Mantendo as mitocôndrias flexíveis para uma boa saúde

As mitocôndrias são sensíveis sistemas de detecção presentes nas células. Além de produzirem energia, regulam o metabolismo do cálcio e ativam a morte celular. Quando desreguladas, o risco de doenças como aterosclerose, disfunção vascular diabética, hipertensão pulmonar, câncer, doenças renais e hipertensão arterial aumentam.

Para gerar energia as mitocôndrias produzem uma alta quantidade de radicais livres. Para a própria proteção e do restante do corpo, os sistemas antioxidantes precisam funcionar muito bem. Dentre as substâncias protetores estão a vitamina B3 - niacinamida, que faz parte do NAD e NADH, vitamina B2 - riboflavina, parte do FAD e FADH2, l-carnitina, creatina, ácido lipóico, glutationa, glutationa S-transferase (produzidas a partir do aminoácido cisteína), n-acetil-cisteína, superóxido dismutase mitocondrial (dependente de manganês).

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Vamos falar da cisteína, que pode vir da dieta e também pode ser produzida em nosso corpo (no ciclo da metionina). Para tanto são necessários enzimas e vários cofatores, como B6, folato (B9), B12 e colina.

Na falta destes nutrientes mais homocisteína acumula-se (subindo para valores acima de 6) e o risco cardíaco aumenta, assim como o risco de doença de Alzheimer. Com as deficiências vitamínicas a produção de SAME (S-adenosil-metionina), um importante metilador cai. Já a redução na produção de glutationa, um potente antioxidante também acontece e com isso aumenta o estresse oxidativo. A quantidade exagerada de radicais livres contribui para um estado inflamatório crônico e para a disfunção mitocondrial.

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Várias substâncias presentes nos alimentos melhoram a função mitocondrial. Por isso a dieta precisa ser variada. Muito se discute acerca da melhor dieta para os seres humanos: será a dieta mediterrânea, a dieta paleo, a dieta cetogênica etc? Estudos mostram que uma mitocôndria saudável é flexível. Consegue metabolizar todo tipo de macronutriente (carboidrato, proteína, lipídios). Por isto, sou a favor de uma dieta muito variada. E quanto mais colorida melhor para a prevenção de carências nutricionais e para o fornecimento de fitoquímicos protetores e antiinflamatórios.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Sobrecarga hepática dificulta o tratamento da anemia

Está anêmico, suplementando ferro, sem conseguir normalizar os níveis de ferritina? Uma das causas pode ser a sobrecarga hepática. Para a correção da anemia ferropriva há necessidade da produção de heme, um grupo que consiste de um átomo de ferro dentro de um anel chamado protoporfirina IX.

O grupo heme tem importância biológica por ser grupo prostético de proteínas, conhecidas como hemeproteínas. Uma das hemeproteínas mais conhecidas é a hemoglobina, que é responsável por transportar oxigênio no sangue. Porém, o grupo heme faz parte de muitas outras hemeproteínas como a mioglobina, citocromos, catalases e peroxidases. As mesmas têm diversas funções como: ligação e transporte de oxigênio, transferência de elétrons, catálise e sinalização.

Uma das famílias de hemeproteínas mais importantes é a do citocromo P450. Mais de 50% do heme no fígado é justamente usado para a produção destas proteínas, responsáveis por processos de eliminação de toxinas, pela síntese de hormônios e de vitamina D.

Quando há deficiência de ferro o heme não é formado, nem uma gama enorme de proteínas, como vemos na imagem desta página. O fígado pode ser sobrecarregado de várias formas, incluindo consumo excessivo de álcool, de açúcar, de pesticidas e de medicamentos. Em situação de sobrecarga, menos citocromo P450 será produzido, impedindo a eliminação de toxinas. Ao suplementar ferro, o órgão tenta recuperar-se, sequestrando o mineral na tentativa de produzir suas proteínas destoxificantes. É por isso, que muitas vezes, em situação de sobrecarga hepática a recuperação da anemia é muito mais demorada. Assim, além da suplementação de ferro, é importante também o ajuste da dieta, para que a mesma, ao invés de atrapalhar, facilite a recuperação do fígado.

Um nutriente importante, e que geralmente está faltando na dieta é o magnésio. Para que toxinas sejam eliminadas pelo citocromo P450 há necessidade de geração de NADPH, que contém magnésio. Muitas vezes, uma intolerância à um medicamento decorre justamente da deficiência deste mineral (Mansmann Jr., 2009). A intoxicação dá-se pela incapacidade de eliminação do medicamento, quando alta magnésio, que está presente em vegetais verde escuros.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Compulsão por doces: Parte 2

Nesta série sobre a compulsão alimentar discutimos vários atores que interferem no consumo de alimentos e como é feito o tratamento. Hoje está disponível a parte 2 sobre a compulsão por doces:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/