ATIVIDADE FÍSICA É UM ESTRESSE BENÉFICO QUE ESTIMULA REPARO CELULAR

O esforço da atividade física gera no corpo um estresse. Para adaptar-se o corpo produz hormônios e substâncias de reparo. Um dos hormônios que sobe é o hormônio do crescimento (participa do anabolismo e reparo celular). O hormônio do crescimento também é liberado durante o sono profundo, mas a atividade física de alta intensidade otimiza a produção deste hormônio. Para aumentar ainda mais o reparo indica-se a atividade física de alta intensidade em jejum. Por isso esta estratégia é indicada para pessoas com doenças autoimunes, diabéticas ou como estratégia antienvelhecimento.

Durante o jejum o organismo mobiliza gordura corporal e produz ainda mais hormônio do crescimento para o reparo. Uma nova linha de pesquisa é a hormese, termo utilizado para descrever os mecanismos de resposta adaptativa das células e dos organismos a um estresse moderado. Café, chás podem ser usados de manhã, pois não quebram o jejum e favorecem a queima de gordura e o emagrecimento. A curcumina do açafrão, os isotiocianatos (brócolis), resveratrol (uvas roxas, amendoim) também estimulam o reparo e devem ser usadas durante o dia, complementando os efeitos do exercício em jejum.

Agora, quando o objetivo é anabolismo (ganho de massa magra), deve-se consumir algo antes da atividade física (omelete, whey protein, banana com pasta de amendoim etc). No caso do anabolismo o treino de força é muito benéfico, pois equilibra a relação estrogênio/progesterona na mulher e estrogênio/testosterona no homem.

Quem tem muita gordura abdominal estocada produz mais aromatase, enzima que transforma a testosterona em estradiol. Com isso a performance, a libido e saúde cardíaca sofrem. O homem fica mais cansado, com menos vitalidade. Para quebrar esse ciclo, a massa muscular precisa aumentar e gordura abdominal precisa diminuir. Muito mais importante do que saber seu peso, é saber a circunferência da sua cintura. O aumento da gordura abdominal atrapalha o funcionamento de todos tecidos pois infiltra no fígado, no pâncreas etc.

A atividade física também aumenta a quantidade de mitocôndrias nas células. O tecido gorduroso tem cerca de 40 mitocôndrias por célula. O músculo pode chegar a ter 10.000 mitocôndrias por células. É na mitocôndria que produzimos energia. Assim, quem treina tem mais vitalidade. Se mesmo com o treino você ainda sente-se exausto e tem mais de 40 anos indico a suplementação de coenzima Q10. Se usar estatinas (medicamentos para redução de colesterol) isso é mais importante ainda.

Não esqueça de desligar o celular e dormir bem. Durante o sono um outro hormônio é liberado: a melatonina, que tem efeito também antiinflamatório e reparador e isso é importante em todas as fases da vida.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

EXAMES LABORATORIAIS - METAS PARA O TRATAMENTO DO ALZHEIMER

O Dr. Dale Bredesen é um dos médicos famosos pelo acompanhamento integrativo de pacientes com Alzheimer. Seu protocolo de tratamento envolve dieta cetogênica, mudanças no estilo de vida (dormir bem, praticar atividade física, reduzir o estresse, tratar da higiene oral etc) e suplementação de grande quantidade de compostos antioxidantes e antiinflamatórios até que atinjam-se os seguintes níveis nos exames plasmáticos:

Fiz o resumo de um dos livros do médico e compartilhei em vídeo:

Contudo, nem todos os pesquisadores concordam com as dosagens de suplementos prescritas neste protocolo e nem com o padrão adotado para os exames plasmáticos. Por exemplo, existem evidências de que vitamina D alta pode aumentar o risco de determinados tipos de câncer.

Um estudo realizado no Reino Unido e publicado em 2019 examinou os dados de mais de 750.000 pacientes do país. O risco de câncer foi maior em pessoas com níveis plasmáticos elevados de B12 (B12> 1.000 pmol / L). Outro estudo, realizado na Dinamarca, associou maior risco de câncer com B12> 800 pmol / L.

O câncer pode afetar o metabolismo da B12 ao afetar os níveis dessas proteínas de ligação à B12 que, por sua vez, dão origem a níveis elevados de B12 no plasma. A associação mostrou um padrão de dose-resposta não linear e permaneceu robusta em análises estratificadas, inclusive ao reduzir o risco de confusão por indicação em subanálises. Os riscos foram particularmente elevados para câncer de fígado, câncer de pâncreas e malignidades mieloides entre pessoas com níveis elevados de B12 (Arendt et al., 2019).

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É importante que todo tratamento adotado seja acompanhado por uma equipe multiprofissional competente. Não fique sozinho nessa!

Ebook: Nutrição no Alzheimer

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Sal, pressão alta e imunidade

É sabido que muito sal pode levar à pressão alta em pessoas a ele sensíveis, o que aumenta o risco de alguém sofrer um ataque cardíaco ou derrame. Mas este estudo é o primeiro a provar que o consumo excessivo de sal enfraquece significativamente o sistema imunológico.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo de não mais que 5 gramas de sal por dia (cerca de uma colher de chá). O problema é que o sal também está presente em grande quantidade em alimentos processados, como molho de tomate, pizza, salgadinhos, bolachas, pães, sopas instantâneas, embutidos, etc. Por isso, a maior parte das pessoas acaba consumindo não 5 mas entre 10 e 15g de sal ao dia.

Existem sim as pessoas resistentes ao sal (comem muito e a pressão continua normal). Contudo, acredita-se que 60% das pessoas com pressão alta sejam sensíveis ao sal. Nossos corpos dependem do sódio para manter o volume normal de sangue, transmitir impulsos nervosos, contrair fibras musculares e outras funções vitais, portanto, a capacidade de reter esse nutriente acaba sendo uma vantagem para a sobrevivência. Contudo, à medida que os humanos evoluíam, as doenças infecciosas (que costumam causar a perda de sódio por diarréia e vômito) deixaram de existir e passamos a comer alimentos mais processados, fazendo com que as doenças hipertensivas aumentassem muito. Existem vários genes que fazem com que uma pessoa seja mais ou menos sensível ao sal. Um desses genes é o klotho.

Além do gene klotho outros genes influenciam a sensibilidade ao sal como os genes ACE, AGT, AGTR1, CYP11B2, SGK1, HSD11B2, CYP3A5, NPPA, dentre outros (Sanada, Jones, & Jose, 2014).

AVALIAÇÃO NUTRIGENÉTICA DE PACIENTE “A” - SENSIBILIDADE AO SAL

AVALIAÇÃO NUTRIGENÉTICA DE PACIENTE “A” - SENSIBILIDADE AO SAL

Excesso de sal também pode prejudicar a imunidade

À medida que a pandemia de coronavírus varre o mundo, todos fazemos o possível para cuidar de nós mesmos - e de nosso sistema imunológico. E, de acordo com uma nova pesquisa do Hospital Universitário de Bonn, na Alemanha, um fator importante a considerar é a ingestão de sal. Pesquisas mostram que animais de laboratório alimentados com dietas ricas em sal acabam tendo mais infecções bacterias graves. Em humanos acontece o mesmo. Após apenas uma semana de sal extra, as amostras de sangue revelam redução nas células imunes. Muito sal gera acúmulo de glicocorticóides, hormônios que reduzem os granulócitos, dificultando o combate eficiente às bactérias.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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