Observa-se no autismo uma maior inflamação cerebral a qual pode gerar danos neuronais. Muitos pesquisadores avaliam quais fatores geram maior neuroinflamação e comprometimento do funcionamento cerebral. Dentre os fatores ambientais suspeitos estão: chumbo, metil mercúrio, bisfenol, pesticidas organofosfatados, pesticidas organoclorados, disruptores endócrinos, fumaça de veículos automotivos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, éteres e compostos perfluorados.
Em revisão publicada por Kern e colaboradores (2016) 74% dos 91 estudos avaliados mostraram um relacionamento entre o mercúrio e o autismo. Isto acontece pois o mercúrio gera ativação autoimune, estresse oxidativo e neuroinflamação, que por sua vez conduzem a danos no cérebro e perda de conexões entre neurônios. Parece que quanto maior é a quantidade de mercúrio circulante maior é a severidade dos sintomas observados.
Zinco, manganês, cobre e ferro e uma microbiota saudável ajudam a reduzir a absorção de mercúrio. Por isto, a suplementação de micronutrientes e probióticos é muitas vezes indicada para reduzir a absorção do mercúrio que, se conseguir alcançar a corrente sanguínea e os tecidos, pode levar entre 2 e 12 meses para ser completamente eliminado (Dórea et al., 2011). Vitamina E, selênio e o aminoácido cisteína reduzem a toxicidade do mercúrio e o ácido lipóico estimula o fígado a eliminar o mercúrio.
Obviamente a nutrição sozinha não é capaz de resolver todos as alterações observadas em indivíduos no espectro do autismo. De toda forma, reduzir a ativação autoimune, a produção de radicais livres e a neuroinflamação faz parte do tratamento e a alimentação adequada, associada à suplementação de nutrientes chave tem sua grande importância neste sentido.
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