Cetoacidose diabética: prevenção e tratamento

A cetoacidose diabética é uma emergência médica e acontece quando os níveis de açúcar (glicose) no sangue do paciente diabético encontram-se muito altos e estão acompanhados do aumento da quantidade de cetonas no sangue.

No diabetes tipo 1 o pâncreas não produz insulina. Desta forma, o paciente precisa aplicar insulina exógena a intervalos regulares, por meio de injeções. 

Quando há falta de insulina a glicose não entra nas células e as mesmas sofrem com a falta de energia. Para evitar que os tecidos deixem de funcionar, o organismo passa a usar os estoques de gordura para gerar energia. Só que nesse processo em que o corpo usa a gordura como energia, formam-se as cetonas, compostos ácidos que desequilibram o pH do sangue. O excesso de cetonas em um diabético pode levar à coma e  morte.

Cetoacidose diabética.jpg

Para prevenir a cetoacidose diabética, alguns cuidados são importantes:

  • Aplicação correta das injeções de insulina;

  • Realização das medidas da glicemia diárias com o aparelho glicosímetro;

  • Controle dietético com dieta de baixo índice glicêmico

Em caso de surgimento dos sintomas indicados procure seu médico: excesso de urina, sede excessiva, fraqueza, náuseas, vômitos, taquicardia, sonolência, confusão mental, respiração ofegante, desidratação, pressão baixa, hálito cetônico, dor abdominal, pele ressecada, vômitos. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alimentos com e sem glúten

O glúten é uma rede de proteínas, composta principalmente por gliadina e gluteína. Está presente naturalmente em muitos cereais, como o trigo, o centeio e a cevada. Em alimentos processados confere elasticidade às receitas. Por exemplo, quando a farinha de trigo é sovada (amassada) são criadas redes de glúten que aprisionam gás carbônico dando maciez ao alimento.

Para algumas pessoas o glúten pode causar problemas como fadiga, cansaço, dor abdominal, anemia. É o caso das pessoas com doença celíaca, uma desordem sistêmica autoimune, desencadeada pela ingestão de glúten. A doença é caracterizada pela inflamação crônica da mucosa do intestino delgado que pode resultar na atrofia das vilosidades intestinais, com consequente má absorção intestinal e maior risco de osteoporose, infertilidade e câncer de cólon. Neste caso, o glúten precisa ser eliminado da dieta.

Algumas pessoas sem doença celíaca possuem maior sensibilidade ao glúten, sofrendo com sintomas parecidos quando se expõem à proteína. Podem surgir também coceiras, inchaços e mais dores. 

No caso da doença celíaca o diagnóstico é feito após biópsia intestinal. No caso da intolerância ao glúten o resultado da biópsia será normal. Por isto o diagnóstico é feito por meio da dieta de eliminação do glúten, onde se observarão se os sintomas estão sumindo. 

A figura mostra alimentos que contém e alimentos livres de glúten.

Glúten.jpg
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags

Doença de Alzheimer reduz sensibilidade gustativa

Com o envelhecimento muitas pessoas têm a sensibilidade gustativa em relação ao sal diminuída. A dificuldade se acentua na presença de doenças como o Alzheimer.

Para entender a relação da sensibilidade gustativa com a doença de Alzheimer, a nutricionista e pesquisadora Patrícia Contri, do setor de geriatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, estudou cerca de 130 pessoas e observou que a doença de Alzheimer está diretamente associada com o prejuízo da sensibilidade gustativa. A percepção do gosto salgado ficou prejudicada desde o estágio inicial da doença. E, com avanço, verificou-se que essas pessoas também sentem menos os gostos doce e amargo.

Ebook: Nutrição no Alzheimer

O que preocupa é que a dificuldade na identificação dos gostos pode acentuar danos nutricionais nos idosos e agravar indiretamente a saúde. Dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) mostram que cerca de 1,2 milhão de brasileiros e de 35,6 milhões ao redor do mundo possuem a doença. No vídeo abaixo discuto como os profissionais de saúde podem ajudar para que o estado nutricional não se agrave, gerando desnutrição, queda da imunidade e mais dificuldades cognitivas:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/