Romã: prosperidade no ano novo e prevenção do Alzheimer

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A fruta romã, por sua abundância de sementes, simboliza a prosperidade. Simpatias são feitas no ano novo com as pessoas comendo a fruta e guardando as sementes na carteira para garantir dinheiro durante o ano que chega.

Mas não vale guardar 7 sementes e jogar todo o resto fora. A romã é uma fruta riquíssima em antioxidantes. Você pode utilizá-la em saladas, no suco (puro ou batido com outras frutas como laranja, limão, uva, kiwi, melão, abacaxi ou maçã), em vitaminas, smoothies... A romã também pode ser batida com vegetais (como cenoura ou aipo), colocada no suco verde, no iogurte, em mousses, pudins ou no cheesecake. Sucos com romã reduzem a oxidação que interfere no metabolismo da glicose. Com isso, o risco de diabetes tipo 2 diminui (Sohranb et al., 2017). 

Não jogue fora a casca da romã

As cascas de romã são caracterizadas com quantidades substanciais de compostos fenólicos, incluindo flavonóides (antocianinas, catequinas e outros flavonóides complexos) e taninos hidrolizáveis (punicalina, pedunculagina, punicalagina, ácido gálico e ácido elágico) (Ismail et al., 2012). Os componentes anti-inflamatórios da casca de romã reduzem significativamente a produção de NO e PGE2, inibindo a expressão de citocinas pró-inflamatórias. Use a casca para fazer chá.

Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.

Tanto o suco quanto a casca da fruta são ricos em flavonóides, substâncias que auxiliam na prevenção do Alzheimer. Estes antioxidantes impedem a morte dos neurônios por inibirem a atividade da acetilcolinesterase em até 77% e reduzirem o acúmulo de placas de beta amilóide em torno de 11% (Morzelle, 2016).

Mas como a casca da romã apresenta níveis 10 vezes mais elevados de compostos fenólicos do que a polpa, não desperdice. Para sua saúde no ano todo consuma a fruta toda! A casca pode ser utilizada em chás (puro ou com gengibre).

Para começar o ano com o pé direito, além de consumir a romã, faça uma retrospectiva e agradeça a tudo o que aconteceu de bom. Eu tenho muitas coisas a agradecer. Minha família e meus amigos são fonte de aconchego, amor e inspiração. Meu trabalho como pesquisadora me dá satisfação e um senso de propósito. Este site, assim como minhas redes sociais (Facebook, YouTube) e meus cursos online me conectam com uma comunidade incrível que cresce a cada dia. Tudo isso também me enche de expectativa e emoção para começar tudo de novo ano que vem.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Dicas para quem deseja parar de tomar refrigerantes

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Sua promessa de saúde para o ano que vai começar é deixar de tomar refrigerantes? É uma boa promessa. Refrigerantes são uma mistura de água com compostos como corantes, conservantes, adoçantes ou açúcares.

Se você toma um refrigerante convencional e tem dificuldade de visualizar a quantidade de carboidrato que ingere em uma única lata faça o seguinte: despeje 10 colheres de chá na pia da sua cozinha. Essa bagunça toda é a quantidade de açúcar que entrará rapidamente em seu sangue. O que isso significa? Basta lembrar que em nosso corpo circula normalmente uma única colher de chá de glicose (5g). Não é a toa que vários estudos mostram que o consumo de refrigerantes está positivamente associado ao excesso de peso e doenças como diabetes.

E o pior é que os refrigerantes dietéticos não resolvem o problema. Os adoçantes nestas bebidas estimulam o apetite, aumentando a compulsão justamente por alimentos ricos em carboidratos simples e também por gordura, favorecendo o ganho de peso. Pesquisa da Universidade do Texas mostrou que pessoas que consomem mais refrigerante diet/light possuem maior circunferência abdominal, fator de risco para doenças cardiovasculares e síndrome metabólica.

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Refrigerantes a base de cola utilizam-se de corante caramelo para obter a cor escura. Este corante é criado a partir do aquecimento de amônia e sulfitos sob alta pressão, um processo que gera 4-metilimidazola (4-Mel), uma substância cancerígena. Outro composto associado ao maior risco de câncer é o benzoato, usado como conservante que aumenta a durabilidade do produto. Refrigerantes são bastante ácidos, principalmente pela presença de outro conservante, o ácido fosfórico, que aumenta a erosão dos dentes e contribui para a perda de massa óssea. 

Para quem deseja parar de tomar refrigerantes ou pelo menos reduzir o consumo seguem algumas dicas: 

1. Leia a lista de ingredientes. Você não encontrará nada que faça bem à sua saúde;

2. Não tenha refrigerantes em sua despensa e geladeira. Afinal, longe dos olhos, longe do coração;

3. Substitua o refrigerante por água com gás com gotinhas de limão ou laranja. Se precisar, adoce com estévia natural;

4. Mantenha-se bem hidratado ao longo do dia, ingerindo mais água e chás. Não chegue com sede ao restaurante. Se possível carregue uma garrafinha de água com você para onde for;

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Má digestão: será hipocloridria?

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A hipocloridria é caracterizada pela diminuição na secreção de ácido clorídrico pelo estômago. O ácido clorídrico é fundamental para digestão de proteínas e para a boa absorção de ferro, zinco, ácido fólico e vitamina B12. Pessoas que produzem menos ácido clorídrico ou que tomam antiácidos indiscriminadamente estarão mais susceptíveis a bactérias nocivas como o Helicobacter Pylori

Com a má digestão aparecem também como sintomas a eructação (arrotos devido a fermentação da comida mal digerida no estômago, especialmente carnes), azia ou queimação, distensão abdominal (a barriga fica inchada), dor após a refeição, diarréia ou constipação (intestino preso), sensação de empachamento após comer, mau hálito ou presença de restos de comida nas fezes.

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A hipocloridria pode ser causada por inúmeros fatores como doenças auto-imunes, alimentação pobre em zinco e vitamina B6, consumo excessivo de gorduras e açúcares, estresse, abuso de bebidas alcoólicas e uso contínuo de medicamentos como omeprazol.

Café, chás com cafeína (como mate e preto), chocolate, consumo excessivo de gordura, refrigerantes, água com gás, laticínios e soja também podem agravar os sintomas.

Tomar uma colher de sopa de óleo de abacate, gergelim ou azeite de oliva extra-virgem ou consumir um limão, 5 a 10 minutos antes do almoço ou jantar, também pode ajudar. Ao chegarem no intestino os óleos e o suco de limão estimulam a secreção pancreática, que ajudam no processo digestivo.

Suplementos de Betaína e pepsina ajudam bastante pois facilitam a digestão de proteínas e reduzem a fermentação e os gases mau cheirosos. Outra opção é a solução de ácido clorídrico a 5% pode melhorar os sintomas. Em geral utiliza-se 1 gota para cada 50 ml de água durante as refeições. Se tudo ocorrer bem no 2o dia utiliza-se 2 gotas para 50 ml de água, mas procure seu nutricionista para avaliação e individualização.

Claro, quem tem hipercloridria não vai poder usar ácido clorídrico, vai doer, machucar! Por exemplo, quem toma sumo de limão puro e passa mal geralmente tem hipercloridria e não hipo. Quem se dá super bem com o sumo de limão puro tem normo ou hipocloridria. E para hipocloridria vale também usar ervas como hortelã, alecrim, erva-doce que melhoram o quadro.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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