O segredo está nos telômeros (resumo do livro)

Deseja uma vida longa e satisfatória? Quer sentir-se jovem por mais tempo? Então cuide dos seus telômeros, estruturas especiais que protegem o material genético em todas as células. No livro “o segredo está nos telômeros”, as vencedoras do prêmio nobel de medicina, Elissa Epel e Elizabeth Blackburn apresentam uma forma mais completa para pensarmos a saúde e vivermos com mais vitalidade.

O postulado básico é o de que devemos proteger nossos telômeros, estruturas que permitem que a célula multiplique-se de forma eficiente, reduzindo até mesmo o risco de câncer.

 
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Papel da alimentação nas medicinas antigas tradicionais

A medicina convencional moderna tenta incorporar as descobertas mais recentes para tratar doenças. Contudo, a Organização Mundial de Saúde reconhece que o saber antigo tem muito valor. Estes conhecimentos, que muitas vezes fogem à prática dos profissionais de saúde de nossa era são muitas vezes chamadas de “alternativos”. Contudo, em virtude do preconceito que este termo muitas vezes gera, o termo tem sido substituído em todo o mundo pela expressão práticas integrativas e complementares em saúde.

A medicina tradicional pode ser definida como a soma dos conhecimentos, habilidades e práticas, baseadas em teorias, crenças e experiências de povos antigos de diferentes culturas, para a manutenção da saúde, prevenção, diagnóstico, melhoria ou tratamento de doenças físicas ou mentais (Ndhlala et al., 2013).

Dentre as medicinas antigas tradicionais estão o Ayurveda, a Medicina Tradicional Chinesa e a Medicina Antroposófica. Dentro de todas estas tradições a alimentação possui um papel de destaque, apesar de outras práticas como massagens, fitoterapia, homeopatia, aromaterapia, acupuntura, quiropraxia, cromoterapia, reiki, yoga, danças, musicoterapia, suplementação ortomolecular dentre outras práticas serem também consideradas importantes em várias delas.

Ayurveda, a ciência da vida

É a medicina mais antiga de que temos conhecimento, com mais de 3.000 anos de existência. Este sistema holístico milenar visa a prevenção de doenças, a manutenção e restauro da saúde. Para o Ayurveda o bem estar, para ser completo, deve ser físico, mental, social e também espiritual.

Para tanto, combina uma série de técnicas que visam equilibrar o biotipo específico de cada pessoa. O alimento é considerado a fonte principal não só de calorias e nutrientes, mas também de prána (bioenergia). A dieta baseia-se no consumo de alimentos frescos, simples, geralmente cozidos, de fácil digestão para cada pessoa, de acordo com sua constituição e temperamento.

Medicina Tradicional Chinesa (MTC)

Segue as leis da natureza e considera a alimentação uma importante terapia que trata as causas dos problemas de saúde. Relaciona os sabores dos alimentos (doce, azedo, amargo, picante, salgado) com o funcionamento adequado de órgãos vitais do corpo. A recomendação de alimentos varia de acordo com o diagnóstico realizado pelo especialista e visa harmonizar a energia (Chi ou Qi) e equilibrar os lados Yin-Yang.

As recomendações gerais da MTC envolvem o consumo de bastante água fervida, a troca das carnes mais pesadas por peixes, o uso de ervas e condimentos, a redução do consumo de bebidas estimulantes (álcool, café, chás cafeinados), e o cuidado estético com as refeições, tentando montar pratos que alegrem simultaneamente o paladar, os olhos e o coração.

Medicina Antroposófica

A antroposofia é uma ciência, baseada na ciência, mas que também visa o autoconhecimento e a expansão da consciência. Tem como base os trabalhos do filósofo Austríaco Rodolf Steiner, que acreditava que somos mais do que o corpo físico e que o alimento, nutre não só o corpo mas também a alma e o espírito.

A dieta antroposófica é lactovegetariana, privilegia o consumo de alimentos integrais e orgânicos. Também propõe diferentes alimentos para cada momento do dia, facilitando o processo de digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes. Os temperamentos humanos (colérico, fleumático, melancólico, sanguíneo) são levados em consideração para um cardápio mais individualizado.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Qual arroz possui menos arsênico?

O arsênico é um metal pesado que aumenta na água e nos alimentos quando o ambiente está poluído ou quando há uso excessivo de pesticidas no cultivo dos vegetais (como acontece no Brasil).

O acúmulo de arsênico no corpo aumenta o risco de câncer, de doenças vasculares, diabetes tipo 2 e também está associado a maior dificuldade de concentração, aprendizagem e memória.

O arroz acumula facilmente arsênico pois o cultivo é feito com grande quantidade de água (que pode estar contaminada com resíduos industriais ou pela atividade de mineração ou de queima de madeira ou carvão). Além disso, o arroz naturalmente absorve mais arsênico do solo do que outros cereais. Como o brasileiro consome arroz praticamente diariamente, existe o risco de intoxicação e de desenvolvimento precoce das doenças acima citados.

O que fazer?

  • Em alguns dias da semana substitua o arroz por outras fontes de carboidrato como quinoa ou batata doce ou “arroz de couve-flor”;

  • Lave bem o arroz antes de cozinhar. A lavagem reduz o arsênico em 10 a 28% (Sengupta et al., 2006);

  • Misture ao arroz verduras orgânicas como brócolis, vagem ou cenoura. Assim, você fica saciado com um menor consumo deste tipo de cereal;

  • Varie os tipos de arroz. O basmati e o jasmim puxam menos arsênico (Potera, 2007). Outra opção é o arroz parboilizado, que possui 25% menos arsênico do que o arroz tradicional. É uma opção para quem consome muito arroz. Lembrando que o processo faz com que o potássio também seja perdido. Por isso, é importante ter um bom consumo de frutas e verduras, que são ricas neste mineral.

Artigo científico: Habibur Rahman, Manus Carey, Mahmud Hossain, Laurie Savage, M. Rafiqul Islam, Andrew A. Meharg. Modifying the Parboiling of Rice to Remove Inorganic Arsenic, While Fortifying with Calcium. Environmental Science & Technology, 2019; DOI: 10.1021/acs.est.8b06548

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