As práticas integrativas e complementares em saúde incorporam planos de tratamento abrangentes, juntamente com métodos sólidos de diagnóstico e tratamento, oriundos da pesquisa moderna.
Os tratamentos complementares referem-se às práticas que podem ser utilizadas simultaneamente aos tratamentos convencionais de uma doença.
As práticas integrativas integrada tem um significado e uma missão maiores, nem sempre no tratamento de uma doença, mas na prevenção e melhoria da qualidade de vida.
Práticas integrativas e complementares em saúde (PICs) vêm os pacientes como pessoas inteiras que somos, com corpos, mente e espíritos, que devem ser levados em conta. Ao contrário da medicina tradicional, que tornou-se dependente de soluções tecnológicas cada vez mais caras, mas muitas vezes pouco eficazes, as PICs utilizam-se de métodos simples, baratos e eficientes de intervenção, como ajuste dietético e treinamento de relaxamento.
As PICs também colocam as pessoas no controle das próprias vidas, responsabilizando-os pela tomada de decisões e caminhos a seguir. Ou seja, mais do que comprar uma pílula prescrita pelo médico, cada um de nós precisa escolher como viverá cada dia da vida, como movimentará o corpo, como se alimentará, de que forma irá respirar.
As PICs também tentam reduzir os enormes custos na saúde. Só para o tratamento do diabetes, estima-se que o governo brasileiro gaste cerca de 2 bilhões de reais anualmente. Um cuidado integrativo poderia evitar uma série de complicações da doença, aliviando os custos de tratamento.
No entanto, há necessidade de mais verba para pesquisas em PICs, uma vez que sem dados, dificilmente profissionais de saúde irão aderir plenamente a estas tecnologias. Em relação à familiarização com terapias complementares, esta deveria iniciar-se nas escolas médicas e de saúde. Em relação ao aprendizado para uso pessoal, este deveria começar cedo, ainda nas escolas primárias. Crianças que aprendem a meditar apresentam mais autocontrole e menores níveis de estresse e agressividade. Pensar em PICs não significa apenas trocar medicamentos por chazinhos e ervas, mas restaurar a prática de autocuidados de saúde, que foi corroída por forças sociais e econômicas.