Consumo de açúcar é alto no Brasil e em Portugal

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O Brasil é o 4o consumidor mundial de açúcar. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é que apenas 10% dos alimentos consumidos tenham açúcar adicionado. Porém, a dieta do brasileiro possui 16,3% (MDS, 2016). Em Portugal, o consumo de açúcar adicionado também é alto (15%) (Lopes et al., 2017). O alto consumo de açúcar contribui para o ganho excessivo de peso. Em ambos os países mais de 50% da população está acima do peso ideal. O açúcar também aumenta a inflamação do corpo e eleva os triglicerídeos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

Quem consome muito açúcar também tende a consumir menos castanhas, frutas e verduras. É por isso que a carência de fibras, folato, magnésio, vitaminas antioxidantes, selênio e fitoquímicos é tão comum. Tais carências aumentam o risco de outras doenças, inclusive Alzheimer e vários tipos de câncer. O ideal é consumir a menor quantidade possível de alimentos ultraprocessados e optar por uma alimentação natural, feita em casa. Até porque, mesmo porque quando o alimento industrializado é salgado pode conter açúcar como preservativo. É o caso de molhos de tomate, pães, mostardas, carnes embutidas, hambúrgueres, molhos para a salada, cereais matinais, barras de cereal e ketchup. Leia sempre a lista de ingredientes na embalagem.

Néctar de coco - uma opção para adoçar?

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Já comeu néctar de coco? A embalagem parece com a do mel. O néctar é obtido da seiva dos talos ou caules do coco. A seiva é evaporada a baixas temperaturas, formando um xarope. O sabor é doce. Enquanto o índice glicêmico do açúcar de cana é de 87, o de néctar de coco é de 35; sendo uma alternativa para evitar os pico de açúcar causados pelo açúcar.

O néctar de coco pode ser usado para adoçar bebidas ou sobremesas. Mesmo assim, não dá para abusar já que uma colher de sopa contém 15g de carboidratos. Para individualizar sua dieta marque uma consulta.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Folato na forma ativa nos alimentos

O folato é um termo genérico usado para diferentes vitaminas solúveis em água do grupo do complexo B. É um micronutriente essencial necessário para uma ótima saúde, crescimento e desenvolvimento. A deficiência dietética de folato é comum em todo o mundo, e a deficiência dessa vitamina está direta ou indiretamente associada a distúrbios metabólicos e condições fisiopatológicas, como doença inflamatória intestinal e doença celíaca. A gravidez e o aleitamento também aumentam o risco de deficiência de folato devido à alta necessidade de apoiar o crescimento e desenvolvimento ideal do feto.

Dietas a base de grãos de cereais polidos e tubérculos são muito pobres em folato, mas podem ser melhoradas pela adição de leguminosas (feijão, lentilha, ervilha) e vegetais de folhas verdes na alimentação. Porém, se os vegetais são cozidos por muito tempo, em alta temperatura, perdem grande parte do folato.

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Já pseudocereais, como quinoa, amaranto e trigo sarraceno, conseguem manter maior quantidade de folato, inclusive na forma ativa (5-MTHF) mesmo quando aquecidos. Os pseudocereais também diferem dos verdadeiros cereais, como trigo e arroz, pela ausência de glúten. Uma porção de duas colheres de sopa amaranto e quinoa (35 g) contribui com pelo menos 25% da necessidade para folatos. Já o trigo sarraceno contribui com cerca de 14% da necessidade (Motta et al., 2018). Saiba mais sobre o folato:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O que me faz pular - sobre o autismo

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O livro “O que me faz pular” é a autobiografia de Naoki Higashida, garoto japonês de 13 anos, sobre sua vida com o autismo severo. A forma como algumas pessoas veem o mundo é muito diferente da nossa e isto é particularmente verdadeiro no caso do autismo.

Naoki possui uma enorme dificuldade para se comunicar e socializar. Porém, graças à determinação da mãe e de uma professora, ele aprendeu a se expressar apontando as letras em uma espécie de teclado de papelão – e o que ele começou a dizer é muito significativo e traz uma nova luz para a compreensão da mente autista.

A história de Naoki demonstra que, longe de serem insensíveis e indiferentes ao mundo, as pessoas com autismo são tão complexas quanto qualquer um de nós e dotadas de senso de humor, empatia e uma intensa imaginação. A forma distorcida como muitas vezes tratamos pessoas com autismo pode tornar suas vidas mais difícil. É um livro muito recomendado para pais, profissionais de saúde e professores.

Naoki Higashida nasceu em 1992 e foi diagnosticado com “tendências autistas” em 1998. Depois disso, passou a frequentar escolas para estudantes com necessidades especiais. Já publicou diversos textos de ficção e não ficção e ganhou prêmios literários, mostrando que com apoio tudo é possível.

Terapias específicas complementam os esforços da escola e da família. Uma equipe multiprofissional indicará as melhores estratégias a serem adotadas, com base na individualidade de cada pessoa. A equipe pode ser composta por neurologista, pediatra, psiquiatra, psicolterapeuta, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, nutricionista, educador físico e professor de yoga.

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Posturas do yoga, técnicas de respiração e concentração podem ajudar o autista a ter mais foco e atenção, processar melhor informações sensoriais, a comunicação, a autorregulação e o controle motor. Essas habilidades se aplicam a outras áreas da vida, ajudando-os a levar uma vida mais equilibrada, saudável, socialmente integrada e independente.

Exercício: Venha para a frente do tapete de yoga e respire fundo. Mantendo-se o mais reto possível, dobre a perna direita e coloque o calcanhar do pé direito no tornozelo esquerdo, com os dedos do pé direito no chão, para ajudar a manter o equilíbrio. Lentamente, levante os braços sobre a cabeça e olhe para frente, focalizando um objeto ou ponto imóvel na parede. Se levantar os braços não for uma opção, deixe-os ao lado do corpo. Mantenha essa postura por três respirações antes de mudar para a perna esquerda.

Vídeo extra: Garrett, um outro adolescente com autismo, explica sua vida e sonhos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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