Fragilidade intestinal em crianças com autismo

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O transtorno do espectro do autismo (TEA) é caracterizado por diferentes graus de dificuldade de comunicação, deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Observa-se também no TEA aumento das comorbidades gastrintestinais, incluindo constipação crônica e diarréia.

A preocupação é a de que a fragilidade gastrointestinal, a alteração na capacidade digestiva protéica, a alta permeabilidade intestinal, a baixa atividade de enzimas digestivas e a dificuldade de eliminação de toxinas possa piorar os sintomas. A hipótese mais aceita é a de que tais características facilitan a entrada de peptídeos dietéticos no corpo, o que inflamaria o organismo, gerando respostas imunes aberrantes (Sanctuary et al., 2018).

Estudos já mostraram que um subconjunto de crianças com TEA possuem maior quantidade de subprodutos originados da atividade microbiana intestinal circulando pelo corpo. Existem evidências de associação entre disfunção intestinal. disbiose e os sintomas do TEA. Portanto, é urgente realizar pesquisas mais experimentais e clínicas sobre o “intestino frágil” deste grupo, possibilitando uma melhor conduta nutricional nestes casos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Doenças hepáticas e anemia ferropriva

A anemia ferropriva é muito comum em pacientes com problemas no fígado, órgão que desempenha um papel importante no equilíbrio deste mineral. O fígado é, por exemplo, o principal órgão regulador da produção do hormônio hepcidina, que aumenta em condições de excesso de ferro, bem como durante a inflamação, bloqueando a absorção de ferro dos enterócitos. O papel da hepcidina nas doenças do fígado ainda está sob investigação, mas sua desregulação é provavelmente um dos fatores que contribuem para a anemia da doença hepática.

A hemólise (destruição das células vermelhas) também representa uma causa comum de anemia em pacientes com doenças do fígado, especialmente aquelas de causa alcoólica. Nas pessoas com hepatite C crónica, o tratamento padrão também pode causar anemia significativa, já que pode gerar toxicidade da medula óssea. Pessoas que abusam do álcool frequentemente tem uma dieta pobre em vitaminas e minerais (ferro, vitamina B9, vitamina B12, vitamina B6, vitamina C, vitamina E, magnésio) importantes para a produção de substâncias e células vermelhas.

Uma das principais e potencialmente tratáveis ​​causas de anemia em pacientes com cirrose hepática é a perda de sangue aguda ou crônica. A hemorragia geralmente ocorre devido a complicações da doença como hipertensão portal, ruptura de varizes, gastropatia, úlceras pépticas. O fato de pacientes com doença hepática também apresentarem comprometimento da coagulação é um fator que contribui para a tendência ao sangramento.

Agora, mesmo pessoas sem doença hepática grave podem ter anemia e dificuldade de recuperar-se dela. Discuto mais neste vídeo:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Como frutas e verduras combatem a inflamação e o estresse oxidativo?

Pesquisas mostram que o consumo adequado (pelo menos 400 gramas ao dia) de frutas e verduras reduz o risco de uma série de doenças crônicas, como diabetes, câncer, Alzheimer e problemas cardíacos. Hortaliças e frutas são ricas em água, fibras, vitaminas e minerais. Além disso, possuem flavonóides que reduzem a expressão do NF -kB e aumentam a expressão de vias antioxidantes, incluindo a do Nrf2. Vamos hoje conversar sobre esta via.

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O Nrf2 vai ao núcleo e sinaliza a necessidade da produção de substâncias antioxidantes. Brássicas (couve, repolho, brócolis, nabo) são ricas em glicosinolatos, compostos fenólicos que aumentam o Nrf2 nas células. Outra forma de estimular o Nrf2 é pelo consumo de quercetina (Sun et al., 2015). A quercetina está presente em alimentos como alcaparras, pimentão amarelo, trigo sarraceno, cebola, maçã com casca, uvas vermelhas e cerejas. Já o alho contém alicina e aliina, as frutas vermelhas, roxas e pretas contém flavonóides como antocianidinas que também estimulam o Nrf2. Existem muitos trabalhos com ervas e especiarias, que contém compostos fenólicos e terpenóides que aumentam Nrf2.

Uma última forma de aumentar a produção de Nrf2, acelerar a produção de enzimas da fase 2 da destoxificação e queimar mais gordura é praticar atividade física em jejum.

Outras estratégias importantes para o combate à inflamação:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/