O folato ou ácido fólico é uma vitamina essencial para a síntese de DNA e sua necessidade está aumentada na gestação uma vez que tem um papel importante no aumento de substância como as células de defesa, na formação da placenta, no crescimento do útero e também do feto.
A deficiência de folato pode causar defeitos do tubo neural do feto. O tubo neural é a estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. O mesmo fecha-se completamente por volta da 4a semana de vida embrionária, por isto o consumo de ácido fólico deve ser ótimo mesmo antes do início da gestação.
A deficiência de folato pode causar anencefalia (na qual a maior parte do cérebro e crânio estão ausentes), encefalocele (condição na qual o cérebro salienta-se através de um defeito no crânio) ou espinha bífida (doença na qual o canal espinhal não é fechado). Os defeitos mais graves são incompatíveis com a vida enquanto a espinha bífida ou mielomeningocele pode acarretar graus variáveis de paralisia e ausência da sensibilidade abaixo da lesão medular, como em pernas e na bexiga.
A ingestão recomendada de ácido fólico para adultos saudáveis é de 400 mcg por dia, e para gestantes, é de 600 mcg por dia. A maioria dos alimentos contém ácido fólico porém o consumo exclusivo de alimentos pode não ser suficientes para alcançar as necessidades de gestantes. É importante destacar que o cozimento também reduz a quantidade de folato nos alimentos.
A deficiência de folato pode impedir a renovação celular adequada durante momentos críticos de fechamento do tubo neural (por volta da 6a semana gestacional). Recomenda-se que 3 meses antes do início da gravidez se inicie a suplementação da vitamina com dose de 2mg ao dia, já que quanto menor é a concentração de folato nas hemácias maior o risco para os bebês.
Como no Brasil estima-se que 55% das mulheres não planejem as gestações recomenda-se que o ácido fólico seja prescrito para todas as mulheres em idade fértil. Uma das estratégias adotadas no Brasil preventivamente foi a fortificação das farinhas com ácido fólico. Estima-se que a estratégia tenha contribuído para a redução de 35% dos casos de defeitos do tubo neural.
Lembrando que se houverem polimorfismos genéticos outras formas da vitamina B9 serão mais apropriadas. Aprenda mais no vídeo: