Em 1966 Lee W. Wattenberg publicou uma revisão em que discutia fatores de prevenção do câncer. Aparecem em sua revisão alimentos como brócolis, couve, repolho, alho, pelos efeitos que vários de seus compostos exercem na eliminação de toxinas, prevenção do estresse e prevenção da divisão celular anormal.
Muitos cientistas da época diziam que Wattenberg era um impostor por atacar a indústria de alimentos processados e farmacêutica, as modernidades da época. Contudo, nos anos seguintes o pesquisador recebeu uma série de prêmios por seus trabalhos na área de prevenção e promoção da saúde.
Hoje sabemos que cerca de dois terços de todos os tipos de cânceres são evitáveis. Os principais fatores de risco são o tabagismo (ativo e passivo), a alimentação desregrada, a ingestão de bebidas alcoólicas, a exposição excessiva ao sol, o sedentarismo, infecções (como HPV, hepatite B e C, herpes, H. Pylori, HIV, HTLV-I), o contato com agrotóxicos, amianto ou asbesto (fibra de origem mineral presente em telhas e caixas d'água).
Remédios são importantes, representam um avanço da medicina moderna, mas não tratam as pessoas por inteiro. No caso da alimentação saudável, nutricionistas credenciados e atualizados adaptam o melhor das pesquisas para cada pessoa e fornecem orientações baseadas em evidências para que cada cliente aproxime-se cada vez mais de um estado de máxima vitalidade e saúde. Para tornar-se um nutricionista no Brasil o estudante enfrenta 4 anos de cursos e estágios. Depois faz pós-graduações para prestar serviços cada vez melhores.
É esperado que o nutricionista tenha conhecimentos de bioquímica, anatomia, fisiologia, genética, imunologia, metabolismo de nutrientes, patologia, habilidades de aconselhamento, farmacologia, técnica dietética, dietoterapia, administração, psicologia... É muita coisa e é difícil absorver tudo de uma vez. Por isso fui atrás de mais. Fiz residência em nutrição clínica, muitas especializações (educação e promoção da saúde, nutrição esportiva e funcional), cursos de extensão, mestrado em nutrição, doutorado em psicologia, pós doutorado em saúde coletiva.
Fiz também dois cursos de formação em yoga, cursos de ayurveda, fitoterapia e acredito que o uso de todas essas ferramentas unidas trazem efeitos muito melhores e duradouros. As práticas integrativas com seu vasto arsenal de recursos tem sido recomendadas pela Organização Mundial de Saúde desde 1978. Estas práticas permitem o casamento de duas racionalidades médicas: a oriental e a ocidental. Postulam a integralidade do ser humano, constituído de aspectos psicobiológicos, sociais e espirituais.
Não é por falta de confiança no médico que as pessoas buscam práticas integrativas como yoga, meditação, fitoterapia, shantala, biodança, musicoterapia, dentre tantas outras. Não é por falta de procedimentos diagnósticos, medicamentos e cirurgias. Mas sim pela vontade de colher benefícios outros, por necessidade de um atendimento mais humanizado e de um maior protagonismo no que diz respeito à própria saúde. O cliente sai da posição de aceitar o tratamento indicado pelo profissional, abandona a passividade e aprende a cuidar da própria saúde. Não só quando está visitando o médico mas em todos os momentos da vida. E eu acredito nisso.