Alimentos ultraprocessados são formulações da indústria, feitos em sua maioria ou totalmente a partir de ingredientes e aditivos e contendo pouco ou nenhum alimento in natura. Exemplos: refrigerantes, bebidas energéticas, salgadinhos, bolachas recheadas, guloseimas, suco em pó, embutidos, produtos congelados prontos para aquecer, produtos desidratados como: macarrão instantâneo, sopas em pó, mistura para bolos, temperos prontos. Estes alimentos aumentam a inflamação intestinal e a inflamação é a principal causa de câncer de intestino.
Outras causas de inflamação intestinal são a disbiose intestinal , o baixo consumo de fibras, o excesso de fruturas, sal, carnes vermelhas e processadas na dieta. Estes fatores geram um aumento da expressão de genes pró-inflamatórios, receptores específicos e agentes imunológicos como MAPK ( proteína quinase ativada por mitógeno).
O processo inflamatório está associado ao dano das células intestinais, aumentando o risco de câncer colorretal. A disbiose é frequentemente acompanhada pela extinção de genes supressores de tumor e de genes que auxiliam no reparo de material genético. Para uma microbiota saudável podem ser indicados alimentos ou suplementos probióticos, fibras prebióticas, alimentos antiinflamatórios.
Estudos mostram que linhaça, farelo de aveia, peixes ricos em ômega-3, fibras alimentares, fitoquímicos e nutrientes antioxidantes possuem propriedades protetoras contra o câncer intestinal pois justamente minimizam o processo inflamatório. Uma dieta rica em vegetais, frutas, oleaginosas, carboidratos complexos de baixo índice glicêmico, gorduras mono e poliinsaturadas e proteínas apresenta um bom equilíbrio na qualidade e quantidade de fitoquímicos, especialmente compostos fenólicos como os flavonóides. Festeje, comemore, mas cuide muito de sua saúde hoje e neste ano que inicia-se.
Estudo com mais de 450.000 pessoas de 10 países europeus mostrou que a redução de 10% dos alimentos ultraprocessados (refrigerantes, balas, sorvetes, alimentos defumados etc) reduz risco de câncer de cabeça, pescoço, esôfago, intestino, mama... (Kliemann et al., 2023).