Silício orgânico: pra que serve?

A essencialidade do silício (Si) na saúde humana é apoiada por um crescente corpo de evidências. Estudos epidemiológicos demonstraram que consumo de silício melhora a densidade óssea, prevenindo a osteoporose. Além disso, o Si em quantidades adequadas pode diminuir o risco de doença de Alzheimer e melhorar o aspecto da pele, cabelo e unhas (Prescha, Zablocka-Slowinska & Grajeta, 2019).

O silício é o segundo elemento mais abundante da crosta terrestre e o terceiro oligoelemento mais abundante do corpo humano, presente no sangue como ortosilícico. É utilizado em cosméticos que visam a prevenção de rugas, melhoria do aspecto de unhas e cabelo, além de cicatrização. Atua estimulando os fibroblastos, hidroxiprolina e aminoácidos. Está presente em alimentos como aveia, espinafre, feijão verde, arroz integral, arroz negro. Conforme envelhecemos observa-se uma diminuição na absorção e quantidade de silício no corpo. Por isso, a suplementação é uma opção.

OUTROS NUTRIENTES IMPORTANTES PARA A SAÚDE E ESTÉTICA

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Geroproteção | Estratégias para o envelhecimento saudável

O envelhecimento é um processo multifatorial associado à redução das funções fisiológicas e celulares, aumento da incidência de doenças neurodegenerativas e dificuldade em lidar bem com um ambiente estressor. Seu estilo de vida e suas estratégias de enfrentamento serão um diferencial lá na frente, podendo fazer com que você tenha maior ou menor longevidade, independência, autoestima etc. Ao estudar o perfil das pessoas com mais de 100 anos, algumas características parecem comum como os baixos níveis de IGF-1 e o aumento do “colesterol bom”, o famoso HDL.

15099623-E8AA-465F-81EBA8649E6ADFFC_source.png

O termo geroproteção designa estratégias anti-envelhecimento adotadas no sentido de afastar o surgimento precoce de doenças crônicas. Inclui a adoção de dietas baseadas em plantas, de baixo índice glicêmico ou com características cetogênicas, jejuns, suplementação, uso de hormônios e estratégias de combate ao estresse como yoga e meditação ao longo da vida para modular o estresse oxidativo, reduzir inflamação.

O envelhecimento é uma parte inevitável da vida de todos os organismos, tão essencial quanto o nascimento e a morte. A própria vida pode ser definida como envelhecimento mas este processo pode ser vivido com vitalidade e saúde. Alguns indicadores marcam o envelhecimento como a queda da libido, a resistência à insulina ou diabetes, problemas de memória, cansaço, rugas, encurtamento dos telômeros.

O telômero é uma parte do cromossomo intimamente ligada com a divisão celular e envelhecimento. A partir dos diversos ciclos celulares, essa porção do DNA, responsável pela proteção do material genético e regulação de genes, é encurtada. Existem genes ligados à encurtamento acelerado de telômeros e você pode conhecer como os seus funcional fazendo um exame nutrigenético.

Screen Shot 2020-09-24 at 9.05.48 AM.png

Contudo, o principal é cuidar do estilo de vida. O envelhecimento está muito ligado à inflamação e o aumento da secreção de TNF alfa, interleucinas e NFkB acompanham este encurtamento dos telômeros e surgimento de doenças cardiovasculares, oncológicas, infecciosas. Uma estratégia para reduzir o encurtamento dos telômeros é pela adoção de dieta antiinflamatória, rica em resveratrol, vitamina D e ômega-3.

NUTRIÇÃO PARA GANHO DE MASSA MAGRA
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Microbiota e doenças

Muitas desordens e condições de saúde estão associadas à alterações na microbiota e presença de hiperpermeabilidade intestinal, incluindo envelhecimento acelerado, alergias alimentares, esofagite, esteato hepatite, cirrose, colangite esclerosante, Alzheimer, Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, depressão, ansiedade, tireoidite de Hashimoto, diabetes, doenças autoimunes, autismo (Camilleri, 2019)

Bactérias como E. Coli, lipopolissacarídeos bacterianos (LPS), dieta rica em gordura processada, gliadina do glúten, alérgenos alimentares podem desestabilizar a mucosa intestinal. A figura abaixo mostra um intestino íntegro mas os fatores anteriores, assim como inflamação, dislipidemia, hiperglicemia, obesidade, doenças (diabetes, doenças renais, doenças hepáticas, doenças intestinais, síndrome do ovário policístico), consumo elevado de álcool, carências nutricionais, dieta inadequada aumentam o risco de rompimento da integridade intestinal e aumento da permeabilidade (Leech et al., 2019). Com isso, tudo o que não deveria cair na corrente sanguínea acaba caindo, inflamando e aumentando o risco das doenças citadas no primeiro parágrafo.

Bischoff_fig_2_adapted_01.png

Uma microbiota saudável é fundamental para regulação da glicemia e prevenção da diabetes. Uma microbiota disbiótica é frequentemente associada a um tempo de trânsito colônico prolongado, resultando em uma mudança no metabolismo do cólon levando ao aumento da proteólise microbiana e de LPS no intestino. Em comparação com mulheres grávidas com normoglicemia no mesmo trimestre, as mulheres com diabetes gestacional têm alteração da composição da microbiota intestinal, com redução da abundância de bactérias probióticas, importantes para a saúde.

O uso de medicamentos antidiabéticos como a metformina parece alterar mais a microbiota intestinal, com efeitos sobre a abundância relativa de vários gêneros e espécies, como Escherichia e Intestinibacter. O tratamento com metformina também é conhecido por causar desconforto intestinal transitório ou persistente em cerca de um terço dos indivíduos, o que em parte pode ser atribuído ao aumento da produção de gases por bactérias do tipo Escherichia spp.

Muitos indivíduos diabéticos estão acima do peso e isto também afeta a colonização intestinal. Além disso, o uso de outros medicamentos para controle da pressão, colesterol ou emagrecimento também podem afetar a microbiota, de forma negativa, contribuindo para a perpetuação de problemas de saúde.

CUIDE DO INTESTINO E PREVINA DOENÇAS
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags