Diferentes tipos de melatonina e sua aplicação na insônia, síndrome metabólica, síndrome de Down e autismo

Um sono reparador exige queda de dopamina (saia da vida louca, relaxe mais cedo, desligue o celular). Aumente a serotonina com atividade física regular, banhos de sol, alimentação rica em triptofano (aminoácido presente em salmão, ovo, banana, abacate, nozes, cacau, castanhas) e com atividades noturnas relaxantes. Mantenha cortisol baixo. Para isso tem que diminuir o estresse, meditar, praticar yoga, descansar (não dá para ficar 24 horas no ar, 7 dias por semana). Por fim, ter valores de açúcar no sangue saudáveis (nem altos, nem baixos).

Com isso, e um quarto escurinho, a maioria das pessoas produz melatonina naturalmente e não precisa nem suplementar nada. Mesmo assim, se nada disso resolver podemos conversar sobre a melatonina e também sobre suplementos como valeriana, melatonina, fosfatidilserina, L-triptofano ou, L-teanina. Para agendar sua consulta clique aqui.

TIPOS DE MELATONINA E APLICAÇÕES

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente no cérebro. Sua principal função é a indução do sono. Contudo, tem outras funções, atuando como um antioxidante e melhorando o metabolismo da glicose (Karamitri & Jockers, 2018). Pode ser suplementada, existindo fórmulas isoladas (apenas melatonina) de absorção lenta e/ou rápida. E existem também as fórmulas combinadas com outros nutrientes, como zinco, selênio e coenzima Q10. Tudo depende da avaliação médica e nutricional, diagnóstico e indicação.

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No caso da insônia primária, caracterizada pela dificuldade em iniciar o sono a melatonina de ação rápida é bastante eficaz. Já para aqueles que acordam no meio da noite pode-se prescrever um combo de melatonina de ação rápida com melatonina de ação lenta. A melatonina pode ser suplementada em cápsula, em spray oral, spray nasal ou gotas.

Fora isso, para quem tem síndrome metabólica, diabetes ou está lutando para a emagrecer, a melatonina pode ser combinada com zinco e magnésio. Neste caso, foi batizada de melatonina ZS. O selênio é um mineral importante para a síntese de glutationa, um poderoso antioxidante. á o zinco regula a síntese de melatonina e várias enzimas.

SUPLEMENTOS RECOMENDADOS NA EUROPA PARA INSÔNIA

Para quem sofre com a ansiedade, a melatonina pode ser combinada com a planta valeriana e com o 5HTP. Para quem tem depressão a melatonina pode ser combinada com a coenzima Q10. Esta última combinação também pode ser útil na síndrome de Down e no autismo, pois reduz a neuroinflamação, melhora o metabolismo mitocondrial, desacelera o envelhecimento e aperfeiçoa a coordenação motora..

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Protegendo o cérebro contra a neurodegeneração

Nos últimos dias aconteceu a conferência de medicina integrativa para saúde mental. Nosso cérebro cria a nossa mente e cria também os transtornos de humor e de personalidade. Assim, para cuidar destas questões precisamos cuidar do cérebro, de seu tecido. À medida que envelhecemos a tendência é de o cérebro inflamar mais.

Como proteger o cérebro contra a inflamação?

  • Redução ou eliminação da cafeína e do álcool pois estas substâncias reduzem o fluxo sanguíneo para o cérebro;

  • Evitar alimentos ultraprocessados ​​e açúcar refinado, tanto quanto possível pois estes perturbam o intestino. Intestino e cérebro estão interligados e quando o intestino sofre, a produção de muitos neurotransmissores fica comprometida. Para alimentar o seu microbioma intestinal protetor, coma alimentos fermentados, como chucrute, kimchi e miso. Não esqueça de tratar a disbiose intestinal.

  • Fuja dos alimentos inflamam seu corpo. Quando você consome alimentos que não combinam com seu corpo você acaba sabotando seu cérebro.

  • Tome sol. Se não for possível, converse com seu nutricionista sobre a suplementação de vitamina D, que tem efeito antiinflamatório. A maioria das pessoas, quando fazem o exame de vitamina D apresentam valores menores do 30 ng/ml. Muitos estão abaixo de 20 ou mesmo 10. Para aumentar pode ser necessário o uso de suplementos com 5.000 UI/dia para que os valores subam para perto do ideal, que é considerado por pesquisadores que trabalham com o cérebro, como 50 ng/ml.

