Padrão de queda de cabelo em mulheres

A queda de cabelo de padrão feminino é definida como um afinamento progressivo do cabelo, com diminuição gradual do número de fios, principalmente no couro cabeludo frontal, central e parietal. É um processo conhecido na medicina como miniaturização folicular.

Causas da queda de cabelo em mulheres

  • Genética favorável à alopécia (existem exames que avaliam isso)

  • Hiperandrogenismo (tumores ovarianos ou adrenais, ovários policísticos, hiperplasia da adrenal)

  • Aumento da sensibilidade dos folículos pilosos a andrógenos

  • Aumento da exposição a estrógenos

  • IMC acima de 26 kg/m2

  • Glicemia em jejum > 110 mg% (resistência à insulina, diabetes)

  • Hipertensão

  • Síndrome metabólica

  • Puberdade antes dos 16 anos

  • Uso oral de anticoncepcionais

  • Exposição solar maior que 16 horas por semana

  • Autoimunidade

  • Estresse e traços psicológicos (imagem corporal negativa, baixa autoestima, baixa satisfação com a vida etc).

  • Carências ou excessos nutricionais

Prevenção e tratamento da queda capilar

O tratamento pode incluir o uso de medicação, como minoxidil tópico (Bhat, Saqib, & Hassan, 2020). Mas sem dieta adequada não adianta. Consumo adequado de proteína, vitaminas e minerais é fundamental, assim como dieta de padrão antiinflamatório.

Uma das vitaminas do complexo B mais importantes para o cabelo é a biotina. É fundamental para a geração de energia e formação de NAD (considerada a molécula da longevidade). Além disso, favorece o controle glicêmico e reduz a inflamação. Sinais de deficiência de biotina incluem perda de cabelo, dermatite, erupção vermelha ao redor dos olhos, nariz, boca e região genital.

Outra vitamina do complexo B fundamental ara cabelos saudáveis é o Ácido Pantotênico. O termo Panton – significa “presente em todas as células”. Atua em rotas bioquímicas diversas no corpo humano, desde a produção de hormônios e neurotransmissores até o metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras.
Para funcionar no corpo, o ácido pantotênico precisa ser convertido em Pantetina e em Coenzima A.
A deficiência de ácido pantotênico é rara, mas pode ocorrer em pessoas estressadas, que comem muitos alimentos processados ou álcool e durante a gestação. Boas fontes alimentares de ácido pantotênico são salmão e abacate.

Outros nutrientes importantes:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alimentos e suplementos para saúde da pele

No tecido saudável, a produção de colágeno é normalmente equilibrada pela degradação do colágeno mediada por metaloproteinases de matriz (MMP). Este equilíbrio é interrompido em muitos estados de doença, incluindo artrite, câncer e fibrose ou quando tomamos sol demais (Powell et al., 2019).

A colagenase é uma família de enzimas da matriz metaloproteinase (MMP) que quebra o colágeno e degrada a matriz extracelular, resultando em rugas e alterações na espessura da pele. Um estudo mostrou o tanto que consumir alimentos de origem vegetal é importante para pele. A perda de colágeno foi inibida por extratos de brócolis, cenoura e até de pimenta malagueta. (Fatmawaty, & Angriani, 2018).

SUPLEMENTOS PARA A SAÚDE DA PELE

Além das rugas, outro cuidado é com manchas ou queimaduras de pele. No vídeo abaixo falo de 3 suplementos nestes casos:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Protocolo de jejum intermitente no pré-operatório da cirurgia plástica

Antes de uma cirurgia os pacientes são submetidos a jejum de pelo menos 12 horas para a redução do risco de broncoaspiração (aspiração do conteúdo gástrico), o que pode causar pneumonia, aumentar o tempo de recuperação e o risco de morte.

Quando nós comemos qualquer coisa temos para tempo para digerir. Se você come muito e deita-se seu corpo defende-se. Você possui reflexos que não o deixam aspirar o conteúdo do estômago. Só que a anestesia diminui esses reflexos protetores. Daí a recomendação do jejum. Muitos médicos inclusive internam o paciente um dia antes para garantir que o mesmo será cumprido.

Além do jejum das 12 horas anteriores à cirurgia nutricionistas também podem recomendar o jejum intermitente no mês anterior à cirurgia plástica. No jejum intermitente o paciente também ficará diariamente entre 12 e 16 horas sem se alimentar para redução da glicemia, da resistência à insulina, do estresse oxidativo celular e da inflamação.

Genes ativados pelo jejum 🍽

Dois genes ativados pelo jejum intermitente são o PPAR e o AMPK que justamente afetam a queima de gordura, reduzem o acúmulo de gordura no fígado, diminuem a inflamação e o estresse oxidativo, melhoram a função mitocondrial e a secreção de insulina.

Com estas estratégias, a pessoa que vai para a cirurgia tem um desfecho melhor. O risco de trombose é reduzido, assim como as dores no pós-operatório. Há maior facilidade de recuperação e o resultado estético da cirurgia acaba sendo melhor. Mas cuidado para não jejuar e ficar deficiente em vitaminas e minerais pois isso atrapalharia a recuperação. Se precisar de ajuda neste protocolo marque sua consulta clicando aqui.

Outros genes responsivos ao jejum intermitente

  1. FOXOs: esta família de fatores de transcrição é ativada pela redução dos níveis de insulina, favorecendo o início da apoptose, reparação do DNA e resistência ao estresse via aumento da expressão de enzimas antioxidantes (catalase e MnSOD).

  2. NRF2: o fator nuclear tem sua ativação induzida pelo jejum, levando ao aumento da resposta antioxidante.

  3. SIRTs: as sirtuínas, que são modificadores epigenéticos, desacetilam FOXOs, PGC1A e NRF2, levando à expressão de genes envolvidos na resistência ao estresse e biogênese mitocondrial.

  4. PPARG: o aumento de ácidos graxos livres circulantes estimula a atividade do fator de transcrição da adipogênese.

  5. BDNF: o fator neurotrófico derivado do cérebro é ativado por beta-hidroxibutirato, levando à plasticidade sináptica e neuronal.

  6. PGC1A: a restrição calórica estimula a expressão do coativador 1 alfa, resultando no aumento da biogênese mitocondrial.

APRENDA MAIS SOBRE GENÔMICA NUTRICIONAL AQUI.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/