"Qual é o meu peso ideal?"

É comum os clientes chegarem a uma consulta nutricional com esta pergunta: "quanto eu deveria pesar?". Esta questão não é fácil de ser respondida pois o peso de uma pessoa varia com a idade, sexo, altura, razão gordura/musculatura, massa óssea, gostos e preferências. Na figura abaixo vemos seis mulheres diferentes com o mesmo peso: 70 Kg.

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A questão é: se todas estas mulheres de 70 kg estiverem saudáveis e satisfeitas não há problema algum. Já estão no peso ideal. Mas você pode pensar: "gosto mais desse corpo ou daquele". Bem, gosto não se discute. Mas lembre que nossas preferências são em grande parte influenciadas pelo meio, pelas experiências, por tudo o que vemos e ouvimos durante a vida. Na antiguidade o corpo roliço era considerado o mais bonito. Depois os corpos super magros passaram a ser os mais desejados. Hoje muita gente busca um corpo mais musculoso. O que não podemos fazer é padronizar a beleza, querer enquadrar todo mundo no mesmo molde.  

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Em meu consultório era comuns mulheres chegarem dizendo: "quero pesar 50 kg!". Não sei da onde surgia esse número mágico mas era muito recorrente. O fato é que se preocupar apenas com um número, pensar o tempo todo sobre ele, sofrer porque ainda não está lá consome muita energia. E todos nascemos para realizar e viver tantas coisas boas.

Se os pensamentos sobre o peso, sobre o que comer e o que não comer ocuparem grande parte do dia sobrará pouco tempo de qualidade para o que sobra de fato. Tanto é que pessoas em constante dieta não parecem muito felizes. Pelo contrário, tendem a viver neuróticas, sentindo-se culpadas toda vez que comem algo que não está na lista de alimentos supostamente saudáveis.

Atingir os tais 50 kg não garante felicidade, prazer, sabedoria, tranquilidade. Se assim fosse estava fácil. Mas a maior parte das pessoas que chegam lá voltam a engordar tudo de novo em 5 anos. Com isso não estou dizendo para você parar de cuidar do seu corpo. Absolutamente! Seu corpo é seu templo. Se não cuidar dele terá mais dores e doenças e também não chegará muito longe.  Que tal fazer as pazes com seu corpo não o prejudicando (nem com comida demais, nem com comida de menos)? Coma menos industrializados e mais alimentos naturais preparados na sua casa, exercite-se e durma bem. Converse menos sobre seu peso e o peso dos outros e saia por aí, fazendo o que realmente é importante para você.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Humanos - configuração básica

O exterior deste produto pode variar em tamanho, cor ou aparência. Recomenda-se desligar a cada 16 horas consecutivas, para recarregamento na posição horizontal por aproximadamente 8 horas.

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PS: para bom funcionamento alimente-o com 400g de frutas e verduras ao dia, cerca de 2L de água, evite exposição à substâncias inflamáveis,  alta voltagem, alumínio e mercúrio.

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O alumínio e o mercúrio são dois dos metais pesados  aos quais os seres humanos estão mais expostos, seja por meio de alimentos e aditivos alimentares, água potável, exposições ocupacionais e ambientais, vacinas e restaurações dentárias de amálgama. Essas exposições são uma preocupação especial durante os estágios críticos do desenvolvimento neurológico, especialmente porque ambos os metais são neurotóxicos.

Tanto o mercúrio quanto o alumínio são capazes de provocar uma reação pró-inflamatória que prejudica a estrutura e a função das células cerebrais. Inflamação e alterações do sistema imunológico são alguns dos primeiros sinais de que um processo neurodegenerativo foi colocado em movimento. Aprenda mais sobre o efeito destes e de outros metais:

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Quer engravidar? Converse com um nutricionista sobre a sua alimentação!

Ontem publiquei um artigo sobre a importância de vários nutrientes para a proteção do ovário e para a adequada implantação do embrião no útero. A história não para por aí. Dentro da barriga da mulher o bebê precisará receber tudo o que precisa, uma quantidade enorme de nutrientes e oxigênio por meio do cordão umbilical. Seu futuro será decidido pela qualidade do que chega. Assim, a mulher precisa respirar bem e se alimentar bem. Mas essa preocupação deve começar pelo menos 3 meses antes da tentativa de engravidar já que os folículos ovarianos começam a amadurecer três ciclos antes da ovulação. 

Homens também precisam se cuidar

Com nutrientes adequados haverá melhor equilíbrio na produção hormonal. Confira o artigo de ontem para entender melhor. Deixei para hoje outros hormônios importantes como os androgênios e estrogênios, que reduzem a produção de radicais livres nos ovários (Vasconsuelo, Milanesi & Boland, 2013), prevenindo o envelhecimento precoce dos mesmos.

