Benefícios do tempero baiano

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O tempero baiano é uma mistura de especiarias, que trazem o sabor da Bahia de uma forma prática e versátil. Além de oferecer um sabor especial para suas receitas, ajuda a reduzir o sal de adição e a pressão arterial.

A receita básica do tempero baiano leva:

  • Pimenta-vermelha (Capsicum sp.) - 6,6%

  • Coentro em pó (Coriandrum sativum) - 13,3%

  • Açafrão (Curcuma longa) - 13,3%

  • Pimenta-do-reino (Piper nigrum) - 13,3%

  • Orégano (Origanum vulgare) - 26,6%

  • Cominho (Cuminum cyminum) - 26,6%

Todos estes condimentos possuem propriedades protetoras. Vamos lá:

  • Pimenta-vermelha: contém capsaicina, que eleva naturalmente a temperatura do corpo, ajudando a queimar calorias;

  • Coentro: rico em cálcio, potássio, ferro, magnésio e manganês. Ajuda a controlar a pressão arterial, reduz produção de gases intestinais;

  • Açafrão: fonte de curcumina, um importante antioxidante, antiinflamatório, neuroprotetor e anticancerígeno. Também ajuda a diminuir dores em doenças inflamatórias e autoimunes;

  • Pimenta-do-reino: fonte de piperina com ação antioxidante e potencializdora da absorção da curcumina do açafrão;

  • Orégano: fonte de vitamina C, compostos fenólicos e flavonóides com ação antioxidante eantimicrobiona;

  • Cominho: funcão antioxidante e antifúngica. Fonte de magnésio, cálcio, potássio, carotenóides e vitaminas do complexo B. Melhora a digestão e reduz produção de gases.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Causas da tireoidite de Hashimoto

Existem diferentes tipos de disfunções tireoidianas. Em relação ao hipotireoidismo podemos falar de 4 principais. Para avaliar sua saúde tireoidiana você precisará analisar com seu médico suas dosagens de TSH, T4 livre , T3 livre , T3 reverso , anti TPO , antitireoglobulina (anti TG).

A maior parte das pessoas desenvolve problemas na tireoide por questões autoimunes. Na tireoidite de Hashimoto o TSH está alto, e há altos níveis de anticorpos anti TPO e anti TG. Se não for esta a questão, o problema é com a tireóide.
🦋 Hipotireoidismo Primário - T3 total baixo, T3 livre baixo, T4 livre baixo e TSH alto

🦋Hipotireoidismo secundário - o problema é com a glândula pituitária que falha no estímulo da tireoide. Neste caso observa-se TSH, T4 total e T4 livres baixos.

🦋Problemas de Conversão - T4 é convertido em T3 no fígado, tecidos periféricos e intestino. Vários fatores podem gerar problemas na conversão de T4 em T3 (forma mais ativa), incluindo inflamação intestinal, inflamação crônica de tecidos periféricos, esteatose hepática, falta de ferro, zinco, iodo ou selênio. Neste caso observa-se T4 livre normal e T3 livre e T3 total baixos.

Causas da tireoidite de Hashimoto

As células do sistema imune T auxiliares podem se transformar em células Th1, Th2 ou Th17. O aumento de Th17, por sua vez, aumenta a produção de células T reguladoras (Treg).  As células Th17 produzem interleucina 16 (IL-17) bem como fator de necrose tumoral (TNF). 

A produção de Th17 é maior à meia-noite. Combate fungos e algumas infecções bacterianas. Tregs também ajudam a combater bactérias. O aumento de Th17 também pode ser anticancerígeno.

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Os níveis normais de IL-17 são de 0,89 pg/ml. Contudo, o aumento exagerado de Th17 e IL-17 vem sendo associado a doenças autoimunes como tireoidite de Hashimoto, doença de Graves, lúpus, uveíte, diabetes mellitus tipo 1, esclerose sistêmica e vitiligo. 

Desregulações do sistema imune podem acontecer por contato com vírus ou bactérias. No caso da tireoidite de hashimoto possíveis causas incluem contato com Epstein-Barr, Yearsínia enterolítica, Helicobacter pilori, vírus da herpes 1, 2 e 6, citomegalovírus, rubéola, ricketssia, parovírus B19, hepatite C, HIV, vírus da gripe ou enterovírus.

Outras hipóteses são: intoxicação por metais pesados, problemas de metilação, má nutrição, trauma fisico, disbiose intestinal, sensibilidade ao glúten, sensibilidades alimentares, tabagismo, desequilíbrios hormonais, estresse adrenal, estresse físico ou emocional.

Para melhorar a tireoide você precisa cuidar do intestino, desinflamar e nutrir-se adequadamente. Consultas de nutrição: https://andreiatorres.com/consultoria

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Benefícios da aveia para a saúde

A aveia foi o primeiro alimento funcional autorizado a ser divulgado no Brasil pela ANVISA. Os estudos com este alimento são antigos e mostram que a aveia possui polifenóis com ação antioxidante, reduzindo o risco de aterosclerose, obesidade, doença inflamatória intestinal e diabetes. É o que discuto neste novo vídeo:

E se faltam fibras na dieta?

Na falta de fibras, as bactérias presentes no intestino utilizam glicanos presentes no muco intestinal para se proliferarem, aumentando a permeabilidade intestinal. Quando as células afastam-se, pedaços de bactérias, proteínas mal digeridas e xenobióticos (substâncias estranhas como agrotóxicos) podem passar para a corrente sanguínea, inflamando todo o corpo.Cerca de 70% da energia dos colonócitos (células do intestino grosso) vêm de fermentação das fibras pelas bactérias intestinais. A partir dessa fermentação são produzidos ácidos graxos de cadeia curta (especialmente o butirato) que servem de energia para o intestino.

A redução da integridade da barreira intestinal leva à endotoxemia e inflamação crônica sistêmica. O excesso de proteína animal, principalmente quando mal digeridas, seja por falta de mastigação, hipocloridria, ingestão de líquido durante a refeição, insuficiência pancreática e biliar ou excesso no consumo, estimula a proliferação de bactérias tolerantes à bile redutoras de sulfato. Elas utilizam aminoácidos, como cisteína, metionina e taurina, produzindo ácido sulfídrico.

Essas bactérias também degradam as glicoproteínas do muco intestinal e produzem enzimas proteolíticas, agravando a hiperpermeabilidade intestinal. Quando há falta de muco, alimentos mal digeridos e paredes intestinais permeáveis, as toxinas e bactérias atingem a corrente sanguínea, ativando o sistema imunológico, aumentando a reatividade e suprimindo a tolerância. Ou seja, o sistema imune perde a capacidade de diferencial o que é próprio do que não é próprio, gerando um processo de autoimunidade. Podem surgir então alergias e o risco de doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto aumenta.

A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo mínimo diário de 600g de frutas, verduras e hortaliças. Outros autores falam em 600g ao dia. Ainda estimulam a mastigação, produzindo o fator de crescimento epitelilal durante esse processo, capaz de estimular a reparação das células epiteliais do trato gastrointestinal.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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