O aumento na prevalência dos Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) sugere uma relação dos mesmos com fatores ambientais. Compostos suspeitos identificados por meio de pesquisas epidemiológicas, incluindo tetraclorodibenzodioxina, pesticidas, benzopireno, metais pesados, valproatro, acetaminofen, bisfenol A, ftalatos, cocaína, vem sendo estudados (Fujiwara et al., 2016). Polimorfismos (alterações) em genes podem tornar os autistas mais sensíveis a ação destas substâncias, sugerindo que o aumento da incidência dos TEA pode está sendo gerado por este contato (Carter & Blizard, 2016).
O metal pesado mercúrio (Hg) é reconhecidamente tóxico ao cérebro. Por isto, seu relacionamento com o autismo vem sendo estudado de perto. Existe uma relação entre os sintomas autísticos, avaliados por meio da escala CARS e os níveis de neuroquinina A (neuropeptídio pró-inflamatório) e os níveis de mercúrio no sangue. Em estudo publicado em 2016, foi encontrado que 78.3% dos pacientes com TEA e aumento da neuroquinina A, os níveis de mercúrio plasmático também estavam aumentados (Mustafa et al., 2016).
A exposição ao mercúrio também está associada ao desenvolvimento de ganho de peso. O interessante é que existe uma associação entre a obesidade nas mães e o desenvolvimento de autismo em crianças. Uma das hipóteses é que o tecido adiposo acumula mais mercúrio, metal que pode ser transferido ao feto durante a gestação. Estudos adicionais são necessários para que a relação possa ser confirmada (Skalny et al., 2016).
No curso Alimentação e suplementação nos Transtornos do Espectro do Autismo discuto como evitar a exposição ao mercúrio e também como favorecer a eliminação do mercúrio já estocado no organismo. Inclusive a aula sobre mercúrio está aberta gratuitamente. Vá ao site do curso e confira.