O arsênico é um metal pesado que aumenta na água e nos alimentos quando o ambiente está poluído ou quando há uso excessivo de pesticidas no cultivo dos vegetais (como acontece no Brasil).
O acúmulo de arsênico no corpo aumenta o risco de câncer, de doenças vasculares, diabetes tipo 2 e também está associado a maior dificuldade de concentração, aprendizagem e memória.
O arroz acumula facilmente arsênico pois o cultivo é feito com grande quantidade de água (que pode estar contaminada com resíduos industriais ou pela atividade de mineração ou de queima de madeira ou carvão). Além disso, o arroz naturalmente absorve mais arsênico do solo do que outros cereais. Como o brasileiro consome arroz praticamente diariamente, existe o risco de intoxicação e de desenvolvimento precoce das doenças acima citados.
O que fazer?
Em alguns dias da semana substitua o arroz por outras fontes de carboidrato como quinoa ou batata doce ou “arroz de couve-flor”;
Lave bem o arroz antes de cozinhar. A lavagem reduz o arsênico em 10 a 28% (Sengupta et al., 2006);
Misture ao arroz verduras orgânicas como brócolis, vagem ou cenoura. Assim, você fica saciado com um menor consumo deste tipo de cereal;
Varie os tipos de arroz. O basmati e o jasmim puxam menos arsênico (Potera, 2007). Outra opção é o arroz parboilizado, que possui 25% menos arsênico do que o arroz tradicional. É uma opção para quem consome muito arroz. Lembrando que o processo faz com que o potássio também seja perdido. Por isso, é importante ter um bom consumo de frutas e verduras, que são ricas neste mineral.
Artigo científico: Habibur Rahman, Manus Carey, Mahmud Hossain, Laurie Savage, M. Rafiqul Islam, Andrew A. Meharg. Modifying the Parboiling of Rice to Remove Inorganic Arsenic, While Fortifying with Calcium. Environmental Science & Technology, 2019; DOI: 10.1021/acs.est.8b06548