  • Vivemos em mundo tóxico. Tem mercúrio nas vacinas, nos peixes, nas amálgamas dentárias; arsênico no arroz; alumínio nos alimentos enlatados e nos produtos de beleza; cádmio nos cigarros (inclusive nos eletrônicos), nos alimentos com pesticidas; bisfenol A em alimentos embalados com plástico… Por isso, adote uma alimentação mais natural. Alimentos orgânicos possuem menos toxinas do que os alimentos tratados com agrotóxicos. Saiba o que fazer sobre o tema neste vídeo. Converse com seu nutricionista sobre suplementos que ajudam na destoxificação.

  • Cozinhe mais em casa pois alimentos prontos ou feitos em restaurantes tendem a ter mais sal e mais gordura ruim. Utilize temperos que contribuem para a eliminação de toxinas. A medicina ayurvédica recomenda condimentos como ashwagandha, bacopa, gengibre, açafrão.

  • Durma bem. O cérebro precisa descansar para se reparar.

  • Por fim, continue aprendendo. Muita gente sonha em não fazer nada o dia todo mas isso é na verdade o contrário do que as pesquisas sobre longevidade pregam.

  • Aprenda a combater o estresse, praticando yoga.

  • Controle a glicemia.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Hábitos diários para uma excelente memória

Seus hábitos diários e estilo de vida - o que você come e bebe, se você se exercita, seu nível de estresse, dentre tantos fatores, afetam sua saúde física e mental. Pesquisas mostram que exercícios regulares, dieta saudável e práticas de relaxamento podem ajudar a proteger a memória e prevenir o declínio cognitivo relacionado ao envelhecimento.

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Aos 60 anos, mais da metade dos adultos queixam-se da própria memória. Pequenos lapsos de memória são normais. Porém, de fato, as pessoas com um estilo de vida mais saudável possuem uma boa memória mesmo com o avançar da idade. Caminhada, hidroginástica, dança, tênis, yoga são boas opções.

A atividade física reduz o risco de hipertensão, diabetes e derrames, doenças que roubam a memória. O exercício também mantém os pulmões saudáveis e as pessoas com melhor função pulmonar enviam mais sangue oxigenado para seus cérebros. Ao movimentar-se você aumenta a produção de neurotrofinas, substâncias que nutrem as células do cérebro e ajudam a protegê-las contra danos.

Para movimentar mais o corpo (e várias vezes ao dia) você também pode tentar usar mais as escadas em vez do elevador, plantar flores e cuidar delas, aprender um novo esporte, caminhar mais (ao invés de tomar o ônibus ou dirigir).

Atualmente, não existe uma cura para a demência. O melhor menos é prevenir. Dentre as estratégias está o combate ao estresse. Aprender a relaxar é tão importante quanto parar de fumar e aprender a comer bem.

Existe também uma correlação entre a depressão crônica e o risco de demência na vida adulta. Depressão é uma doença grave. Procure ajuda caso não esteja a sentir-se bem. Pessoas deprimidas também possuem um cérebro mais inflamado. Adote uma dieta antiinflamatória.

O dano causado pelos radicais livres é outro motivo para o declínio cognitivo. O cérebro é bastante sensível e por isso a dieta deve ser rica em antioxidantes. Evite os alimentos ultraprocessados, empacotados, cheios de açúcar, sal e gorduras ruins. Consuma mais frutas, grãos integrais, verduras, sementes, castanhas e leguminosas. A dieta baseada em plantas, assim como a dieta mediterrânea, são mais ricas em vitaminas, minerais e outros nutrientes que podem proteger o corpo contra a deterioração relacionada à idade (McEvoy et al., 2019).

Cuidado com dietas malucas! A perda de peso em idosos, por exemplo, está associada a maior declínio cognitivo, inclusive com atrofia do hipocampo (Giudici et al., 2019). Provavelmente a restrição de gordura e a redução de nutrientes importantes para o cérebro gerou o problema. Mas lembre: obesidade também não faz bem para o sistema nervoso, pois aumenta o processo inflamatório. Por isso, o ideal é procurar um nutricionista e se orientar. Este profissional poderá ajustar seu consumo e propor suplementação, se for o caso.

O Ayurveda sugere algumas ervas para a redução da inflamação, do estresse oxidativo e para a preservação da memória:

Bacopa (Bacopa monnieri): mantém a produção adequada de neurotransmissores, melhorando a função cognitiva. Para melhor efeito deve ser utilizada por pelo menos 12 semanas. Consulte um nutricionista para ajuste de dosagens.

Ashwagandha (Withania somnifera): os withanalóides da planta contribuem para o aumento da produção de enzimas antioxidantes - superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPX), fundamn. A diminuição na atividade dessas enzimas leva ao acúmulo de radicais livres. Assim, a Ashwagandha destaca-se como um protetor no tecido neuronal (Choudhary, Bhattacharya, & Bose, 2017).

SUPLEMENTOS PARA MEMÓRIA NA EUROPA

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/