Vitamina B12 e folato antes e durante a gravidez

Pesquisa de cientistas da Universidade de Nottingham sugere que muitos problemas de saúde dos adultos podem ter sido originados ainda no momento da concepção. É o que chamamos de programação fetal das doenças.

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Por isto, as mulheres em idade reprodutiva deveriam estar atentas e consumindo quantidades adequadas de B12 e folato mesmo antes de engravidarem. Estas vitaminas são essenciais ao desenvolvimento do feto e a deficiência das mesmas pode causar modificações no material genético do bebê, aumentando o risco de doenças muito tempo depois.

Pesquisas em animais como as ovelhas evidenciaram que a falta de vitaminas do complexo B antes da concepção gerou animais 25% mais gordos, com resistência à insulina e pressão mais alta do que os animais nascidos de ovelhas com dieta adequada. Depois dos estudos em animais muitos outros foram feitos em adultos.

Programação metabólica é o conceito de que tudo que acontece com o bebê, na vida intra-uterina e durante a fase de amamentação, pode ter repercussões posteriores, na vida adulta. Muitos pesquisadores espalhados pelo mundo todo têm estudado os efeitos da exposição dos fetos à agentes externos como cigarro, fumo, excesso de açúcar, deficiência de nutrientes (por exemplo folato), deficiência de ácidos graxos (como ômega 3) e a saúde como um todo por toda a vida. Toda mulher deveria ter acompanhamento nutricional antes e durante toda a gestação. Começar olhando para B9 e B12 já é um bom ponto de partida.

O ácido fólico é encontrado em vegetais verdes escuros e carnes magras e a vitamina B12 é encontrada em qualquer alimento de origem animal. A absorção de B12 depende de uma boa produção de ácido clorídrico e fator intrínseco. É comum pessoas com problemas gástricos e idosos absorverem menos B12. Veganos também estão em risco de carências desta vitamina, devendo suplementar.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Benefícios da Chlorella - a alga do rio

A clorela ou chlorella (Chlorella Vulgaris) é uma pequena alga usada na Ásia há centenas de anos, principalmente Japão e Taiwan. Nasce na água fresca, possui alto valor nutricional e alto poder desintoxicante (Lee et al., 2015). O alto conteúdo de nutrientes, como folato, vitamina B12 e ferro, reduz o risco de anemia, inclusive em gestantes (Nakano; Takekoshi; & Nakano, 2010).

Porém, estudos recentes não conseguiram comprovar a efetividade para o tratamento da depressão (Panahi et al., 2015), nem para a redução do LDL colesterol (Ryu et al., 2014).

A suplementação de Chlorella (cerca de 3g/dia) ajuda a reduzir a concentração de alumínio, que é tóxico, no plasma. O uso é provavelmente seguro quando feito por via oral por até 29 semanas. Os efeitos colaterais mais comuns incluem diarréia, náusea, gases (flatulência), descoloração verde das fezes e cólicas estomacais, especialmente nas duas semanas de uso. Também pode aumentar a sensibilidade da pele ao sol. Por isso, o uso do protetor solar é muito importante para quem faz a suplementação.

Como a alga contém grandes quantidades de vitamina K, não deve ser utilizada por pessoas que estejam fazendo uso do medicamento varfarina (Coumadina), usado para retardar a coagulação do sangue. A clorela pode reduzir a eficácia do medicamento. Por isso, nem ela, nem fitoterápicos devem ser utilizados sem orientação.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Obesidade e depressão

O estresse é definido como um estado de desequilíbrio que aparece após exposição a fatores estressores, externos ou internos. O corpo tem grande capacidade de adaptação, que depende de fatores genéticos, ambientais e fisiológicos. Esta adaptação é fundamental para a manutenção da saúde e sobrevivência. Após um período o estresse precisa ser resolvido pois a capacidade do corpo em adaptar-se é limitada.

Situações de estresse levam à ativação do eixo hipotálamo-hipófise adrenal, também conhecido como hipotálamo-pituitária adrenal (HPA). Uma das respostas mais características ao estresse é o aumento do hormônio liberador de corticotropina (CRH) pelo hipotálamo. Após ser secretado, o CRH chega a hipófise anterior e estimula a liberação de outro composto: o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). O ACTH atinge a circulação sanguínea, indo até a glândula adrenal, que irá corresponder a esse estímulo, aumentando a liberação de glicocorticoides, como o cortisol.

Quanto maior o estresse, maior é a liberação de cortisol. Como este regula a diferenciação do tecido adiposo, bem como sua função e distribuição, seu excesso contribui para o acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal. Também aumenta a atividade da enzima lipase lipoproteica, que é responsável pelo acúmulo de triglicerídeos no tecido adiposo e aumenta o risco de resistência à insulina, obesidade e síndrome metabólica.

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Além disso, tanto o CRH quanto o cortisol atrapalham os mecanismos de fome e saciedade. É por isso que muitas pessoas relatam compulsão alimentar em períodos de estresse. E mais: ao engordar o esforço para movimentar o corpo aumenta, assim como dores. Com isso, a pessoa sente-se mal, o cortisol aumenta e forma-se um ciclo vicioso.

Como estresse, obesidade e depressão estão comumente ligados há necessidade e tratamento multiprofissional, incluindo médico, psicólogo, nutricionista, profissionais da educação física ou yoga. Na infância a depressão também é frequentemente associada à obesidade.

Vários nutrientes melhoram o metabolismo lipídico, ajudam a reduzir o cortisol e facilitam o emagrecimento. Dentre eles estão vitamina C, complexo B (especialmente B5, B6 e B9); tirosina, teanina, fosfatidilserina, β-sitosterol e ômega-3. Estudos também mostram que fitoterápicos como Rhodiola rósea, Panax ginseng, Eleutherococcus senticosus, Whitania somnifera, Schisandra chinensis e Glycyrrhiza glabra atuam como adaptógenos. Para uso um nutricionista precisa ser consultado.

ADAPTÓGENOS RECOMENDADOS NA EUROPA

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Lembre que o tratamento da ansiedade, depressão e obesidade é complexo e a psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência Atividade física, meditação, acupuntura e yoga também vêm mostrado-se importantes complementos ao tratamento tradicional medicamentoso. Cuide-se!

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/