A obesidade é três vezes mais comum em mulheres na pós-menopausa do que em mulheres mais jovens. O excesso de peso corporal, especialmente na forma de depósito de gordura visceral entre as mulheres na pós-menopausa, contribui para a inflamação sistêmica e o desenvolvimento da síndrome metabólica, que por sua vez aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e mortalidade.
Embora mais da metade das mulheres tentem perder peso após a menopausa, a maioria delas recupera de 30 a 50% do peso perdido nos anos seguintes, colocando-as novamente em maior risco de desenvolver doenças relacionadas à obesidade.
Existem vários mecanismos compensatórios que dificultam a manutenção de um peso corporal mais baixo. O gasto energético é reduzido, há supressão da oxidação de gordura pós-prandial e maior fome, por reduções nos níveis de leptina e aumentos na grelina.
Estudos mostram que a mulher deve ser acompanhada para perder peso mais rapidamente. Perder menos peso durante a dieta está associado a uma menor adesão e a uma menor capacidade de substituir hábitos e comportamentos pré-dieta de longo prazo por novos que promovam a manutenção do peso e a saúde geral (Bajerska et al, 2020).
Assim, recomenda-se a dieta cetogênica na fase de perda de peso, seguida da dieta low carb (baixo teor de carboidrato) na fase de manutenção que deve durar pelo menos 2 anos até que o metabolismo adapte-se ao novo peso corporal. Tudo isso deve, preferencialmente, ser associado à atividade física regular e psicoterapia.