Yoga e câncer de mama

O câncer de mama é o principal tipo de câncer em mulheres do mundo todo. Apesar das taxas de sobrevivência virem constantemente aumentando nos últimos anos, o câncer deixa marcas. É frequentemente associado a estresse psicológico de longo prazo, dor crônica, cansaço, alterações na rotina e na qualidade de vida.

Práticas integrativas como o yoga podem beneficiar as sobreviventes por abrirem espaço para a meditação, exercícios de concentração, respiração e também por movimentarem o corpo de forma consciente. Por isto, como esperado, estudos mostram que mulheres com câncer de mama que praticam yoga relatam melhorias na saúde física e mental.

Cramer e colaboradores (2017) publicaram resultado de revisão sistemática em que 24 estudos e mais de 2.000 participantes com câncer de mama foram incluídos. Destas, 17 pesquisas mostraram melhorias significativas em termos de qualidade de vida, redução da fadiga e redução dos distúrbios do sono nas pacientes que praticaram yoga durante o tratamento. Outros estudos mostraram que a prática de yoga pode aliviar sintomas de ansiedade e depressão.

Já Reich e colaboradores (2017) avaliaram o resultado da prática de yoga em 322 mulheres após tratamento de câncer de mama. As mulheres, nos estágios 0 a 3 para câncer de mama, foram divididas em dois grupos. Metade praticou yoga e a outra metade recebeu cuidados gerais convencionais. Após 6 semanas as mulheres relataram melhorias em relação à depressão, fadiga e dor. Para as mulheres que nunca tentaram a prática recomendo!

DESAFIO - 1 ANO DE YOGA

Vitamina D abaixo de 40 para mulheres é super comum em todo o mundo. Convém suplementar pois associa-se a maior perda óssea, piora da imunidade, aumento do risco de câncer de mama e declínio cognitivo. Para agendamento de consulta acesse: www.andreiatorres.com/consultoria

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Inflamação, envelhecimento e câncer

A inflamação, a dieta inadequada, a disbiose intestinal e o envelhecimento (inflammaging) estão entre os importantes fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer  (Karin, 2009).

Legenda: EROs - Espécies reativas de oxigênio; cmtDNA - DNA mitocondrial circulante; miRs - microRNAs; NF-kB fator de transcrição nuclear-kB.

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A obesidade está entre os fatores  aumentam a inflamação e o aumento do risco de diversos tipos de câncer. Assim, a perda de peso, a atividade física e a dieta rica em frutas, verduras, cereais integrais, legumes e ômega-3 são estratégias recomendadas já que protegem contra uma série de doenças, inclusive o câncer (Ostan et al., 2015).

Conforme envelhecemos a inflamação torna-se cada vez mais comum. Por isto, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. Alimentos com propriedades antiinflamatórias devem ser consumidos em abundância. Chás, abacate, abóbora, abobrinha, acelga, batata doce, castanha do Brasil, cebola, alho, cenoura, feijão, leite de soja, salmão, tomate, uvas e cogumelos. Como dietas ricas em fibras também reduzem a inflamação, consuma pelo menos 400 gramas de frutas e verduras diariamente.

Outras estratégias importantes para o combate à inflamação:

Pacientes com câncer: a troca de leite por whey é benéfica

Pacientes que adoram um leite precisam ter mais cuidado. O leite e o queijo estimulam muito a secreção de IGF-1 e a proliferação celular. O whey tem um efeito muito mais brando neste sentido (Melnik et al., 2012). Estudos também mostram que o whey ajuda a evitar a caquexia do câncer. Por isso, se está fazendo tratamento contra o câncer, indico que troque seu leite por uma proteína vegana neutra sem corantes ou um whey isolado sem corantes.

Opções de whey isolado sem corantes e sabor neutro:

Proteína vegana sem corantes e sabor neutro:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Propriedades do vinagre de maçã

O vinagre tem funções na culinária, na limpeza e na estética. Algumas pesquisas mostram que as propriedades do vinagre se estendem também à saúde.

Por exemplo, estudo publicado no Journal of Diabetes Care mostrou que consumir vinagre antes das refeições poderia ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de glicose em 25% em pessoas com diabetes tipo 2. O que acontece é que o vinagre diluído em água parece retardar a digestão do amido. 

O vinagre também parece reduzir os níveis de triglicerídeos e de colesterol do tipo LDL em animais. Porém, estudos como o de Panetta, Jonk e Shapiro (2013) mostram resultados inconclusivos nesta área.

Mesmo assim, parece valer a pena colocar um pouco de vinagre na salada já que seu ácido acético pode contribuir para reduzir levemente a pressão arterial (Kondo et al., 2001).  Melhores estudos em humanos parecem necessários. Pesquisas que analisam o papel do vinagre na supressão do apetite também não são muito promissores.

O vinagre pode ser sim bom para a saúde mas não faz milagres. Alimentação saudável e atividade física são fundamentais para manutenção e recuperação da saúde. Também não abuse do vinagre se sofrer de gastrite ou refluxo gastroesofágico.

Ingestão Diária de Vinagre Pode Melhorar o Humor e o Metabolismo de Niacina em Adultos com Sobrepeso

Um ensaio clínico randomizado destacou os potenciais benefícios do consumo diário de vinagre para a saúde mental e metabólica. Os pesquisadores descobriram que adultos com sobrepeso que incluíram vinagre em suas dietas apresentaram uma redução significativa nos sintomas de depressão. Além disso, o estudo revelou melhorias no metabolismo da niacina, um processo essencial para a produção de energia e a função cerebral.

Os resultados sugerem que o ácido acético presente no vinagre pode desempenhar um papel na regulação da saúde intestinal e da atividade dos neurotransmissores, contribuindo para um melhor humor e bem-estar geral.

Os sintomas de depressão foram avaliados por meio das escalas CES-D e PHQ-9. Enquanto a CES-D não mostrou melhorias significativas com o consumo de vinagre em comparação ao grupo controle, os resultados da PHQ-9 indicaram uma redução nos sintomas em participantes que consumiram vinagre. No entanto, ao ajustar os dados, a significância estatística foi marginal (p = 0,059). Participantes com pior estado mental inicial podem se beneficiar mais dessa intervenção.

A análise metabolômica revelou alterações em compostos ligados ao metabolismo da niacina (NAD+), que desempenha um papel crítico na produção de energia e proteção celular no cérebro. O consumo de vinagre aumentou significativamente os níveis de nicotinamida (+86%) e modulou outros metabólitos, como isoleucina e ácido isobutírico, que têm associações com sintomas depressivos.

Sinalização de AMPK induzida por acetato para promover o ciclo de NAD+ para nicotinamida. A ativação de SIRS e PARPs ocorre, melhorando a bioenergética mitocondrial e promovendo proteção neuronal (Barrong et al., 2024).

O vinagre, especialmente o de vinho tinto, é rico em polifenóis, compostos antioxidantes conhecidos por melhorar o humor. Além disso, o ácido acético pode estimular vias metabólicas que promovem a biogênese mitocondrial e protegem os neurônios contra o estresse oxidativo. Este estudo reforça o potencial do vinagre como um aliado na saúde mental e metabólica, mas mais investigações são necessárias para confirmar sua eficácia e identificar populações que mais se beneficiariam da intervenção.

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Conheça mais sobre soja, tomate, berinjela, brócolis, mel, açafrão, chá verde, maçã, mirtilo, açaí, dentre tantos outros alimentos. Conversaremos também sobre nutrientes e não nutrientes que podem ser destacados nos rótulos dos alimentos por seu potencial benefício à saúde, incluindo ácidos graxos, carotenóides, fibras e probióticos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/