As TVs preparam as retrospectivas de 2017. Ouviremos sobre a lava-jato, as prisões, o mau desempenho do governo, a violência no mundo, as guerras, a febre amarela, a posse de Trump nos EUA, a vitória do musical La La Land no oscar, os problemas climáticos e as aventuras amorosas das celebridades. No mundo da ciência também aconteceu muita coisa mas os telômeros continuaram a dominar muitas discussões.
Os telômeros são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA que formam as extremidades dos cromossomos. Sua principal função é impedir o desgaste do material genético e manter a estabilidade estrutural do cromossomo. Dependendo de nossa genética, nossa idade e nosso estilo de vida os telômeros podem ser maiores ou menores. Quanto maiores são mais saudável uma pessoa é. Por isso são considerados marcadores do bem-estar e da longevidade.
Todo cromossomo tem um telômero, que são como aquela parte final do cadarço do tênis. Quanto mais longas são as agulhetas protetoras na ponta dos cadarços, menor é a chance dele se esfiapar. De modo análogo, quanto maior é o comprimento do telômero mais protegido está o DNA.
Várias pesquisas associam o comprimento dos telômeros a fatores como prática de exercício físico, nível de estresse, carências nutricionais, tabagismo. Estudos in vitro mostram que o encurtamento dos telômeros pode ser abrandado com uma dieta saudável, exercício regular, e técnicas para redução do estresse, como yoga e/ou meditação.
Obviamente o comprimento dos telômeros não explica todas as doenças e nem é o único fator responsável pelo envelhecimento de uma pessoa mas fique atento pois muitas pesquisas nessa área foram financiadas no último ano e resultados surpreendentes poderão aparecer. Para saber mais sobre os telômeros leia os textos anteriores: