina pode ser extremamente irritante para as mucosas e os olhos, por isso, é fundamental evitar o contato com estas áreas e usar luvas durante a aplicação.

PRÁTICAS INTEGRATIVAS NO TRATAMENTO DO CÂNCER

Alguns pacientes também sentem muita dor nas costas e, neste, caso, a prática de yoga é imbatível, além de ser uma prática corporal relativamente segura em relação a outros tipos de exercício (Wieland et al., 2017).

Yoga é uma disciplina mente & corpo, que além das posturas físicas trabalha com pránáyámas, kriyás, meditação, mantras, dentre outras técnicas. Estudos com pacientes com câncer mostram que a prática de yoga reduz a dor e sintomas depressivos, angústia, ansiedade, além de aumentar a qualidade de vida e a vitalidade (Danhauer e tal., 2017).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/