Mulheres com estrogênio baixo têm maior dificuldade de aumentar a camada do endométrio. A vitamina E administrada em veículo oleoso aumenta a espessura do endométrio (Takasaki et al., 2010). Exemplos de boas fontes de vitamina E na alimentação são: abacate, gérmen de trigo, azeite de oliva e semente de girassol. A carnitina também contribui para o aumento da camada endometrial. A carnitina também aumenta a progesterona, um hormônio essencial para a gravidez. Neste caso, o ideal é a suplementação (Ismail et al., 2014).

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A mulher com envelhecimento tem menor produção de progesterona, que aumentam as células da granulosas (células que rodeiam o ovócito no folículo). A deficiência de vitamina D prejudica a proliferação de células da granulosa reduzindo a taxa de fertilidade (Irani & Merhi, 2014).

Os androgênios fazem o recrutamento dos folículos e reduzem a atresia, a morte celular (Prizant, Gleicher & Sen, 2014). Alguns nutrientes são importantes para a produção de androgênios como o boro (Naghii et al., 2011).

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Desde ontem tenho focado bastante na questão ovariana, mas os homens também precisam se cuidar consumindo mais frutas, vegetais, peixes e frutos do mar ou suplementos de ômega-3, que reduzem o risco de alterações na produção de sêmen. Já o consumo excessivo de carne vermelha, carnes processadas (presunto, mortadela, salame, linguiça, salsicha), doces, refrigerantes e queijos amarelos podem influenciar negativamente a produção de espermatozóides de boa qualidade.

Nutrição para o homem que deseja ter filhos

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A qualidade do esperma é menor nos homens que  consomem mais álcool, fumam ou tem uma dieta pobre em antioxidantes. O boro também é importante para aumentar a produção de androgênios (principalmente testosterona) nos homens. Abacate, uvas, damasco, pêssego, feijão, lentilha, amêndoa, castanha do Brazil, castanha de caju, pistache são boas fontes de boro.

Estudos mostram que o preparo para melhoria da qualidade dos espermatozóides deve ser de 3 meses, idealmente 6 meses (24 a 26 semanas). Outros suplementos podem ser utilizados para esta finalidade são maca peruana, coenzima Q10, L-carnitina, Licopeno, beta caroteno, vitamina C, ácido lipóico, creatina monohidratada e mucuna prurens. Converse com seu nutricionista acerca da melhor solução nutricional para seu caso.

Adote uma dieta variada e colorida:

- Vermelhos: tomate, molho de tomate, extrato de tomate, caqui, pitanga, morango, melancia, goiaba vermelha, pimentão vermelho, toranja são ricos em licopeno, antioxidante que mantém os ovários e a próstata saudáveis.

Amarelos: óleos de castanhas, azeite, de sementes (como abóbora e linhaça), geléia real e peixes melhoram o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos tecidos. Também são fontes de vitamina E, antioxidante que melhora a qualidade dos espermatozóides. Estudos mostram que a geleia real aumenta o crescimento folicular (Ghanbari et al., 2018). A geleia real também terá benefícios posteriores no feto, promovendo a neurogênese (Hattori, 2007; Hattori et al., 2010).

- Alaranjados: abóbora, cenoura, manga, damasco, mamão, batata doce são ricos em carotenóides, antioxidantes que protegem os ovários contra o envelhecimento precoce.

- Verdes: espinafre, quiabo, lentilhas, couve, nabo, alface, aspargos, brócolis, ervilha são fontes de ácido fólico, vitamina essencial para a metilação, proteção do DNA e formação do tubo neural do bebê. 

Engravidou? Parabéns! Continue cuidando muito bem da alimentação

Ao longo da gestação a necessidade de calorias vai aumentando, principalmente a partir do segundo trimestre. A gestante precisa entregar os nutrientes e energia que o bebê precisa para crescer e se desenvolver adequadamente. Nada pode faltar. Mas também não há necessidade de comer por dois. O ganho de peso exagerado na gestação aumenta o risco de hipertensão, eclâmpsia, diabetes gestacional e complicações no parto. Converse com seu nutricionista e ajuste suas refeições à seu estilo de vida, necessidades e tipo de atividade física que adotar neste período.

Deficiências de iodo, de zinco, de selênio, de ferro, de proteína, de ômega-3 precisam ser corrigidas para não prejudicarem o desenvolvimento cognitivo da criança. Já o uso de antioxidantes (n-acetil cisteína, vitamina C e E) aumentam também a taxa de nascidos vivos, assim como vitaminas do complexo B (Showell et al., 2017). Cuidar do intestino também é importantíssimo. Uma microbiota saudável reduz o risco de infecções urogenitais, melhora a primeira colonização do bebê, reduzindo nele a incidência de alergias e outras disfunções imunes.

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