Uso de ômega-3 no autismo

Óleos de peixe ricos em ômega-3 possuem propriedades antiinflamatórias sendo indicados para a prevenção e tratamento de diversas condições, como redução do risco de doenças cardiovasculares, controle da neuroinflamação e de doenças que cursam com dor.

Estudos mostram que o ômega-3 também contribui para redução de sintomas típicos do autismo, TDAH, ansiedade e depressão. O ômega-3 compõe cerca de 30% do óleo de peixe. Os principais componentes são o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). Ambos estão ligados à redução da inflamação e à melhora da cognição, comportamento e humor.

Existem também fontes de veganas de ômega-3 como o óleo de linhaça (ALA) e o óleo de algas, que também contém EPA e DHA. O ácido alfa-linolênico (ALA) deve ser convertido em EPA ou DHA para ser usado pelo organismo. Contudo, apenas cerca de 5% deste acaba sendo convertido em EPA e menos de 0,5% é convertido em DHA.

Portanto, para obter ômega 3 suficiente usando apenas fontes vegetais, você precisará consumir uma grande variedade de fontes. As melhores fontes de ALA à base de plantas incluem sementes de chia, cânhamo e linho, couve de Bruxelas e nozes.

Como o óleo de peixe ajuda no autismo?

Mães com baixos níveis de DHA correm maior risco de ter bebês com desenvolvimento visual e neural deficiente. Por isso, o ômega-3 é indicado para quem deseja engravidar e para mulheres já grávidas.

Pesquisas também indicam que crianças com autismo têm níveis mais baixos de ômega-3 no corpo do que a população em geral. O cérebro possui cerca de 60% de gordura, sendo o ômega-3 essencial para a saúde de suas membranas.

A suplementação com óleo de peixe é uma ótima maneira de aumentar os níveis de ômega-3 e corrigir deficiências, especialmente em crianças com dietas carentes de boas fontes de ômega-3, como peixes do mar (cavala, salmão, arenque, sardinha, anchova, atum).

Qual dosagem de ômega-3 é indicada para crianças com autismo?

A ingestão dietética de referência (DRI) estabelecida para ômega-3 em pessoas neurotípicas é:

  • 700 mg para crianças de 1 a 3 anos

  • 900 mg para crianças de 4 a 8 anos

  • 1200 mg para homens de 9 a 13 anos

  • 1000 mg para mulheres de 9 a 13 anos

  • 1600 mg para homens de 14 a 18 anos

  • 1100 mg para mulheres de 14 a 18 anos

Para crianças com TEA, uma dose do dobro da DRI geralmente é recomendada, embora níveis mais altos sejam comumente usados em pesquisas.

Boas marcas de ômega-3

Cápsulas

Líquido

Ao usar óleo de peixe para o autismo, a chave é uma abordagem equilibrada. Embora os suplementos possam causar um grande impacto, é igualmente importante se concentrar em uma dieta que ofereça alimentos integrais e ricos em nutrientes, juntamente com fontes alimentares de ômega-3, associadas às terapias necessárias a cada fase.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/